sábado, 25 de abril de 2009

Um ex astronauta afirma que os 'alien' existem e que os EUA ocultam ovnis


EL MUNDO Madride

O ex astronauta da NASA Edgar Mitchell, que viajou a bordo da nave Apolo 14 em 1971, assegurou numa conferência dedicada aos ovnis e extraterrestres, que os 'alien' existem e que o Governo dos EUA tem ocultos OVNIS, segundo publica o 'Daily Telegraph'.

Mitchell explicou que no ano de 1974 intentou investigar o famoso caso conhecido como 'Incidente Roswell' sobre a queda de um objecto voador não identificado em território estado-unidense, mas a sua investigação foi truncada pelas autoridades do país.

O ex astronauta, de 78 anos, disse: "Não estamos sós. O nosso destino, na minha opinião, é terminar formando parte duma comunidade planetária... Temos que estar dispostos a ir mais além do nosso planeta e mais além do nosso sistema solar para averiguar o que é que está a acontecer realmente ali fora".

Mitchell cerceou em Roswell (Novo México), localidade que em 1947 alguns dos seus vizinhos acreditaram ver como um ovni se acidentava. Segundo Mitchell, os habitantes da zona foram silenciados pelas autoridades militares. Ele mesmo levou ante o Pentágono o facto, mas quando parecia que ia ter acesso às informações do ocorrido toda a investigação veio abaixo.

Pela sua parte, a NASA não tardou em reagir às palavras de Mitchell. Segundo a agência, a NASA "não realiza nenhum tipo de seguimento a ovnis", nem forma parte "de nenhum encobrimento sobre vida mais alem da Terra".

EL MUNDO

Foto de arquivo da nave espacial Viking, confundida com um OVNI. Reuters

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Não façam investimentos cá que nós não os faremos aí


«Mãos de vaca»
«Exmos. Senhores
Com data entre 21/28 De Fevereiro do ano em curso, publicou o v/jornal um artigo subordinado ao assunto acima mencionado. Só nesta data chegou ao meu conhecimento, interessado que sou no percurso desse país a quem devo o testemunho dos meus afectos.

Causa-me espanto que tantos anos após a libertação do jugo colonial, se usem argumentos de hostilidade contra os portugueses que por aí labutam e/ou consolidam os seus interesses económicos, à semelhança de tantos outros de identidade diferenciada e sob objectivos idênticos.

Parece-me que, diferentemente da preocupação critica manifestada, a «rapina» de que Angola é alvo – isso sim, oriunda geneticamente dos vossos próprios quadros dirigentes tal como internacionalmente é reconhecido - deveria ter, no vosso interesse jornalístico, tratamento de rigor, começando pelo reconhecimento da incontestável e escandalosa roubalheira que graça desde o mais alto nível dos senhores da terra.

Dessa forma sobraria força moral para verberar todos os que, no vosso entender, exploram recursos importantíssimos para a vida económica e social do povo de Angola. Comecem por expulsar do vosso país todos aqueles, portugueses ou quejandos e façam com os vossos próprios recursos o renascer de Angola e de caminho expulsem também a linga com que falam e escrevem.

Talvez o «chinês» e a fi losofi a social implícita seja a opção linguística do novo colonialismo já anunciado. Aproveitem a oportunidade e reenviem para cá os «tugas» que vos exploram ou não que nós saberemos retribuir com o reenvio dos angolanos quer por aqui labutam. Não façam investimentos cá que nós não os faremos aí e dessa forma se estabelecerá a vossa paz de espírito e tranquilidade.»

José Freire Ferreira
Lisboa

Semanário Angolense

Foto: http://www.elmundo.es/albumes/2009/02/09/sombra_reivindicada/index.html

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Einstein e a Astronomia


A Teoria Especial da Relatividade do cientista que nasceu em Ulm explicou o movimento da órbita de Mercúrio

EL PAÍS
BENJAMÍN MONTESINOS 21/01/2009

"Não te preocupes com os problemas que tens com as matemáticas; posso assegurar-te que os meus são muito maiores". Einstein enviou esta nota, junto a uma página cheia de diagramas, a uma menina de quinze anos que lhe escreveu pedindo-lhe ajuda para os seus deveres: ao fim e ao cabo, tudo é relativo...

