quarta-feira, 30 de março de 2011

Antropólogo desmente teoria sobre o fim do mundo em 2012


A pedra do calendário maia que foi interpretada erroneamente como um anúncio do fim do mundo marcado para Dezembro de 2012 foi apresentada na terça-feira em Tabasco, sudeste do México.
A peça é formada de pedra calcária e esculpida com martelo e cinzel, e está incompleta. «No pouco que podemos apreciá-la, em nenhum dos seus lados diz que em 2012 o mundo vai acabar», enfatizou José Luis Romero, subdirector do Instituto Nacional de Antropologia e História.
Na pedra está escrita a data de 23 de Dezembro de 2012, o que provocou rumores de que os maias teriam previsto o fim do mundo para este dia. Até uma produção de Hollywood, «2012», foi lançada apresentando esse cenário de Apocalipse.
«No pouco que se pode ler, os maias referem-se à chegada de um senhor dos céus, coincidindo com o encerramento de um ciclo numérico», afirmou Romero.
A data gravada em pedra refere-se ao Bactum XIII, que significa o início de uma nova era, insistiu Romero.
DIARIODIGITAL
Imagem: deiasblog2.blogspot.com

segunda-feira, 28 de março de 2011

O Despertar dos Mágicos (36). Os primeiros missionários que desembarcaram em Páscoa tiveram o cuidado de fazer desaparecer todos os vestígios da civil


Para além destas diferenças radicais em matéria de técnica, diferenças filosóficas ainda mais espantosas... Tinham posto de lado a relatividade e abandonado em parte a teoria dos quantas.

Louis Pauwels e Jacques Bergier. DIFEL

A sua cosmogonia teria deixado estupefatos os astrofísicos aliados: era a tese do gelo eterno, segundo a qual planetas e estrelas seriam blocos de gelo flutuando no espaço z. Se tais abismos se puderam formar em doze anos, no nosso mundo moderno, a despeito dos intercâmbios e comunicações, que pensar das civilizações tal como se puderam desenvolver no passado? Em que medida é que os nossos arqueólogos são qualificados para avaliar o estado das ciências, das técnicas, da filosofia, do conhecimento entre os Maias ou dos Khmers?
Não cairemos na armadilha das lendas: Lemúria ou Atlântida, Platão, no Critias, ao cantar as maravilhas da cidade desaparecida, e, antes dele, Homero, na Odisséia, ao evocar a fabulosa Scheriá, descrevem talvez Tartesso, a Tarshih bíblica de Jonas e objetivo da sua viagem. Na embocadura do Guadalquivir, Tartesso é a mais rica cidade mineira do Mundo e exprime a quinta-essência de uma civilização. Floresceu há não se sabe quantos séculos, depositária de uma sabedoria e de segredos. Por volta do ano 500 antes de Cristo sumiu-se completamente, não se sabe como nem porquê. Pode ser que Numinor, misterioso centro celta do século v antes de Cristo, não seja uma lenda, mas nada sabemos.
As civilizações de cuja existência passada estamos certos, e que desapareceram, são na verdade tão estranhas como a Lemúria. A civilização árabe de Córdova e de Granada inventa a ciência moderna, descobre a investigação experimental e as suas aplicações práticas, estuda a química e até a propulsão a reação. Alguns manuscritos árabes do século XII apresentam esquemas de foguetões de bombardeamento. Se o império de Almançor estivesse tão avançado em biologia como nas outras técnicas, se a peste não se tivesse aliado aos espanhóis para o destruir, a revolução industrial talvez se tivesse dado no século XV e XVI na Andaluzia, e então o século XX seria uma era de aventureiros interplanetários árabes prontos a colonizar a Lua, Marte e Vênus.
O império de Hitler, o de Almançor desmoronaram-se no meio do fogo e do sangue. Uma bela manhã de Junho de 1940, o céu de Paris escureceu, o ar ficou carregado de vapores de gasolina, e sob aquela imensa nuvem que ensombrou os rostos alterados pelo espanto, o pavor, a vergonha, uma civilização vacila, milhares de seres fogem ao acaso pelas estradas metralhadas. Quem viveu esses momentos, e presenciou também o crepúsculo dos deuses do III Reich, pode imaginar o fim de Córdova e de Granada, e milhares de outros fins do mundo, no decorrer dos milenários. Fim do mundo para os Incas, fim do mundo para os Tolteques, fim do mundo para os Maias. Toda a história da Humanidade: um fim sem fim...
A ilha de Páscoa, a 3000 quilômetros ao largo da costa do Chile, é tão grande como Jersey. Quando o primeiro navegador europeu, um holandês, ali acostou, em 1722, julgou-a habitada por gigantes. Sobre aquela pequena superfície vulcânica da Polinésia erguem-se 593 imensas estátuas. Algumas têm mais de vinte metros de altura e pesam cinqüenta toneladas. Quando foram erigidas? Como? Porquê? Julga-se poder distinguir, por meio do estudo desses misteriosos monumentos, três categorias de civilizações, cuja mais perfeita seria a mais antiga. Como no Egito, os enormes blocos de tufo, de basalto, de lava são ajustados com prodigiosa habilidade. Mas a ilha é acidentada, e as poucas árvores enfezadas não podem servir de cilindros: como foram as pedras transportadas? E poder-se-á invocar uma mão-de-obra colossal? No século XIX, os pascoanos eram duzentos: três vezes menos numerosos que as suas estátuas. Jamais puderam ser mais de três ou quatro mil sobre essa ilha de terreno fértil e sem animais. Então?
Como em África, como na América do Sul, os primeiros missionários que desembarcaram em Páscoa tiveram o cuidado de fazer desaparecer todos os vestígios da civilização extinta. Na base das estátuas havia tabuinhas de madeira, cobertas de hieróglifos: foram queimadas ou enviadas para a biblioteca do Vaticano, onde repousam inúmeros segredos. Tratar-se-ia de destruir os vestígios de antigas superstições, ou de apagar os testemunhos de outro saber, A recordação da passagem pela Terra de outros seres? De visitantes vindos de algures?
Os primeiros europeus que exploraram Páscoa descobriram entre os pascoanos homens brancos e barbudos. De onde provinham? Descendentes de que raça várias vezes milenária, degenerada, hoje totalmente submersa? Pedaços de lendas falavam de uma raça de mestres, de docentes, vinda dos confins dos séculos, caída do céu.
O nosso amigo, o explorador e filósofo peruano Daniel Ruzo, parte em 1952 para estudar a planura desértica de Marcahuasi, a 3800 metros de altitude, a oeste da cordilheira dos Andes. Essa planura sem vida, que só pode ser atingida a cavalo numa mula, mede três quilômetros quadrados. Ruzo descobre animais e rostos humanos esculpidos na rocha, e somente visíveis no solstício de Verão, por meio do jogo das luzes e das sombras. Ali encontra estátuas de animais da época secundária, como o estegossauro; leões, tartarugas, camelos, desconhecidos na América do Sul. Uma colina esculpida representa uma cabeça de velho.
O negativo da fotografia revela um jovem radiante. Visível no decorrer de que rito de iniciação? Datar a carbono 14 ainda não foi possível: nem o menor vestígio orgânico sobre Marcahuasi. Os indícios geológicos obrigam a regressar à noite dos tempos. Ruzo pensa que essa planura teria sido o berço da civilização Masma, talvez a mais antiga do Mundo.
Volta a encontrar-se a recordação do homem branco sobre outra fabulosa planura, Tiahuanaco, a 4000 metros. Quando os Incas conquistaram essa região do lago Titicaca, Tiahuanaco era já aquele campo de ruínas gigantescas, inexplicáveis, que nós conhecemos. Quando Pizarro ali chegou, em 1532, os Índios deram aos conquistadores o nome de Viracochas: senhores brancos. A sua tradição, já mais ou menos perdida, fala de uma raça de grandes senhores desaparecida, gigantesca e branca, vinda de algures, surgida dos espaços, de uma raça de Filhos do Sol. Ela reinava e ensinava há vários milênios. Desapareceu subitamente. E há-de voltar. Por toda a parte, na América do Sul, os europeus que se encarniçavam na conquista do ouro encontraram essa tradição e dela beneficiaram. O seu mais baixo desejo de conquista e de lucros foi auxiliado pela mais misteriosa e maior recordação.
A exploração moderna revela, sobre o continente americano, uma enorme profundidade de civilização. Cortês apercebe-se com assombro de que os Astecas são tão civilizados como os espanhóis. Hoje sabemos que eles viviam dos restos de uma cultura mais elevada, a dos Tolteques. Os Tolteques construíram os monumentos mais gigantescos da América. As pirâmides do Sol de Teotihuacon e de Cholula são duas vezes mais importantes do que o túmulo do rei Kéops. Mas os próprios Tolteques eram os descendentes de uma civilização ainda mais perfeita, a dos Maias, cujos restos foram descobertos nos matagais das Honduras, da Guatemala, do lucatão. Enterrada sob a desordem da natureza, revela-se uma civilização muito anterior à grega, mas superior a ela. Extinta quando e como? Duas vezes morta, em todo o caso, pois os missionários também ali se empenharam em destruir os manuscritos, quebrar as estátuas, fazer desaparecer os altares. Resumindo as investigações mais recentes sobre as civilizações desaparecidas, Raymond Cartier escreve:
Em inúmeros domínios, a ciência dos Maias ultrapassou a dos gregos e dos romanos. Senhores de profundos conhecimentos matemáticos e astronômicos, desenvolveram até uma perfeição minuciosa a cronologia e a ciência do calendário. Construíam observatórios com cúpulas muito melhor orientados que o de Paris no século XVII, como o Caracol colocado sobre três terraços na sua capital de Chichen Itza. Eles utilizavam o ano sagrado de 260 dias, o ano solar de 365 dias e o ano venusiano de 584 dias. A duração exata do ano solar hoje é fixada em 365,422 dias. Os Maias tinham calculado 365,2420 dias, ou seja, com uma diferença de decimal, o número a que nós chegamos após demorados cálculos.
É possível que os egípcios tenham obtido a mesma aproximação, mas, para o admitir, é preciso acreditar nas discutidas concordâncias das Pirâmides, enquanto possuímos o calendário Maia. Na arte admirável dos mexicanos são visíveis outras analogias com o Egito. As suas pinturas murais, os seus frescos, as partes laterais dos seus vasos mostram homens com o violento perfil semita em todas as tarefas da agricultura, da pesca, da construção, da política, da religião.
Só o Egito pintou esse labor com uma verdade tão cruel, mas os barros vidrados dos Maias fazem lembrar os Etruscos, os seus baixos-relevos a Índia e as grandes escadarias abruptas dos seus templos piramidais, Ankor. Se não receberam tais modelos do exterior, então os seus cérebros eram constituídos de tal maneira que passou pelas mesmas formas de expressão artística que todos os grandes povos antigos da Europa e da Ásia. Terá a civilização surgido numa região geográfica determinada e ter-se-á propagado pouco a pouco como um incêndio numa floresta? Ou terá aparecido espontânea e separadamente em diferentes regiões do globo?
Terá existido um povo instrutor e povos alunos, ou vários povos autodidatas? Sementes isoladas ou um tronco único e estacas espalhadas um pouco por toda a parte?
Não sabemos, e não possuímos qualquer explicação satisfatória sobre as origens de tais civilizações -nem o seu desaparecimento Certas lendas bolivianas reunidas por Cynthia Fainl e que ascendem a mais de cinco mil anos, contam que as civilizações dessa época se teriam extinguido após um conflito com uma raça não humana, cujo sangue não era vermelho.
O altiplano da Bolívia e do Peru evoca outro planeta. Não é a Terra, é Marte. Ali a pressão do oxigênio é inferior à metade da que existe ao nível do mar, e no entanto encontram-se homens até uma altitude de 3500 metros. Eles têm mais dois litros de sangue do que nós, oito milhões de glóbulos vermelhos em vez de cinco, e o seu coração bate mais lentamente.

