sábado, 2 de outubro de 2010

A origem de 8 mitos vampirescos



O termo “vampiro” não se tornou uma superstição cotidiana até os séculos XVII e XVIII na Europa, porém histórias de vampirismo podem ser rastreadas até os tempos bíblicos, sendo que o primeiro rumor surgiu com Lilith (a serpente que dá a maçã a Eva). Praticamente todo país tem suas próprias lendas e mitos nesse quesito. Qual seria a explicação para tal histeria em massa? De onde surgiram tantas histórias? Conheça a origem de alguns mitos vampirescos a seguir:

1) ESTACA NO PEITO

O método mais popular para exterminar vampiros é enfiar uma estaca em seu coração. Muitos países têm referências a esse método, bem como madeiras específicas que devem ser usadas para matar vampiros. Alguns tipos de madeira têm seu simbolismo ligado ao cristianismo. O mito surgiu através da ideia de que a madeira deve ser enfiada na cavidade toráxica para assegurar a deflação de um cadáver inchado, para que ele fosse esvaziado antes de sua transformação em um morto-vivo se completar. Gases saíam do intestino, esôfago e estômago do cadáver, produzindo sons.

2) MORCEGOS

De fato, morcegos são muito parecidos com vampiros. Eles são noturnos, algumas espécies bebem sangue, e eles têm sentidos agudos de audição e olfato. Porém, na verdade, a descoberta de que alguns morcegos bebem sangue apenas exacerbou o mito do vampiro. No folclore romeno, pensava-se que um morcego, inseto ou outra criatura voadora que passasse por cima de um cadáver, poderia transformá-lo em um “fantasma” (um morto que retorna da sepultura).

3) CADÁVERES NÃO-DECOMPOSTOS

Quando a suspeita de vampirismo chegava a uma área, não era incomum que as pessoas exumassem os corpos de seus entes queridos para verificar sinais de um vampiro na sepultura. Segundo a lenda, normalmente, o cadáver de um vampiro parece fresco (ou seja, não avançado no processo de decomposição), suas bochechas são rosadas, os lábios são vermelhos (do que parece ser sangue fresco), e seus cabelos e suas unhas parecem ter continuado a crescer.
Um conhecimento básico em decomposição pode explicar esses sinais. A falta de ar fresco e a temperatura substancialmente mais baixa embaixo da terra podem “preservar” um cadáver, e, portanto, retardar os sinais de decomposição. No caso de cadáveres inchados, o sangue seria empurrado para a superfície da pele, deixando suas bochechas rosadas, lábios vermelhos e até mesmo sangue na boca. Quando o oxigênio atinge o sangue, ele se liga à hemoglobina, mudando sua forma e aparência. Devido à temperatura constante e as condições no subsolo, seria necessário mais tempo para que o sangue secasse e mudasse sua aparência vermelha brilhante. Os cabelos e unhas têm a aparência de continuar crescendo após a morte só à primeira vista. Quando o corpo expira, a perda de umidade na pele faz com que ela recue, dando a ideia de que as unhas e os cabelos cresceram.

4) PRESAS

Todo mundo conhece o mito dos dentes afiados dos vampiros. Mas eis aqui uma história melhor: “porfiria”, também chamada de doença do vampiro, é uma doença genética recessiva que se caracteriza pela pouquíssima produção de hemoglobina no sangue. Muitos acreditam que ela surgiu como resultado de casamentos entre a nobreza européia. Complicações cutâneas da porfiria incluem fotossensibilidade (sensibilidade à luz), bolhas, comichões e inchaços na pele, anomalias no crescimento de pêlos e cabelo (o que pode explicar os mitos de licantropia), alterações de pigmento na pele, deterioração dos lábios e do nariz e recuo dos tecidos das gengivas e lábios. A aparência de alguém com os lábios e gengivas diminuídos é terrível e assustadora, pois salta os dentes caninos para fora. Na maioria dos países europeus, se uma criança nascia dessa forma, era considerada um vampiro.

5) FALTA DE REFLEXO NO ESPELHO

Não se refletir nos espelhos é também um sinal revelador de um vampiro. Na verdade, espelhos sempre tiveram importância no folclore, e são associados com a morte. Uma superstição comum na Bulgária, por exemplo, era que se a reflexão de um cadáver fosse mostrada em um espelho, ou se os espelhos não fossem cobertos na presença de um cadáver, havia uma maior probabilidade de que acontecesse outra morte. Era também costume que um cadáver fosse removido de uma casa pela janela, e nunca pela porta da frente, para desestimulá-lo a regressar a casa e reclamar um membro da família. Era também comum o pensamento de que aqueles que sofriam de porfiria abandonaram os espelhos de suas vidas porque não queriam ver seu aspecto macabro.

6) SENSIBILIDADE À LUZ

O mito de que os vampiros não podem sair na luz e queimam no sol parece ter nascido com a doença porfiria. Os doentes tinham bolhas no corpo, e seus organismos eram incapazes de efetivamente reparar as células de sua pele de danos dos raios ultravioletas. Provavelmente, eles não andavam muito no sol.

7) AVERSÃO A ALHO

O alho também faz parte do simbolismo clássico do folclore dos vampiros. Por que o alho? Novamente, a porfiria é a culpada por esse mito. O alho contém substâncias químicas que agravam os sintomas da doença, portanto os doentes o evitavam a todo custo. É o mesmo caso de alguém que tem alergias severas. Imagine como seria para essa pessoa andar em um campo de cheio poeira, flores e ervas daninhas?

8 ) BEBER SANGUE

Com certeza é o sinal mais revelador – e famoso – de um vampiro. De novo, podemos culpar esse mito na porfiria. O principal sintoma da doença é uma deficiência de hemoglobina no sangue, então era uma prática comum entre as pessoas doentes beber grandes quantidades de sangue fresco na esperança de que isso proporcionasse o mesmo efeito de quando alguém toma um suplemento para atender a sua necessidade diária de uma vitamina. Embora os doentes, na época, provavelmente não conhecessem os detalhes de sua doença, eles assumiam que ela era uma doença de “sangue ruim”. [Listverse]

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