Albert Einstein, nascimento: 14-03-1879 em Ulm

O espaço é relativo. O tempo é relativo. A massa é relativa. O espaço e o tempo formam um "tecido" cujas fibras são deformadas pela presença de matéria. A luz pesa. Numa grama de matéria está contida uma imensa quantidade de energia. Albert Einstein ensinou-nos tudo isto.

Einstein é um dos maiores génios da humanidade, ainda que pareça de novo um tópico repetitivo. Faz agora pouco mais de cem anos que Einstein enviou à revista alemã Annalen der Physik – "para serem publicados se vocês conseguirem algum espaço na revista" – seis trabalhos que começaram a mudar para sempre o panorama da Física e com ele, o da Astronomia.

Albert Einstein nasceu em Ulm em 1879 no seio de uma família judia da classe média. Não foi um estudante brilhante em nenhuma disciplina exceptuando-se as matemáticas. Quando o negócio dos seus pais faliu, a família emigrou para a Itália e posteriormente para a Suiça, onde Einstein não conseguiu nenhuma bolsa de estudos nem nenhum posto de trabalho relacionado com a ciência e trabalhou como empregado num escritório de patentes desde 1902 até 1909. Em 1921, recebeu o Prémio Nobel, ainda não pelos seus estudos acerca da relatividade, mas pelos trabalhos relacionados com o efeito fotoeléctrico (que explica como certas substâncias se comportam quando recebem luz).

Nacionalidade Suiça e logo estado-unidense

Einstein adoptou a nacionalidade suíça e posteriormente a americana, quando emigrou para os Estados Unidos para trabalhar no Instituto de Estudos Avançados de Princeton – "só necessito de uma mesa, alguns cadernos, um lápis e um grande cesto de papeis para todos os meus erros" –. Pacifista activo, não deixou de alertar os políticos dos perigos de uma guerra atómica e dos efeitos a longo prazo. Ainda que não fosse um judeu praticante, o sionismo foi outro dos campos nos quais Einstein, devido à sua popularidade, teve influência, e chegaram-lhe a oferecer a presidência do Estado de Israel. Einstein morreu em Princeton em 1955, o seu corpo foi incinerado no mesmo dia da sua morte e as suas cinzas espalhadas num lugar desconhecido.

Quiçá para o público em geral, do mais conhecido de Einstein sejam as imagens desse cientista de cabelo cinza e despenteado com ar algo triste, que tocava violino, que nos tira a língua numa foto e que "inventou" uma fórmula que relaciona a conversão da matéria em energia. A relação entre Einstein e a relatividade é incluso para os profanos na Física, também imediata. Mas se indagarmos um pouco mais, é provável que não se saiba, a nível de rua, muito mais deste personagem. É notável que o trabalho dum cientista, e especificamente dum físico, o transcenda a âmbitos que se situam afastados do mundo académico (a revista Time nomeou-o a personagem do século XX, adiante de Roosevelt e Ghandi).

Que trouxe Einstein à Astronomia? Sem ir mais longe a sua Teoria Especial da Relatividade explicou o movimento da órbita de Mercúrio. Se pudéssemos observar o Sistema Solar de cima, e traçar uma e outra vez a órbita de Mercúrio ao redor do Sol, veríamos que cada uma delas não é cerrada senão que se move imperceptivelmente, traçando uma espécie de roseta, sendo a elipse delimitada por cada revolução uma pétala. É o que os astrónomos chamam pomposamente "a precessão do periélio de Mercúrio". Os cálculos de Einstein predisseram com exactidão este movimento.