Sal marítimo pode dificultar recuperação nuclear no Japão


O sal corrosivo da água do mar pode ser mais um problemas na usina nuclear de Fukushima Daiichi, danificada há duas semanas pelo grande terremoto, seguido de um tsunami no Japão.

A violência das águas destruiu as unidades de controle que tinham o objetivo de manter a refrigeração da água que flui através dos reatores em caso de emergência, obrigando os operadores da usina a utilizar água do mar para resfriar seus reatores e tanques de armazenamento de combustível.

Agora, os especialistas estão preocupados quanto aos possíveis efeitos prejudiciais do depósitos de sal em reatores e sistemas de refrigeração. A água do mar ferve por conta do intenso calor do combustível, mas as partículas salinas permaneces no local.

Aproximadamente 26 toneladas de sal já podem ter sido acumuladas na unidade 1 do reator, enquanto acredita-se que as unidades maiores 2 e 3 contenham o dobro dessa quantidade. As estimativas são de Richard Lahey, que era chefe de pesquisa de segurança em reatores de água fervente da General Electric quando a empresa os instalou em Fukushima Daiichi.

Lahey conta que um grupo internacional de especialistas nucleares foi criado para solucionar o problema. A ideia é tentar inundar com água fresca, o mais rápido possível, os compartimentos em que o sal está armazenado na tentativa de mandar os depósitos volta para o mar.

A preocupação, de acordo com Lahey, é que o sal forme camadas de revestimento sobre as locais que armazenam o combustível, fazendo com que eles se aqueçam ainda mais rápido, o que anula o objetivo primordial de resfriamento através da água.

Andrew Sherry, do Centro Nuclear do Instituto Dalton, da Universidade de Manchester, Inglaterra, alerta para dois outros problemas que podem surgir.

Um deles é a possibilidade dos depósitos de sal entupirem tubos, bombas e válvulas do sistemas de refrigeração, impedindo-os de funcionar corretamente quando a usina voltar a funcionar.

“Os resíduos vão restringir o fluxo, não há dúvida sobre isso”, garante Sherry. “Se isso leva a problemas graves nas bombas ou nas válvulas de abertura, eu não sei”.

A segunda é que o cloreto de sódio presente no sal pode estar criando buracos na camada externa de revestimento de óxido de zircônio dos locais de armazenamento de combustível. Essa corrosão poderia chegar até o combustível radioativo, formando buracos e rachaduras que permitiriam a liberação de elementos radioativos, o que agravaria a situação de intoxicação radioativa no ambiente.

Isso poderia levar a novos danos provenientes de outras fontes, principalmenteas explosões de gás hidrogênio liberado a partir de reações de óxido de zircônio com vapor d’água, o que ocasiona a liberação de vapores contendo iodo-131 e césio-137, substâncias altamente radioativas.

Nos últimos dias, os níveis de ambos os isótopos têm aumentado no solo, na água do mar, em alimentos e na água potável na região. No dia 24, foram registrados níveis de iodo-131 duas vezes acima do limite de segurança na água da torneira das residências de Tóquio, a 220 quilômetros ao sul da usina. Autoridades do país chegaram a desaconselhar a utilização de água no leite em pó para bebês. A proibição durou apenas um dia devido à queda no nível preocupante, mas o alerta permanece.

Os níveis de substâncias radioativas no leite e nos vegetais produzidos perto da usina nuclear também têm aumentado a ponto de os residentes da província de Fukushima serem advertidos para não comer espinafre nem outros vegetais de folhas verdes.

Se o sal está contribuindo para os problemas ou não, Sherry diz que seria útil livrar-se dele de qualquer maneira. “Em última análise, pretendemos expulsar a água do mar completamente e restabelecer as condições normais de funcionamento químico do sistema de reator”, afirma.

