terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cientistas descobrem aglomerado de galáxias gigante que possui 800 trilhões de sóis


Astrônomos descobriram o maior aglomerado de galáxias já visto até hoje, a uma distância de 7 bilhões de anos-luz da Terra. Esse aglomerado, chamado de SPT-CL J0546-5345, suportaria cerca de 800 trilhões de sóis e centenas de galáxias.

Segundo os cientistas, aglomerados de galáxias como este podem ser usados para estudar como a matéria escura e a energia escura influenciaram o crescimento das estruturas cósmicas. Há muito tempo atrás, o universo era menor e mais compacto e a gravidade tinha maior influência.

Assim, era mais fácil para os aglomerados de galáxias crescerem, sobretudo em áreas em que eram mais densos do que os seus arredores. Conforme o universo se expandiu a um ritmo acelerado, devido à energia escura, cresceu mais difuso. A energia escura agora domina a força da gravidade e impede a formação de novos aglomerados de galáxias.

O aglomerado descoberto está entre os aglomerados mais maciços encontrados a esta distância. Localizado no sul da constelação de Pictor (O pintor), a distância de cerca de 7 bilhões de anos-luz significa que os seres humanos podem ver o aglomerado da forma como ele se parecia 7 bilhões de anos atrás, quando o universo tinha metade da idade que tem agora, e o nosso sistema solar ainda não existia.

Mesmo nessa idade, esse aglomerado era tão grande quanto o aglomerado de Coma, nas proximidades. Desde então, ele deve ter crescido cerca de quatro vezes. Se pudéssemos vê-lo como ele se apresenta hoje, seria um dos aglomerados mais massivos do universo.

Segundo os cientistas, esse aglomerado está cheio de galáxias “velhas”, o que significa que nasceu cedo na história do universo, nos primeiros dois bilhões de anos.

O objetivo principal da pesquisa é encontrar uma grande amostra de aglomerados de galáxias maciças a fim de medir a equação de estado da energia escura, o que caracteriza a inflação cósmica e a expansão acelerada do universo.

Outros objetivos incluem compreender a evolução do gás quente dentro dos aglomerados de galáxias, estudar a evolução das galáxias massivas nos aglomerados, e identificar galáxias distantes formadoras de estrelas.

A equipe do estudo espera encontrar muitos outros aglomerados de galáxias gigantes distantes da Terra, assim que a varredura por telescópio for concluída. [ScienceDaily]

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