A estrutura do espaço e o tempo

As ideias de Einstein sobre a estrutura do espaço e do tempo, que ele considerava como um "tecido" ou uma "fibra", também revolucionaram todo o panorama da Física e da Astronomia. O espaço não é alheio à presença de estrelas e galáxias, e se deforma como se fosse uma malha elástica quando nota que há corpos na sua presença. Hoje, os estudos da estrutura do universo, o do comportamento da luz e a matéria próxima de objectos muito compactos, como as estrelas de neutrões ou os buracos negros, não se entendem sem deitar mão à relatividade de Einstein.

E por último a famosa equação, a que todo o mundo já viu alguma vez, num livro, num anúncio, ou estampada numa T-shirt: E = m X c2: a energia é igual à massa multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado. A velocidade da luz é 300.000 quilómetros por segundo, um número enorme, que se converte em algo muito mais grande quando o multiplicamos por si mesmo. Essa equação diz-nos que uma pequena quantidade de massa pode transformar-se numa imensa quantidade de energia... isso é o que sucede no interior das estrelas: nesses formidáveis fornos nucleares, com temperaturas de milhões de graus, queimam-se em cada segundo centenas de milhares de toneladas de hidrogénio, o elemento químico mais comum do universo, produzindo-se energia. O nosso Sol leva quase 5.000 milhões de anos fazendo-o e continuará outros 5.000 milhões de anos, até que se acabe o seu combustível.

Eratóstenes, Aristóteles, Ptolomeu, Pitágoras, Copérnico, Kepler, Newton, Herschel, Hubble, Einstein... míticos nomes que marcaram a história da Astronomia, cada um deles derrubando barreiras e vencendo o desafio que o Universo lhes proporciona em cada momento.
EL PAÍS

sábado, 18 de abril de 2009

O mistério do túmulo de Qin Shi Huangdi


Em nossos programas anteriores, você pode ter ouvido falar dos guerreiros em terracota. Aliás, os ouvintes brasileiros devem ter uma idéia mais concreta, pois os tesouros arqueológicos datados em mais de 2 mil anos acabam de ser expostos na Oca do Parque Ibirapuera em São Paulo.

As estátuas gozam de uma fama tão grande que quase ofuscam a tumba do primeiro imperador chinês. De fato, o conjunto arqueológico formado pelas três fossas que abriga o exército em terracota possui uma superfície com mais de 22 mil metros quadrados, mas representa apenas 1% de toda a área que abrange a Mausoléu e as tumbas com os guerreiros. Apesar de ser pesquisado desde 1962, o Mausoléu continua sendo um enigma para os arqueólogos. Basta lembrar que o conjunto já é misterioso o suficiente por pertencer a Qin Shi Huang - primeiro imperador feudal chinês, que unificou a China há dois milênios-, e que impressiona pelas dimensões de sua superfície total, que alcança 56 km2.

O imperador Qin Shi Huang foi o primeiro monarca feudal na história chinesa. Ele viveu entre os anos 259 e 210 a C e unificou a China em 221 a.C. Desde então, a China passou a ser um país unificado, com múltiplas etnias e todo o poder centralizado nas mãos de seus imperadores durante quase 2000 anos. Foi ele que mandou construir e interligar a Grande Muralha, um dos símbolos da China. Além disso, ele mandou construir seu gigantesco Mausoléu, pretendendo levar com ele toda a riqueza que possuía, além de seu exército, para a vida pós-morte. Por isso, o projeto é uma miniatura da antiga capital, contando com uma cidade exterior, uma cidade interior, e a própria câmara subterrânea. Cada parte tinha seus respectivos edifícios, tais como aqueles da capital. Lamentavelmente o tempo comprometeu tijolos e telhas e o que podemos observar na superfície do solo é apenas uma colina com 46 metros de altura.