Há sinais encorajadores de que esse processo pode prestes a acontecer. Até o dia 24, a energia tinha sido restabelecida em todos os seis reatores de Fukushima, assim como as luzes voltaram a funcionar na sala de controle das unidades 1 e 3. Antes disso, trabalhadores eram obrigados a passar a jornada na escuridão completa.

Mais importante, os trabalhadores também estão perto de testar uma bomba de refrigeração que, pela primeira vez, é capaz de injetar água fresca ao invés de água do mar no reator da unidade 3.

Apesar da boa notícia, uma nota triste. Dois trabalhadores tiveram de ser hospitalizados após caminhar na água contaminada radioativamente durante a instalação dos equipamentos necessários.

[NewScientist]

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Por que as mariposas são atraídas pela luz artificial?


As mariposas e outros insetos voadores parecem sofrer uma atração suicida pela luz das lâmpadas artificiais. Quando encontram uma, ficam voando em círculos até ir seguir em linha reta para a morte e acabam fritas no bulbo quente. Alguns pesquisadores têm algumas hipóteses para este comportamento mortal.

Entomologistas acreditam que as mariposas voam em direção à luz artificial porque o brilho confunde seu sistema interno de navegação. Estes insetos não evoluíram entre luzes artificiais, mas sim, com a iluminação distante do sol, da lua e das estrelas. Por causa de um comportamento chamado orientação transversal, alguns insetos voam em um ângulo constante relacionado a uma fonte de luz distante, como a lua, por exemplo.

Mas com a luz criada pelo homem, o ângulo muda quando elas passam pelo objeto e as confunde. “Achamos que elas ficam deslumbradas pela luz e, de alguma maneira, atraídas”, comenta o entomologista Jerry Powell, da Universidade da Califórnia.

Contudo, esta teoria tem um problema. As lâmpadas são realmente recentes, mas fogueiras são acesas há milhares de anos e também atraem as mariposas. Os cientistas se perguntam se a seleção natural não teria eliminado as mariposas cujo instinto as fizesse voar em direção da luz.

Além disso, Powell questiona se elas realmente navegam de maneira transversal. “Tenho dúvidas sobre a idéia de que elas usariam a luz da lua para se orientar. Isto poderia ser uma característica das espécies que migram, aí sim, poderia ser. Mas isso não explica os outros 50 ou 70% das mariposas que são pequenas, não migram e parecem se orientar pela luz”.

Existe outra teoria, da década de 1950, do entomologista Philip Callahan, do departamento de Agricultura do governo dos EUA. Ele descobriu que o espectro de luz infravermelho emitido pela luz de uma vela tem a mesma freqüência de luz emitida pelos feromônios das mariposas fêmeas. Ele descobriu que os feromônios eram luminescentes, apesar de seu brilho ser bem discreto. Assim, os machos seriam atraídos pensando que aquela luz seria uma fêmea querendo cruzar. “Eles ficam tão atraídos que morrem na tentativa de se reproduzir”, escreveu Callahan.

Esta hipótese também tem alguns furos. De acordo com Powell, luz ultravioleta é muito mais atraente aos insetos do que a infravermelha. Não há nenhuma razão para a luz UV atrair um inseto sexualmente, pois ela não contém os mesmos comprimentos de onda que os feromônios.

A lua parece ter um papel importante neste mistério. Entomologistas descobriram que as mariposas são menos atraída pela luz artificial durante a lua cheia. “Pessoas costumavam dizer que não se consegue capturar mariposas com lâmpadas UV durante a lua cheia porque elas estão voando em direção à lua. Mas isso é ridículo, porque elas não podem continuar seus ciclos de vida se estão voando em direção ao satélite”, diz Powell.

Ele parece estar certo. “Um estudo escandinavo mostrou que o caso não é falta de atração pela luz, mas, na verdade, durante a lua cheia elas ficam menos ativas porque a claridade diminui pouco”, explica ele. Geralmente, a escuridão dispara a atividade das mariposas.

Nenhuma explicação foi conclusiva o suficiente, as pesquisas continuam. Por enquanto, resta observar o comportamento kamikaze destes insetos. [LifesLittleMysteries]

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Cientistas criam forma de antimatéria mais pesada já vista


Recentemente, um colisor (RHIC) em Nova York, EUA, criou a maior e mais complexa antimatéria vista até agora; antinúcleos de hélio, cada um contendo dois anti-prótons e dois anti-nêutrons.

O RHIC colide núcleos atômicos pesados, como chumbo e ouro, para formar bolas microscópicas, onde a energia é tão densa que muitas novas partículas podem ser criadas.

Antipartículas têm carga elétrica oposta às partículas ordinárias da matéria (os antinêutrons, que são eletricamente neutros, são compostos de antiquarks que têm carga oposta aos seus homólogos normais).

Essas partículas se aniquilam no contato com a matéria, tornando-as notoriamente difíceis de se encontrar e trabalhar. Até recentemente, a unidade mais complexa de antimatéria já vista era o contraponto do núcleo de hélio-3, que contém dois prótons e um nêutron.

No ano passado, cientistas anunciaram a criação de uma nova variedade de antimatéria. Chamada de anti-hiper-tríton, ela é feita de um antipróton, um antinêutron e uma partícula instável chamada anti-lambda. O anti-hiper-tríton era a antipartícula mais pesada conhecida até agora.

Porém, a nova criação não ajuda a responder uma grande questão da física, que é por que o universo, em geral, não é cheio de antimatéria. Na verdade, as teorias padrão dizem que a matéria e a antimatéria foram criadas em quantidades iguais nos primeiros instantes do universo, mas, por razões desconhecidas, a matéria prevaleceu.

Um experimento chamado Espectrômetro Magnético Alfa, previsto para ser lançado para a Estação Espacial Internacional em abril, vai tentar resolver o problema.

Os cientistas acreditam que os antiprótons ocorrem naturalmente em pequenas quantidades entre as partículas de alta energia que atingem a Terra, chamadas raios cósmicos.

O experimento também irá procurar antipartículas mais pesadas. Se o anti-hélio for produzido apenas raramente em colisões, a busca não deve encontrar anti-hélio. Se o experimento encontrar níveis mais elevados de anti-hélio, isso poderia reforçar a teoria de que a antimatéria não foi inteiramente destruída no início do universo, mas apenas “separada” em uma parte diferente do espaço, onde não entra em contato com a matéria.

O segundo maior antielemento, o anti-lítio, pode, em teoria, formar antimatéria sólida à temperatura ambiente, entretanto, os pesquisadores acreditam que isso será muito mais difícil de identificar. A equipe calcula que o anti-lítio irá ocorrer em suas colisões menos de um milionésimo de vezes que o anti-hélio, colocando-o fora do alcance dos grandes colisores. [NewScientist]

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Astrônomos flagram duas estrelas se fundindo


Pela primeira vez, cientistas foram capazes de observar diretamente a fusão de duas estrelas vizinhas com o objetivo de formar apenas uma. Especialistas sugerem que há décadas que tais estrelas – que giram tão próximos uma das outras que as suas camadas exteriores realmente se tocam – estão nesse processo de “mistura”. O novo trabalho de Romuald Tylenda e colaboradores, do Centro Astronômico Nicolaus Copernicus, em Torun, na Polônia, pegou as estrelas no flagra.

O relato dos investigadores de terem pego as estrelas do ato “não é apenas plausível, é convincente”, opina Robert Williams, do Instituto Científico Telescópio Espacial, de Baltimore, Estados Unidos, que não esteve envolvido no estudo. Os resultados, que será publicado na próxima edição da revista internacional “Astronomia e Astrofísica”, complementa informações a trabalhos anteriores que tentam compreender a natureza do par de estrelas, conhecidas como V1309 Scorpii.

