domingo, 1 de maio de 2011

O esqueleto no armário de um ativista


O que achar de um homem que se diz fundador do Dia da Terra – comemorado no último dia 22, guru do ativismo ambiental nas décadas de 1960 e 1970, defensor da paz, do meio ambiente e do amor livre e crítico ferrenho da violência e da guerra do Vietnã? Independente do que você pense das questões acima, jamais iria imaginar que, na verdade, o americano Ira Einhorn está cumprindo uma sentença de prisão perpétua por ter matado sua namorada em 1977, certo?

Enquanto ele aparecia diante de multidões e era conhecido entre grupos de ecologistas durante os anos 60 e 70, guardava também um segredo macabro em seu guarda-roupa. Ele era um líder popular e simpático, barbudo, estudante da Universidade da Pensilvânia, e que tinha o apelido de Unicórnio por causa de seu sobrenome alemão/judeu, que pode ser traduzido como “um chifre”.

Quando sua namorada Helen “Holly” Maddux, com quem ele estava há cinco anos, decidiu se mudar para Nova Iorque e terminar o relacionamento, Einhorn ameaçou jogar todos os pertences que ela deixou para trás na rua se ela não voltasse para buscá-los. Infelizmente, ela voltou.

No dia nove de setembro de 1977, Helen foi até o apartamento do ex para nunca mais ser vista. A polícia chegou a questionar o ativista pelo sumiço da moça, mas ele disse que ela saiu da casa dele para comprar tofu e brotos no supermercado e nunca mais voltou.

Só depois de 18 meses os investigadores entraram no apartamento de Einhorn com um mandato de busca por causa da denúncia do vizinho de baixo. Ele dizia que um líquido “vermelho, meio marrom” e que cheirava muito mal estava vazando do teto bem em baixo do quarto do ambientalista. Dentro de seu guarda-roupa, a polícia encontrou o corpo de Maddux com marcas de violência e parcialmente mumificado dentro de uma mala cheia cheia de isopor, jornais e purificadores de ar.

Depois de sua prisão, Einhorn conseguiu fugir e ficou uma década fugindo das autoridades e se escondendo em países como Suécia, França e no Reino Unido. Após 23 de fuga, ele foi extraditado aos EUA e julgado. Na tentativa de se defender, ele disse que a CIA era a verdadeira responsável pela morte de Helen e que o órgão tentou incriminá-lo, pois ele sabia das “pesquisas militares paranormais” da agência. Ele acabou condenado a passar o resto da vida na cadeia.

Apesar de Einhorn ter sido apenas o mestre de cerimônias da primeira comemoração do Dia da Terra ele afirmar que toda ideia foi dele. Atualmente, a criação deste dia é creditada ao ativista e ex-governador do Wisconsin, Gaylord Nelson, que morreu em 2005. De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), o senador Gaylord Nelson criou o Dia da Terra da primavera de 1970 como um meio de conscientizar as pessoas da necessidade de mecanismos regulação ambiental. Com o sucesso do evento, que atraiu cerca de 20 milhões de pessoas ao redor daquele país, o congresso dos EUA votou, em dezembro de 1970, pela criação da EPA. [LifesLittleMysteries]

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