Levando em consideração seu valor histórico e suas dimensões, sem uma minuciosa pesquisa prévia, a abertura ou a exploração da tumba pode danificar a arquitetura de maneira irreversível. Além disso, segundo os poucos registros históricos, o chão da câmara subterrânea é uma miniatura do mapa de época da China. No lugar dos rios e mares, por exemplo, foram colocadas grandes quantidades de mercúrio. A abertura da tumba pode causar o vazamento do vapor de mercúrio, altamente tóxico a saúde, se não forem adotadas adequadas medidas de segurança. Talvez seja por isso que até hoje o túmulo permanece intacto e aumente ainda mais o mistério deste Mausoléu. Será que o monarca está sepultado em baixo da colina? Qual seria a estrutura e o tamanho exato da câmara subterrânea? Houve infiltração de água no sub-solo ou não? Graças à alta tecnologia, algumas dúvidas já têm uma resposta.

Por intermédio das técnicas de sensoriamento remoto e de geofísica, uma pesquisa patrocinada pelo Ministério de Ciências da China confirmou que há realmente uma câmara na forma retangular na profundidade de 35 metros no subsolo da colina, que mede 170 x 14m. Para os arqueólogos chineses isto é uma novidade. Há registros que apontam que a própria câmara subterrânea - o suposto local que armazenaria os restos fúnebres do imperador-, ficava no fundo do monte e estaria interligado com a colina artificial por um túnel. Ou seja, para enganar os eventuais saqueadores, o imperador poderia mandar construir seu túmulo em outro lugar e, de fato, não existiria nada em baixo da colina artificial. O resultado da sondagem vetou a hipótese. “Não vejo o motivo de construir uma tumba desse tamanho só para enganar!”explicou o professor Liu Shiyi, engenheiro chefe do projeto, “Porém, não podemos comprovar ainda se há grande quantidade de tesouros como a história registra e se eles estão intactos.”

Além disso, foi detectado um muro com 30 metros de altura rodeando a câmara subterrânea. Segundo a pesquisa, o muro é composto por várias camadas de terra fina batida, cada camada com 5 a 6 cm de grossura. Assim o muro é tão forte e sólido que resistiu a vários terremotos de 8 graus na escala Ritcher ao longo da história e contribui para a conservação da câmara no subsolo. “Além disso, a existência de um muro assim é inédita nos ritos fúnebres chineses, o que dá, neste momento, um formato ímpar que merece mais estudos” afirmou o arqueólogo Duan Qingbo.

Será que o imperador realmente levou uma fortuna para o subsolo? Será que podemos achar ainda tais tesouros depois de 2 milênios? Para arqueólogos, ainda há muitos enigmas a serem resolvidos.

Outra curiosidade foi a composição e a distribuição de mercúrio na camada de cima da câmara subterrânea, sendo a densidade do elemento mais forte no sudeste e sudoeste, e mais fraca no nordeste e noroeste. Isso o que quer dizer?

Segundo os poucos registros históricos, o chão da câmara subterrânea é uma miniatura do mapa de época da China. No lugar dos rios e mares, por exemplo, foram colocadas grandes quantidades de mercúrio. Então, a disposição detectada do mercúrio corresponde exatamente à localização dos recursos hídricos e oceanográficos chineses: os principais rios nascem no sudoeste, percorrem o país no sentido oeste-leste e deságuam nos mares do sudeste. “O próprio imperador esteve no Golfo do Mar Bo e muito provavelmente ele o colocou no mapa de seu palácio subterrâneo. Se isto for confirmado, comprovará que os ancestrais da remota dinastia Qin já tinham conhecimento básico da geografia e topografia do país. Isso será uma outra novidade para os arqueólogos e historiadores” explicou o professor Liu Shiyi, engenheiro em chefe da pesquisa. Segundo ele, além de dar uma grande magnificência a obra, o mercúrio vaporiza-se e o gás protege o corpo e os objetos enterrados da deterioração e intoxica eventuais assaltantes.

Na realidade, as pesquisas sobre o mausoléu de Qin Shi Huang foram iniciadas em 1962.Mas, ao longo destes anos, não houve resultados substanciais. Desta vez, no entanto, um importante passo foi dado, porém o mausoléu continua envolto num imenso mistério, pois pertence a um monarca lendário que foi o primeiro imperador da China e data a uma época tão remota de 20 séculos atrás.