V1309 Scorpii foi descoberta em 2008, quando entrou em erupção com um clarão brilhante. A partir daquele momento, os astrônomos propuseram várias explicações para a explosão, porém, sem chegar a um consenso.

A mais recente descoberta veio após um golpe de sorte: Tylenda percebeu que o telescópio do Experimento de Lentes Ópticas Gravitacionais da Universidade de Varsóvia – um projeto que busca encontrar matéria escura desde meados dos anos 1990 – apontava para a região da V1309 Sco no céu por anos. Depois de mais de 2 mil observações feitas entre os anos de 2002 e 2010, ele e seus colegas descobriram variações de luz que sugerem que a V1309 Sco foi originalmente uma estrela binária de contato, um par de estrelas que circulam e se tocam a cada 1,4 dias. Com o tempo, essa variação periódica foi ficando cada vez menor à medida em que as camadas das estrelas foram se unindo e criaram um casulo abrangendo ambas as órbitas das estrelas.

Nesse ponto, o objeto ficou cada vez mais brilhante. A intensidade de sua luz dobrava a cada 19 dias até o final de agosto de 2008, quando atingiu seu ápice luminoso por 10 dias. A explosão final da V1309 Sco ocorreu naquele mês, quando os núcleos das estrelas finalmente foram mesclados e a energia combinada irrompeu para fora. Tornou-se 10 mil vezes mais brilhante que sua luminosidade original e mais de 30 mil vezes mais brilhante que o sol e então rapidamente perdeu o brilho e, ao longo, de alguns meses voltou à sua luminosidade original.

A melhor explicação para essas variações é a fusão de um sistema binário de contato, segundo Tylenda e seus colegas.

Enquanto o objeto resultante deve ser uma estrela – embora com uma estrutura interna estranha e com uma rápida rotação -, o material expelildo durante a fusão dos corpos celestes bloqueia quase por completo a visão da V1309 Scopii. Por isso, os astrônomos ainda não podem ver como a nova estrela se parece. Os astrônomos já solicitaram mais tempo no telescópio espacial Hubble para observar o objeto, conta Williams. “Entretanto, pode levar anos até que o disco de material diverso se dissipe”, nota Stefan Kimeswenger, cientista da Universidade de Innsbruck, Áustria.

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Juventude de Luanda decidida em sair à rua para exigir liberdade de expressão


Lisboa - De acordo com um anuncio que corre nos correios eletrônicos, um grupo de jovens em Luanda escreveu uma carta ao governador de Luanda, José Maria Santos informando que vão concentrar-se as 13h do dia 2 de Abril no largo da Independência para uma manifestação pacifica destinada a exigir a liberdade de expressão em Angola.

Fonte: Club-k.net

Sábado, 2 de Abril de 2011

“Esta manifestação é pacífica e apartidária e está de acordo com a lei, já que foi devidamente comunicada ao Governo Provincial de Luanda no dia 24 de Março, como pode ser visto no documento abaixo. De acordo com a lei 16/91, o GPL teria 24 horas para proibí-la mediante uma justificação por escrito, caso contrário está automaticamente legalizada.” Dizem os promotores da iniciativa numa manifesto cujo teor se segue na integra.

“Somos conscientes de que o clima de medo e desconfiança que se vive em Angola não é propício à adesão das pessoas a qualquer tipo de "convocatória" género. Mas sabemos também que essa é mais uma das razões que justifica esta acção. Num contexto de permanente desconfiança política não há condições para que se desenvolva uma democracia.”

“É tempo de restabelecermos a confiança nos angolanos e que a participação política saia do âmbito partidário, que é um âmbito estagnado e viciado. Tenhamos em conta que há espaço para todo o tipo de opinião na arena do debate livre. Falamos de debate de idéias, de troca de argumentos não em prol de interesses pessoais mas sim em prol de Angola. Não estamos a falar nem de acusações gratuitas nem de uma postura de crítica destrutiva e vazia de argumentos válidos.”

“Interessa-nos relançar o debater e pensar Angola. Queremos que todos os angolanos possam manifestar livremente a sua opinião sobre o país, quer estejam de acordo com as políticas do regime, quer estejam descontentes e discordem dessas políticas.”

“Acreditamos a democracia como sistema político mais justo e que Angola reúne todas as condições para construir uma democracia exemplar em África, devolvendo a soberania ao povo.”

“Deverá ser do interesse de todos os agentes políticos do país, organizações políticas, governo, assembléia da república, presidente da república, meios de comunicação social e principalmente da sociedade civil em geral, defender esta acção pela LIBERDADE DE EXPRESSÃO EM ANGOLA.”

“SÁBADO, DIA 2 DE ABRIL, ÀS 13:00 NO LARGO DA INDEPENDÊNCIA EM LUANDA”

sexta-feira, 25 de março de 2011

O Despertar dos Mágicos (35). De Aristarco de Samos aos astrônomos de 1900, a humanidade levou vinte e dois séculos para calcular


Estou a ver. . . - disse lentamente Jorge -mas eu já vi tanta coisa! Quando era garoto, na Luisiana, apareceu um pregador que anunciou o fim do Mundo para o próximo domingo. Houve centenas de tipos que o acreditaram. Alguns chegaram a vender as suas casas. Mas ninguém se enfureceu no domingo a seguir. As pessoas pensaram que ele apenas errara um pouco os cálculos, e muitas delas ainda o acreditam.

Louis Pauwels e Jacques Bergier. DIFEL

Caso não te tenhas apercebido disso, faço-te notar que não estamos na Luisiana. Estamos os dois sozinhos, no meio de centenas de monges. Eu adoro-os, mas preferia estar longe quando o velho lama se aperceber de que a operação falhou.
Há uma solução. Uma pequenina sabotagem inofensiva. O avião chega dentro de uma semana e a máquina acaba o trabalho dentro de quatro dias, à razão de 24 horas por dia. Basta-nos começar a reparar qualquer coisa durante dois ou três dias. Se calcularmos bem, podemos estar lá em baixo, no aeroporto, quando o último nome sair da máquina.
Sete dias mais tarde, enquanto os pequenos pôneis das montanhas desciam o caminho em espiral, Hanley disse:
Sinto um pouco de remorsos. Não fujo por medo, mas porque me faz pena. Não gostaria de ver a cara daqueles pobres homens quando a máquina parar.
Na minha opinião - disse Chuk -, eles desconfiaram que fugimos, o que os deixou indiferentes. Agora já sabem até que ponto a máquina é automática, e que não precisa de vigilância. E supõem que não haverá nenhum depois.

Jorge voltou-se para trás e olhou.
Os edifícios do mosteiro apareciam em silhueta escura sobre o poente. De vez em quando brilhavam pequeninas luzes sob a massa sombria das muralhas, como as vigias de um navio singrando no mar. Lâmpadas elétricas colocadas sobre o circuito da máquina n.o 5.
Que aconteceria ao computador elétrico? - pensou Jorge.

- Na sua fúria e desapontamento iriam os monges destruí-lo? Ou então recomeçariam tudo?

Como se ainda lá estivesse, via o que naquele momento se passava sobre a montanha atrás das muralhas. O grande lama e os seus assistentes examinavam as folhas, enquanto alguns noviços recortavam os nomes barrocos e os colavam no enorme caderno. E tudo aquilo era feito em religioso silêncio. Só se ouviam as teclas da máquina, batendo no papel como se fosse chuva miúda. O próprio computador, que combinava milhares de letras por segundo, estava completamente silencioso... A voz de Chuk interrompeu o seu devaneio:

- Lá está ele! Que grande alegria que dá!

Semelhante a uma minúscula cruz prateada, o velho avião de transportes D.C. 3 acabava de pousar lá em baixo no pequeno aeródromo improvisado. Aquela visão dava vontade de beber um grande copo de uísque gelado. Chuk começou a cantar, mas depressa se calou. As montanhas não o encorajavam. Jorge consultou o relógio.