Em 1987, a UNESCO colocou o mausoléu na lista de Patrimônios Culturais da Humanidade e, no início deste ano, a província de Shaanxi decidiu construir o parque das ruínas do mausoléu, com um investimento de US$ 69 milhões. A obra deve ser concluída em 2005. Então, quando visitar as estátuas em terracota em Xi’an, não se esqueça de dar uma olhada também a este gigantesco mausoléu, local dos restos fúnebres do primeiro imperador chinês.

http://www.fmprc.gov.cn/ce/cgrj/pot/xxdt/t135342.htm

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A busca da partícula de Deus. No coração de toda a matéria


A tendência já forte de as pessoas se preocuparem com cientistas malucos que poderiam criar um buraco negro capaz de engolir a Terra.


Se cavássemos um buraco a meros 100 metros do centro do charmoso vilarejo francês de Crozet, toparíamos com um cenário que lembra o esconderijo subterrâneo de um dos vilões dos filmes de James Bond. Um túnel com 3 metros de diâmetro, curvo e muito iluminado, perde-se na distância, interrompido de tantos em tantos quilômetros por majestosas câmaras atulhadas de estruturas de aço, cabos, canos, fios, magnetos, tubos, poços, passarelas e equipamentos enigmáticos.


Toda essa parafernália tecnológica faz parte de um único e imenso instrumento científico, um acelerador de partículas - o mais poderoso canhão de átomos já construído. Ele recebeu o nome de Large Hadron Collider (LHC, ou grande colisor de hádrons), e vai servir para algo bem simples, mas extremamente ambicioso: decifrar o segredo do mundo físico e descobrir em que consiste o universo - em outros termos, ele tentará responder às questões mais básicas que podemos colocar.

Em algum momento nos próximos meses, dois feixes de partículas vão percorrer, em direções opostas, o túnel que forma um anel subterrâneo com nada menos que 27 quilômetros de circunferência. As partículas serão guiadas por mais de um milhar de magnetos cilíndricos e super-resfriados, ligados uns aos outros como salsichas. Em quatro pontos do anel, os feixes irão convergir, fazendo com que as partículas se choquem umas nas outras a uma velocidade quase idêntica à da luz. Se tudo correr bem, as violentas colisões vão transformar a matéria em fortes pulsos de energia, os quais por sua vez irão se tornar vários tipos interessantes de partículas, algumas das quais jamais vistas. Nisso se resume a física experimental de partículas: fragmentos de coisas são lançados uns contra os outros e desse choque surgem outras coisas.

O conjunto de equipamentos distribuídos ao longo do túnel permite o exame da nuvem produzida pelas colisões. O maior deles, batizado de Atlas, possui um detector da altura de um prédio de sete andares. Já o Compact Muon Solenoid (CMS, ou solenóide compacto de múons) é mais pesado que a torre Eiffel. "Na busca do muito pequeno, quanto maior, melhor" poderia ser o lema da Organização Européia de Pesquisa Nuclear, mais conhecida por sua antiga sigla, Cern (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), o laboratório internacional que criou o LHC.

Soa assustador, e é. A construção do LHC em um túnel foi uma medida prudente. O feixe de partículas poderia abrir um buraco em praticamente qualquer coisa, embora a vítima mais provável talvez seja o próprio aparato. Um acidente já ocorreu: um dos magnetos quase se soltou de seu suporte durante um teste em março de 2007. Desde então, 24 magnetos foram recondicionados de modo a sanar uma deficiência do projeto. Os responsáveis pelo LHC não se mostram muito dispostos a falar sobre o que pode dar errado, talvez para não incentivar a tendência já forte de as pessoas se preocuparem com cientistas malucos que poderiam criar um buraco negro capaz de engolir a Terra.

Por: Joel Achenbach. Foto: Peter Ginter
Publicado em 03/2008
http://viajeaqui.abril.com.br/ng/materias/ng_materia_270796.shtml

domingo, 12 de abril de 2009

Navio fantasma de Sutton Hoo


O barco Sutton Hoo é conhecido como “barco fantasma” pois nenhum dos materiais sólidos usados em sua construção ainda existe.

O navio fantasma anglo-saxão de Sutton Hoo foi descoberto por arqueólogos em 1939.

É o exemplo mais bem preservado de construção naval do norte da Europa descoberto até o momento.

O navio possuía uma câmara funerária sobre a área central, que abrigava muitos tesouros históricos, belos e incalculáveis, incluindo armaduras, armas, objetos de ouro, moedas e roupas.

Apesar de nenhum corpo ter sido descoberto no local do naufrágio do Sutton Hoo, vestígios químicos sugerem que um corpo foi sepultado no local, possivelmente o do Rei Raedwald ou do Rei Sigebert, ambos monarcas do século VII na região.

O barco Sutton Hoo é conhecido como “barco fantasma” pois nenhum dos materiais sólidos usados em sua construção ainda existe. Ele foi cuidadosamente descoberto em forma fóssil, depois que a madeira e outros materiais orgânicos usados em sua construção se dissolveram na areia, formando um molde fossilizado do barco durante centenas de anos.

Além de ser o exemplar mais bem preservado do período, o navio Sutton Hoo também é a maior relíquia já descoberta no fundo do mar: ele mede 27 metros de comprimento por 4,5 metros de largura.

Especialistas examinaram o desenho do barco e os artefatos recuperados do naufrágio para estabelecer a idade do barco. Calcula-se que ele tenha sido construído entre 625 e 637d.C.

As posições dos rebites no molde fossilizado do barco revelaram que casco do Sutton Hoo era feito de uma série de placas de madeira sobrepostas – um estilo de construção ainda em uso nos dias de hoje.

Uma análise do navio mostra que ele provavelmente era impulsionado por 40 remadores – 20 de cada lado – e dirigido por um leme – apesar de alguns especialistas acreditarem que o leme foi removido antes do navio ser transportado para o funeral, no local onde hoje jazem os vestígios do Sutton Hoo.

Informações sobre o funeral do Sutton Hoo e alguns dos artefatos descobertos estão em exibição no Museu Britânico, em Londres.

http://www.discoverybrasil.com/navios/navios_antigos/navio_fantasma/index.shtml

Foto: http://www.britsattheirbest.com/images/h_sutton_hoo_helmet.jpg

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O mundo acaba em 21 de Dezembro de 2012


Actualizado quinta-feira 09/04/2009 15:16 (CET)

EL MUNDO


MADRIDE. – O documentário 'Nostradamus 2012' recorre à obra do profeta Michel Notre-Dame, mais conhecido como Nostradamus. Entre as suas profecias destaca a predição do fim do mundo no dia 21 de Dezembro de 2012.

Apesar de que não sabemos o que acontecerá com a humanidade nessa data, para muitos será quando se produzirá uma mudança fundamental no nosso planeta.

O Canal de Historia estuda neste trabalho os paralelismos entre os titulares do pesadelo de cada dia e as profecias sobre o ano 2012 de Nostradamus e outros visionários. Desde os reinos místicos das selvas da Guatemala, os anciãos hopis ou os xamãs maias, até aos respeitáveis pensadores da idade moderna.

Nostradamus foi um médico e consultor astrológico provençal de origem judia, e a sua obra profética ' As verdades centúrias astrológicas e profecias, foi publicada pela primeira vez em 1555. No dia de hoje muitos são os que crêem nessas profecias e afirmam categoricamente que Nostradamus predisse todas as catástrofes do mundo.