- Estaremos lá dentro de uma hora - disse. E acrescentou:
- Pensas que o cálculo já terminou?
Chuk não respondeu e Jorge levantou a cabeça. Viu o rosto de Chuk muito branco, voltado para o céu.
- Olha - murmurou Chuk.
Jorge, por sua vez, levantou os olhos.
Pela última vez, por cima deles, na paz das alturas, uma a uma as estrelas começavam a extinguir-se. . .
Onde os autores, que não são nem muito crédulos, nem muito incrédulos, se interrogam a respeito da Grande Pirâmide. - E se existissem outras técnicas? - O exemplo hitleriano. - O império de Almançor. - Muitos fins do Mundo. -A impossível ilha de Páscoa. - A lenda do Homem Branco. - As civilizações da América. - O mistério Maia. - Da ponte de luz, à estranha planície de Nazca. - Onde os autores não passam de pobres quebradores de pedras.
De Aristarco de Samos aos astrônomos de 1900, a humanidade levou vinte e dois séculos para calcular com uma aproximação satisfatória a distância da Terra ao Sol: 149400000 quilômetros. Teria bastado multiplicar por um bilhão a altura da pirâmide de Kéops, construída 2900 anos antes de Jesus Cristo.
Hoje sabemos que os Faraós depositaram nas pirâmides os resultados de uma ciência da qual ignoramos a origem e os métodos. Ali se volta a encontrar o número n, o cálculo exato da duração de um ano solar, do raio e do peso da Terra, a lei de precessão dos equinócios, o valor do grau de longitude, a direção real do Norte, e talvez muitos outros dados ainda por decifrar. De onde vêm estas informações? Como foram obtidas? Ou transmitidas? E, nesse caso, por quem?
Para o padre Moreux, Deus deu aos homens antigos conhecimentos científicos. Eis-nos em plena imaginação. Escuta, ó meu filho: o número 3, 14116 permitir-te-á calcular a superfície de um círculo! Para Piazzi Smyth, Deus ditou estas informações a Egípcios demasiado ímpios e ignorantes para poderem compreender aquilo que inscreviam na pedra. E por que motivo Deus, que tudo sabe, se teria tão estrondosamente enganado sobre a qualidade dos seus alunos? Para os egiptólogos positivistas, as mensurações efetuadas em Gizé foram falseadas por investigadores iludidos pela sua ânsia de maravilhoso: nenhuma ciência está inscrita. Mas a discussão vacila entre as decimais, e nem por isso a construção das pirâmides deixa de ser o testemunho de uma técnica que para nós continua a ser totalmente incompreensível. Gizé é uma montanha artificial de 6 500 000 toneladas.
Tem blocos de doze toneladas ajustados com uma precisão de meio milímetro. A idéia mais banal é a que geralmente se admite: o Faraó disporia de uma mão-de-obra colossal. Restava explicar como foi resolvido o problema do atravancamento dessas imensas multidões. E os motivos de um tão louco empreendimento. E a maneira como foram os blocos extraídos das pedreiras. A egiptologia clássica não admite como técnica senão o emprego de cunhas de madeira molhada introduzidas nas fendas da rocha. Os construtores só deviam dispor de martelos de pedra, e de serras de cobre, metal mole.
Eis o que adensa o mistério. De que forma foram içadas e unidas pedras cortadas com dez mil quilos e mais de peso? No século XIX tivemos a maior dificuldade em transportar dois obeliscos que os Faraós transportavam às dúzias. De que forma é que os Egípcios se iluminavam dentro das pirâmides? Até 1890 só conhecemos as candeias com chama que se alonga e enegrece o teto. Ora não se vislumbra nas paredes o menor vestígio de fumo. Captariam a luz solar fazendo-a penetrar por meio de um sistema óptico? Não foi encontrado o mais pequeno fragmento de lente.
Não se encontrou nenhum instrumento de cálculo científico, nenhum vestígio como testemunho de uma grande tecnologia.
Das duas uma: ou temos de admitir a tese místico-primária: Deus dita informações astronômicas a obreiros obtusos mas aplicados e dá-lhes uma ajuda. Então há informações inscritas nas pirâmides. Os positivistas, à falta de argumentos, declaram que se trata de uma coincidência. Quando as coincidências são tão claramente exageradas, como diria Fort, como se lhes deve chamar? Ou temos de admitir que arquitetos e decoradores surrealistas, para satisfazerem a megalomania do seu rei, mandaram, segundo medidas que lhes passaram pela cabeça ao acaso da inspiração, extrair, transportar, decorar, erguer e ajustar perfeitamente os 2 600 000 blocos da grande pirâmide por empreiteiros que trabalhavam com pedaços de madeira e serras de cortar cartão atropelando-se uns aos outros.
As coisas datam de há cinco mil anos e nós ignoramos quase tudo. Mas o que sabemos é que as pesquisas foram feitas por pessoas para quem a civilização moderna é a única civilização técnica possível. Partindo deste critério, temos de imaginar que tiveram, ou o auxílio de Deus, ou um colossal e estranho trabalho de formigas. No entanto, é possível que um pensamento completamente diferente do nosso possa ter concebido técnicos tão aperfeiçoadas como as nossas, mas diferentes, instrumentos de medida e métodos de manipulação da matéria sem relação com os que nós conhecemos, e que não tenham deixado, a nossos olhos, nenhum vestígio aparente. Pode ser que uma ciência e uma tecnologia poderosas, que deram soluções diferentes das nossas aos problemas postos, tenham desaparecido totalmente com o mundo dos Faraós. É difícil acreditar que uma civilização possa morrer, extinguir-se. É ainda mais difícil acreditar que possa ter divergido da nossa a tal ponto que temos certa relutância em reconhecê-la como civilização. E no entanto!...
Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, a 8 de Maio de 1945, a Alemanha vencida começou imediatamente a ser percorrida por missões de investigação. Os relatórios dessas missões foram publicados. Só o catálogo contém 300 páginas. A Alemanha só se separou do resto do mundo a partir de 1933. Em doze anos, a evolução técnica do Reich tomou caminhos singularmente divergentes. Se os Alemães estavam em atraso no domínio da bomba atômica, puseram em estado de funcionar foguetões gigantescos sem equivalente na América ou na Rússia. Se ignoravam o radar, produziram detectores de raios infravermelhos, igualmente eficazes. Se não inventaram os silicones, desenvolveram uma química orgânica completamente nova.

Imagem: pirâmide de Qéops. delta.blogs.sapo.pt

Sinais de rádio de Saturno confundem cientistas


Saturno acabou de ficar ainda mais estranho. A sonda Cassini, da NASA, descobriu recentemente que os sinais de onda de rádio vindos do planeta são diferentes nos hemisférios norte e sul, uma divisão que pode afetar a forma como os cientistas medem o comprimento do dia do planeta.

E a confusão não para por aí. Segundo os astrônomos, as variações de sinal, que são controladas pela rotação de Saturno, também mudam drasticamente ao longo do tempo, aparentemente em sincronia com as estações do planeta.

Saturno emite ondas de rádio naturais, conhecidas como radiações quilométricas de Saturno (RQS). Embora essas ondas sejam inaudíveis aos ouvidos humanos, para a sonda Cassini elas soam como rajadas de uma sirene de ataque aéreo, e variam de acordo com cada rotação do planeta.

Os pesquisadores pensavam que compreendiam esses padrões de ondas de rádio do planeta, uma vez que em Júpiter eles eram tão simples. Com os novos dados, entretanto, os cientistas perceberam que as emissões de rádio de Saturno são muito diferentes.

Os cientistas converteram as diferentes emissões de ondas de rádio do planeta para a faixa de áudio humana.

Quando sondas da NASA visitaram Saturno no início de 1980, as emissões RQS do planeta indicavam que a duração de um dia em Saturno era de cerca de 10,66 horas. Depois, outra nave espacial descobriu que a explosão de rádio variava de segundos a minutos.