Foto: http://www.chronometer.net/sardshoot1large.jpg

quarta-feira, 8 de abril de 2009

O Messias do sul de Tel Aviv


O modesto bairro de Tikva, no sul de Tel Aviv, desperta entre a calma e dumas inusuais nuvens. A aparente normalidade das suas ruas é o melhor aliado de um homem de 58 anos, ao que algumas pessoas o vêem como o Messias e a maioria como um sem-vergonha. O seu nome, Goel Ratson. A sua história, emocionante.

"Quando os seus filhos saem pela manhã para o berçário, parecem-se como a saída dos nossos antepassados do Egipto. É incrível a quantidade de meninos!", conta um vizinho desde a janela da sua casa. Nos quatro edifícios deste bairro esconde-se uma comunidade (seita?). Ou "uma família numerosa", como diz o próprio Goel. Servindo a este pequeno homem de melenas brancas e tez escura, vivem as suas 32 mulheres e 89 filhos? Uma cifra que se encurta."Há uns 180 filhos repartidos por todo o Israel", calcula Tehlia, uma das mulheres entregues de corpo e alma a Goel, que em hebreu significa redentor.

As mulheres dizem serem independentes mas estão proibidas de comer carne, comunicarem-se com outros homens, beber álcool, fumar, vestir de forma "provocativa" ou abraçarem os seus próprios pais.

Goel não se recorda dos nomes de todos os seus filhos mas conhece bem o corpo de todas as suas mulheres. Algumas são irmãs ou primas. O seu caso provoca a indignação da maioria e a admiração de uns poucos que mais que Messias o consideram "uma máquina sexual".

Num documentário de Nesly Varda e Sheli Tapiro do Canal 10, o Don Juan divino explica o segredo: "Tenho todas as faculdades que uma mulher quer, as medidas que uma mulher quer. Todo o carinho que uma mulher busca. Tenho tudo".

Na questão da cama, não há competição. As 32 mulheres fazem turnos e, ainda que não o confessem, há uma luta cada noite para ser a afortunada. Tehlia confessa-se: "Satisfaz todas as minhas vontades e necessidades. Por isso, estou disposta a compartilhá-lo com outras ainda que não sinta que o compartilho. Sinto-me especial e única".

A seita começou-se a formar há 30 anos. Começou a sua busca recrutando a sua futura mulher. Quando é uma adolescente com problemas físicos, sociais ou psicológicos. Depois da sua milagrosa cura terapêutica, é toda sua. E assim vem outra e outra e outra até ao dia de hoje. Ele exibe os seus poderes sexuais mas nega usá-los em menores.

EL MUNDO

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Descobrem a capacidade inata das galinhas para realizarem cálculos matemáticos


Mª José Puertas. Madrid
Actualizado quinta-feira 02/04/2009 14:01 horas

As matemáticas já não podem considerar-se uma capacidade exclusiva da espécie humana. Nos últimos anos, comprovou-se que algumas espécies de primatas são capazes de realizar operações aritméticas sensíveis. Agora, uma equipa de cientistas das universidades italianas de Trento e Pádua, conseguiram demonstrar que os pintainhos têm uma habilidade inata para somar e diminuir.

Rosa Rugani, uma das responsáveis do estudo publicado na revista científica 'Proceedings of the Royal Society B', assegura que estes animais realizaram operações de aritmética básica para averiguar ante dois ecrãs, qual era o que ocultava o maior número de objectos conhecidos.

Ao que parece, as galinhas intentam estar próximas dos elementos com que se criaram, da mesma maneira que estão ao lado da sua mãe e a seguem, nada mais como ao saírem do ovo. Esse instante de reconhecimento se reconhece como "impronta". Deixa-lhes uma marca.

Assim, os investigadores compararam pintainhos de apenas umas horas, e durante dois dias colocaram-lhes nas gaiolas várias cápsulas amarelas de ovos Kinder.

Depois, ao colocá-los numa caixa com areia com dois ecrãs ligeiramente em frente e que ocultavam as bolas amarelas, os pintainhos olhavam para ambos os lados do ecrã, e ficavam onde havia um maior número de bolas.

Pouco depois fez-se outra prova. Mudaram-se as cápsulas de sítio enquanto os pintainhos olhavam. Ao deixá-los caminhar pela areia foram directamente para o ecrã onde tinham observado que se escondeu um maior número de bolas, demonstrando assim que durante a troca não só recordaram o número que antes viram, senão que ademais foram capazes de somar as novas bolas recentemente juntas.

Paco Linares, um perito granadino em psicologia canina que também trabalhou com pintainhos, afirma que eles aprendem rápido, se reforçarmos a sua conduta por condicionamento (premiando com alimento).

Sem dúvida, este caso é diferente, pois assim se comprova que a habilidade para somar e diminuir é inata nestas aves.

EL MUNDO

Foto: Um bebedouro gota a gota para pintainhos. Efe

quinta-feira, 2 de abril de 2009

As formigas do deserto 'cheiram' o caminho de volta ao formigueiro


Cientistas descobrem que elas utilizam o olfacto como ferramenta para se orientarem.


Desde há tempos que os cientistas averiguam como diferentes criaturas do deserto se conseguem orientar sem nenhuma referência. Investigadores do Instituto de Ecologia Química Max Planck, na Alemanha, descobriram que as formigas do deserto se orientam, graças a um sistema de navegação que emprega cheiros e pistas visuais, informa a plataforma de notícias científicas SINC.

Num artigo na revista Frontiers in Zoology, os cientistas comentam que até agora pensava-se que as Cataglyphis Fortis, habitantes do deserto de Tunis e que têm os seus formigueiros em inóspitos depósitos de sal, se guiavam unicamente com a vista. Sem dúvida, comprovaram que estes insectos incorporam também os cheiros locais no seu sistema de orientação.

Os cientistas utilizaram a técnica da cromatografia de gases para demonstrar que os "micro-habitats" do deserto têm cheiros únicos, que podem guiar as formigas no seu caminho de volta ao ninho.

O uso destes marcadores olfactivos observou-se já em pombas, mas não em formigas, que podem gerar marcas impressas ou sinais com feromonios.

Sem dúvida, as viagens de quase cem metros das Cataglyphis em busca de comida, num habitat de altas temperaturas e onde as fontes de alimento mudam constantemente, as marcas de feromonios não são de muita utilidade. Esta pode ser a razão, segundo os cientistas, porque estas formigas optaram por se orientarem graças aos cheiros externos.


EL PAÍS – Madrid – 27/02/2009

Imagem da formiga 'Cataglyphis fortis' – EFE

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O fantasma de Jaime V


A silhueta de um homem assomado à janela dum castelo escocês abandonado converteu-se na imagem mais fantasmal da história, depois de ganhar um concurso no Reino Unido.

Segundo informou vária mídia britânica como a BBC, Christopher Aitchison visitava em Maio do ano passado o castelo de Tantallon no North Berwick (Escócia) quando o olho da sua câmara apontou para uma das ruinosas janelas do castelo e capturou a silhueta de um homem que os observava.

O que no princípio parecia ser um truque, agora converteu-se numa atracção graças à ajuda de um grupo de peritos que confirmou a sua autenticidade. Não é uma falsificação nem um manequim, nem um guia turístico: é um fantasma.

"Eu não me dei conta de que alguém estava a olhar por essa janela, só quando cheguei em casa e olhei detidamente a imagem dei-me conta de que havia aí alguém", explica o seu autor.

Mas, o mistério desta imagem não é só o seu possível protagonista fantasmagórico, senão também as especulações que sobre ela já se começaram a fazer. "Alguns crêem que pode ser o reflexo da luz sobre as pedras do castelo, mas outros apontam que poderá ser o fantasma do rei Jaime V da Escócia", conta Aitchison.

Mais de 250 imagens apresentam-se a este concurso que terá o seu ponto álgido em princípios de Abril na 21ª edição do festival Internacional de Ciência de Edimburgo, onde se poderão ver todas as imagens eleitas pelo público.

EL MUNDO