Agora, outras observações mostraram ainda que as emissões não são nem mesmo um solo, e sim um dueto. Porém, os dois “cantores” do planeta não estão em sincronia. As ondas de rádio provenientes de perto do pólo norte de Saturno tem um período de cerca de 10,6 horas, enquanto aquelas que vêm de torno do pólo sul se repetem a cada 10,8 horas.

E tem mais: esses números mudam novamente conforme estações. Em dezembro, um estudo utilizou dados da sonda Cassini para mostrar que o período do sul diminuiu de forma constante, e o do norte aumentou, com os dois finalmente convergindo em torno de 10,67 horas em março passado.

Isso aconteceu sete meses depois do equinócio de primavera de Saturno, em agosto de 2009, quando o sol brilhava diretamente sobre o equador do planeta. Desde então, o padrão tem sido contínuo, com o período das emissões RQS sul diminuindo e as do norte aumentando.

Depois de muita análise, os cientistas concluíram que as variações de emissão de rádio realmente diferem de um hemisfério para outro. E esse comportamento estranho muda dentro de um ano de equinócios.

Então, o que está acontecendo? Os cientistas não acreditam que as diferenças nos períodos de ondas de rádio têm a ver com os hemisférios estarem realmente girando em velocidades diferentes. Mais provavelmente, as mudanças são causadas por variações de ventos de alta altitude nos hemisférios norte e sul. O comportamento da magnetosfera de Saturno (a bolha magnética que circunda o planeta inteiro) também pode ter um impacto.

Em outro estudo, pesquisadores descobriram que as auroras norte e sul – espetáculos de luz causados pela interação do vento solar com o campo magnético de Saturno – vacilaram para frente e para trás em latitude em um padrão correspondente às variações RQS.

Ainda outra pesquisa mostrou que o campo magnético de Saturno acima dos dois pólos varia no tempo com as auroras e as emissões de ondas de rádio.

A chuva de elétrons na atmosfera, que produz as auroras, também produz as emissões de rádio e afeta o campo magnético do planeta. Assim, os cientistas pensam que todas essas variações vistas são relacionadas à influência do sol sobre o planeta. [LiveScience]

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Nova estimativa: nossa galáxia pode conter 2 bilhões de planetas com vida alienígenA


Ultimamente, os cientistas andaram fazendo cálculos e tentando encontrar probabilidades e porcentagens para a vida alienígena no universo.

Agora, esse número acaba de aumentar: um novo estudo mostra que aproximadamente uma em cada 37 ou uma em cada 70 estrelas como o sol podem abrigar vida extraterrestre. Os dados sugerem que bilhões de planetas como a Terra podem existir na nossa galáxia.

Os novos cálculos são baseados em informações do telescópio espacial Kepler, que em fevereiro surpreendeu o mundo ao revelar mais de 1.200 possíveis mundos alienígenas, incluindo 68 planetas do tamanho da Terra.

O telescópio chegou a essas conclusões observando o escurecimento que ocorre quando um planeta transita ou passa diante de uma estrela.

Em seguida, os pesquisadores da NASA filtraram esses dados, e focaram nos planetas do mesmo tamanho que a Terra em zonas de habitabilidade de suas estrelas, isto é, dentro de órbitas onde a água líquida pode existir na superfície desses mundos.

Depois de analisarem quatro meses de dados, os cientistas determinaram que 1,4 a 2,7% de todas as estrelas parecidas com o sol devem ter planetas semelhantes à Terra (entre 0,8 e 2 vezes o diâmetro da Terra, e dentro da zona de habitabilidade de suas estrelas).

Isso significa dois bilhões de análogos da Terra na nossa galáxia. E isso só na nossa galáxia: há 50 bilhões de outras galáxias. Por isso, os cientistas acreditam numa boa chance de encontrar vida, talvez até mesmo vida inteligente, lá fora.

No futuro próximo, os cientistas prevêem que um total de 12 mundos semelhantes à Terra poderão ser encontrados. Quatro deles já foram vistos nos quatro meses de dados divulgados até agora.

Quando se trata das 100 estrelas parecidas com o sol mais próximas do nosso planeta, algumas dentro de um ano-luz de distância, os resultados sugerem que apenas cerca de 2 mundos semelhantes à Terra podem ser encontrados.

E tais números podem subir. As estrelas anãs vermelhas também podem hospedar planetas semelhantes à Terra, e essas estrelas são muito mais comuns do que as estrelas parecidas com o sol. Porém, é muito mais difícil detectar um planeta do tamanho da Terra em trânsito na frente de uma anã vermelha, então os cientistas estão tentando identificar os planetas em volta dessas estrelas pela força gravitacional que eles exercem uns sobre os outros.[LiveScience]

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Mistério: os oceanos estão perdendo nitrogênio e ninguém sabe por que


Qualquer um que prestou bastante atenção nas aulas de biologia lembra que o nitrogênio é um dos elementos essenciais para a existência da vida. Mas, ultimamente, muito nitrogênio está deixando os oceanos e pouco está entrando, deixando cientistas confusos.

A pesquisadora Alyson Santoro está, atualmente, viajando pela costa do Chile e tentando entender esse fenômeno. Segundo ela, as pesquisas mostram que os oceanos perdem um bilhão de quilos de nitrogênio todos os anos. E isso não quer dizer necessariamente que o nitrogênio está sendo perdido, mas que nós não entendemos de onde o nitrogênio vem e para onde ele vai.

Santoro, e mais uma equipe de especialistas, ficará 35 dias a bordo de uma embarcação, analisando amostras de micróbios oceânicos de diferentes lugares para descobrir o que está havendo. Como os micróbios puxam nitrogênio da atmosfera, uma análise deles deve revelar o que está acontecendo.[Gizmodo]

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Extremófilos: 8 formas de vida bizarras





Existem criaturas que não apenas revelam uma resistência incrível na Terra, mas também demonstram possibilidades de vida em outros lugares do universo. Desde bactérias que podem sobreviver dentro de rochas a micróbios super resistentes ao calor, frio e radiação, a vida pode ter formas extremas. Confira:
1) SEM NADA PARA BEBER
Alguns organismos, como as algas Dunaliella algae descobertas em 2010 numa caverna no deserto chileno de Atacama, podem prosperar mesmo em pouca água. Além de viver nos locais mais secos da Terra, estes micróbios podem crescer em cima de teias de aranha para aproveitar o “orvalho”, a quantidade mínima de umidade relativa do ar que se condensa nas teias de aranha de manhã.
2) MAIS QUENTE QUE O INFERNO
Criaturas chamadas hipertermófilas são espécies que vivem em ambientes extremamente quentes. O gênero Aquifex de bactérias, por exemplo, já foi encontrado vivendo em fontes termais no Yellowstone National Park, EUA, onde as temperaturas podem chegar a 96 graus Celsius. Gostaria de tentar?
3) ENERGIA ZERO
Uma espécie extremófila, o micróbio Thermococcus, consegue sobreviver com tão pouca energia que até agora os cientistas acreditavam que a reação química que ele utiliza não era capaz de sustentar a vida. Esses organismos foram encontrados vivendo no fundo do mar, em fontes hidrotermais, onde a água super quente escoa da crosta terrestre perto de Papua Nova Guiné. Além da utilização racional de energia, os micróbios podem sobreviver em temperaturas extremas, escaldantes para a maioria das outras criaturas vivas.
4) COM GOSTO SALGADO
A maioria das criaturas não pode suportar altos teores de sódio. Porém, microrganismos “halofílicos”, tolerantes ao sal, podem suportar concentrações de sal que secariam qualquer vida. Um exemplo é a bactéria Halobacterium halobium, que evoluiu para viver em ambientes com 10 vezes mais sal do que a água do mar, como o fundo do lago Owens, na Califórnia.
5) A ERA DO GELO
Alguns micróbios, chamado psicrófilos, são geralmente encontrados no gelo polar, em geleiras e nas águas de oceanos profundos. Isso porque podem suportar temperaturas tão baixas quanto 15 graus Celsius negativos. Tais criaturas consistem principalmente de bactérias, fungos e algas, e contém enzimas que são adaptadas para funcionar a baixas temperaturas. São descobertos com mais frequência nos oceanos congelados do Ártico e da Antártica, e debaixo de camadas de gelo na Sibéria.
6) À PROVA DE RADIAÇÃO
O Guinness Book, livro dos recordes, lista a bactéria Deinococcus radiodurans como a bactéria mais resistente do mundo. Sabe por quê? Ela suporta quantidades de radiação intensas. Intensas mesmo. Por exemplo, 10 Grays (10 Gy) de radiação matariam um ser humano. A famosa barata também só aguenta 1.000 Gy. Mas a D. radiodurans consegue sobreviver a uma dose de radiação 15.000 Gy. Esta espécie, na verdade, é exemplar em muitos aspectos, englobando também a capacidade de sobreviver ao frio, à desidratação, ao vácuo e ao ácido.
7) ENTRE PEDRAS OU TERRA
Organismos endolíticos são espécies que vivem dentro de rochas ou outros pontos “improváveis” à vida, como nas fendas ou poros entre os grãos de minerais. Estas espécies já foram encontradas mais de 3 km abaixo da superfície da Terra, e podem viver ainda mais abaixo. A água é escassa a estas profundidades, mas alguns estudos sugerem que os organismos se alimentam de ferro, potássio ou enxofre à sua volta. Embora essa escolha de residência apresente algumas limitações, também oferece proteção contra ventos severos e radiação do sol.
8 ) COMO RESPIRAR SEM OXIGÊNIO?
Uma criatura recém-descoberta, um animal loricífero identificado como uma espécie não descrita do gênero Spinoloricus, tem organelas especializadas para que possa sobreviver sem oxigênio. São organismos minúsculos (tem menos de 0,5mm de comprimento). [LiveScience].
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quinta-feira, 24 de março de 2011

O Despertar dos Mágicos (34). Catálogo da Companhia dos Contadores Eletrônicos na algibeira


- Com certeza. O computador eletrônico tipo 5 pode fazer, segundo diz o catálogo, todas as operações matemáticas até 10 decimais. No entanto, o que me interessa são letras, não números. Pedir-lhe-ei portanto que modifique o circuito de saída de forma que imprima letras em vez de colunas de números.

Louis Pauwels e Jacques Bergier. DIFEL

- Não compreendo muito bem. . .
-Desde que a nossa instituição foi fundada, há mais de três séculos, que nos consagramos a um determinado trabalho. É um trabalho que pode parecer-lhe estranho e peço-lhe que me escute com a maior largueza de espírito.
De acordo.
É simples. Tentamos organizar a lista de todos os nomes possíveis de Deus.
Perdão?

O lama continuou imperturbavelmente:
-Temos excelentes motivos para crer que todos esses nomes incluem quando muito nove letras do nosso alfabeto.
-E ocuparam-se disso durante três séculos?
- Sim. Tínhamos calculado que precisaríamos de quinze mil anos para terminar o trabalho.
O doutor deu um assobio de vencido, e disse um pouco atordoado:
- O.K., agora compreendo porque deseja alugar uma das nossas máquinas. Mas qual é o objetivo da operação?
Durante uma fração de segundo o lama hesitou e Wagner receou ter ofendido aquele estranho cliente que acabava de fazer a viagem Lassa-Nova Iorque com uma régua de calcular e o Catálogo da Companhia dos Contadores Eletrônicos na algibeira da sua túnica cor de açafrão.
-Chame a isto um ritual, se quiser - disse o lama -, mas é uma das bases fundamentais da nossa religião. Os nomes do Ser Supremo, como seja Deus, Júpiter, Jeová, Alá, etc., não passam de etiquetas feitas pelos homens. Certas considerações filosóficas, demasiado complexas para que as possa expor agora, deram-nos a certeza de que, entre todas as permutas e possíveis combinações das letras, se encontram os verdadeiros nomes de Deus. Ora o nosso objetivo é descobri-los e escrevê-los todos.
- Já compreendo: Começaram por A.A.A.A.A.A.A.A.A., e acabarão por chegar a Z.Z.Z.Z.Z.Z.Z.Z.Z.
Simplesmente utilizamos o nosso alfabeto. Evidentemente que lhe há-de ser fácil modificar a máquina de escrever elétrica, de forma que ela utilize o nosso alfabeto. Mas um problema mais importante será o de preparar os circuitos especiais de forma que eliminem antecipadamente as combinações inúteis. Por exemplo, nenhuma das letras deve aparecer mais de três vezes sucessivamente.
Três? Quer dizer duas.
Não. Três. Mas a explicação completa exigiria imenso tempo, mesmo se o senhor compreendesse a nossa língua. Wagner disse precipitadamente:
Claro, claro. Siga, por favor.
Ser-lhe-á fácil adaptar o computador automático em função deste objetivo. Com um plano bem elaborado, uma máquina desse gênero pode trocar as letras umas a seguir às outras e imprimir um resultado. Desta forma, concluiu calmamente o lama, aquilo que nos levaria ainda quinze milênios estará terminado em cem dias.

O doutor Wagner sentia que ia perdendo o sentido das realidades. Através das janelas do edifício, os ruídos e as luzes de Nova Iorque perdiam a intensidade. Sentia-se transportado a um mundo diferente. Lá longe, no seu longínquo asilo montanhoso, geração após geração, os monges tibetanos há trezentos anos que elaboravam a sua lista de nomes desprovidos de sentido... Não havia então limite para a loucura dos homens? Mas o doutor Wagner não devia deixar transparecer os seus pensamentos.
O cliente tem sempre razão...
E respondeu:

- Não duvido de que possamos modificar a máquina tipo 5, de forma a imprimir listas desse gênero. A instalação e a conservação é que mais me inquietam. Aliás, não será fácil enviá-la para o Tibet.
- Nós trataremos disso. As peças separadas têm dimensões suficientemente pequenas para serem transportadas por avião. De resto, foi esse o motivo por que escolhemos amáquina. Enviem as peças para a Índia, que nós nos encarregaremos do resto.

- Deseja contratar dois dos nossos engenheiros?
- Sim, para montarem e vigiarem a máquina durante cem dias.
- Vou mandar instruções à direção do pessoal - disse Wagner enquanto escrevia no bloco de notas. - Mas restam duas questões a resolver. .

Antes que tivesse podido terminar a frase, o lama tirou do bolso uma delgada folha de papel:
- Esta é a posição certificada da minha conta no Banco Asiático.
-Muito obrigado. Está muito bem... Mas, se me permite, a segunda questão é de tal maneira elementar que hesito em mencioná-la. Acontece muitas vezes esquecermos qualquer coisa evidente. . . Têm uma fonte de energia elétrica?
- Temos um gerador Diesel elétrico de 50 KW de potência 100 volts. Foi instalado há cinco anos e funciona bem. Facilita-nos a vida no convento. Compramo-lo sobretudo para acionar os moinhos de orações.
-Ah, sim, evidentemente, eu devia ter pensado nisso...
Do parapeito a vista era vertiginosa, mas habituamo-nos a tudo.
Tinham decorrido três meses e Jorge Hanley já não se impressionava com os seiscentos metros em vertical que separavam o mosteiro do quadriculado dos campos na planície.
Apoiado sobre pedras que o vento arredondara, o engenheiro contemplava com olhar triste as montanhas longínquas de que ignorava o nome. A operação nome de Deus, como a batizara um humorista da Companhia, era sem dúvida a pior tarefa de louco em que jamais participara.
Semana após semana, a máquina tipo 5, modificada, cobrira milhares de folhas de uma incrível algaravia. Paciente e inexorável, o computador reunira as letras do alfabeto tibetano em todas as combinações possíveis, esgotando série após série. Os monges recortavam certas palavras à saída da máquina de escrever elétrica e colavam-nas com devoção em enormes registros. Dentro de uma semana acabariam.
Hanley ignorava quais seriam os obscuros cálculos que os tinham feito chegar à conclusão de que não deviam estudar conjuntos de dez, vinte, cem, mil letras, e nem pretendia sabê-lo. Nos seus pesadelos sonhava por vezes que o grande lama decidira bruscamente complicar um pouco mais a operação e que o trabalho continuaria até ao ano 2060. Aliás, aquele estranho homenzinho parecia perfeitamente capaz de o fazer. A pesada porta de madeira soou. Chuk vinha ter com ele ao terraço. Chuk fumava, como de costume, um charuto: tornara-se popular entre os lamas distribuindo-lhes havanos. Aqueles tipos seriam completamente chalados - pensou Hanley -, mas não
eram puritanos. As freqüentes expedições à aldeia não tinham sido desprovidas de interesse. . .
Ouve, Jorge - disse Chuk -, vamos ter aborrecimentos.
A máquina escangalhou-se?

-Não.
Chuk sentou-se sobre o parapeito. Era espantoso, pois habitualmente receava ter vertigens:
Acabo de descobrir o objetivo da operação.
Mas já o sabíamos!
Sabíamos o que os monges queriam fazer, mas não sabíamos porquê.
Bah!, são uns loucos...
Escuta, Jorge, o velho acaba de me explicar. Eles crêem que assim que tenham escrito todos aqueles nomes (e segundo pensam são cerca de nove bilhões), o objetivo divino será atingido. A raça humana terá realizado a tarefa para que foi criada.
Então e depois? Esperam que nos suicidemos?

-Inútil. Quando a lista estiver terminada, Deus intervirá e será o fim.
Quando terminarmos, será então o fim do Mundo? Chuk teve um risinho nervoso:
Foi o que eu disse ao velho. Ele olhou-me de uma forma estranha, como um professor olha para um aluno particularmente estúpido, e disse-me: Oh, não será assim tão insignificante!... Jorge refletiu um instante.
É um tipo que visivelmente tem idéias largas, mas, mesmo assim, que importância tem isso? Nós já sabíamos que eram uns loucos.
Sim. Mas não vês o que pode acontecer? Se a lista fica pronta e se as trombetas do anjo Gabriel, versão tibetana, não tocam, eles podem decidir que é por nossa culpa. No fim de contas, era a nossa máquina que eles utilizavam. Não gosto disto. . .

Imagem: oquedernagana.blogspot.com

A Ilha do Gato


A Ilha do Gato, também conhecida como Tashirojima, é um lugar do Japão onde os gatos são os melhores amigos do homem, e não os cães. Os moradores da ilha acreditam que eles trazem sorte e proteção e, como o local não foi completamente devastado pelo recente terremoto, mais pessoas passaram a concordar com a lenda.

Os gatos foram trazidos para a Ilha há muito tempo atrás para caçar os ratos que estavam acabando com a produção de seda do local, exterminando os bichos-da-seda. Os felinos cumpriram sua missão, se multiplicaram e se alojaram perto das casas dos pescadores para aproveitar as sobras. Após um tempo, as pessoas se afeiçoaram tanto pelos bichos que passaram a estudar seu comportamento para previsão do tempo e das condições de pesca. Eles até construíram um santuário para os gatos no meio da ilha, que acabou se transformando em atração turística.

Na Ilha, os gatos são mais numerosos que os humanos, há milhares deles. Desde 1950 a população foi caindo e, hoje em dia, o lugar tem cerca de 100 moradores permanentes. Já os gatos dominam o ambiente e são protegidos pelos locais, que não deixam nenhum animal predador entrar. A maioria dos gatos é “vira-lata”, mas, ainda assim, os homens e mulheres veneram os bichanos por sua beleza, sorte e capacidade de caçar os ratos.

Mesmo com tanta crença de boa fortuna, os moradores da Ilha (humanos e felinos) estão precisando de mantimentos. Os barcos não conseguem chegar até lá por causa da quantidade de escombros na água. As equipes de ajuda têm tentado abastecer a ilha usando um helicóptero.

[OddityCentral]

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Raros terremotos “lentos” podem causar tsunamis ainda mais mortais


O terremoto que causou o tsunami devastador no Japão foi o quarto maior da história, de 9,0 graus de magnitude. Mesmo Tóquio, a cerca de 370 quilômetros da zona de ruptura, teve prédios que balançaram como pequenas árvores no vento. Os mais próximos ao evento nem sequer tiveram tempo de fugir da água.

No entanto, nem todos os tsunamis nascem de repente, de terremotos violentos. De fato, alguns sismos de magnitude relativamente baixa são capazes de causar enormes e mortais tsunamis.

Essa classe especial de tremores de terra, capazes de causar essas ondas, rompe mais “lentamente”, apesar da sua menor magnitude, do que os terremotos regulares.

Para entender o que a velocidade de um terremoto significa, é importante compreender que os terremotos acontecem em linhas, com um ponto de partida e um ponto final. O epicentro é justamente onde começa a ruptura.

Terremotos rompem geralmente a cerca de 3 km por segundo, cerca de 10 vezes a velocidade do som. Em contrapartida, esses terremotos “lentos” rompem entre 1 a 1,5 km por segundo, um terço à metade da velocidade.

Em terremotos lentos, o movimento pode viajar poucos ou centenas de quilômetros, assim como um terremoto normal, mas sua velocidade ao longo da linha de falha é menor. Esses terremotos são muito problemáticos, porque as pessoas não os sentem muito fortemente para que se preparem para o tsunami.

Nos últimos 20 anos, um terço dos terremotos que geraram tsunamis que causaram baixas significativas foram estes terremotos lentos.

Esse tipo de tremor foi identificado no início de 1970. Em 1896, o terremoto de Sanriku, que ocorreu ao longo do mesmo cruzamento das placas continentais que rompeu no recente terremoto japonês, criou um tsunami surpreendente. Ondas de até 38 metros mataram cerca de 27.000 pessoas e feriram mais de 9.000.

Os dados revelaram que o terremoto teve magnitude de 7,2, um número surpreendentemente pequeno para tal tsunami. Em contraste, as maiores ondas do tsunami mais recente tinham, em média, cerca de 7 metros de altura, com uma testemunha relatando uma onda de 13 metros de altura.

Porque estes terremotos lentos criam tsunamis tão poderosos? Uma resposta está na onde exatamente o terremoto ocorre ao longo da zona de subducção. Ao longo de uma zona de subducção, geralmente as partes mais profundas escorregam muito rapidamente, e partes muito rasas deslizam de forma relativamente lenta. Então, esses terremotos lentos chacoalham uma área muito mais perto do fundo do mar do que os mais profundos e mais rápidos.

Especialistas estão desenvolvendo um novo programa que avalia a energia produzida em terremotos, e é muito bom em identificar os raros tremores “lentos”. O programa usa os mesmos dados sísmicos disponíveis para centros de modelagem de tsunami, mas com um olhar diferente. No futuro, pode ser incorporado em sistemas de alerta de tsunami em todo o mundo. [LiveScience]

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Foto espacial: a impressionante galáxia em espiral NGC 6384


Nosso universo é cheio de galáxias – mas avistá-las não é nada simples, já que os astrônomos precisam olhar além das estrelas da Via Láctea para vê-las.

Por exemplo, essa belíssima galáxia em espiral, a NGC 6384, está a 80 milhões de anos-luz de distância, na constelação Ophiucus. Ela tem 150 mil anos-luz de comprimento.

Mesmo assim, as estrelas mais próximas que você vê na imagem não são da galáxia retratada – elas simplesmente estão no caminho da foto, ainda dentro da nossa própria galáxia. [Nasa]

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