La Dépêche du Midi
Os pais, que já foram presos, tinham Dylan como um preso. Nunca foi à escola, nem se lhe permitia sair à rua.
Rubén Amón, París
Actualizado sexta-feira 06/03/2009 13:21 horas
Os pais tinham Dylan como um preso. Não é o nome de um cão, é o de um menino de sete anos, francês, há sete anos enclausurado no cárcere domiciliar de Millau (sudeste de França). Nunca foi à escola, nem nunca se lhe permitiu sair. Tampouco tem bonecos. Unicamente um colchão e um urinol, como os presos de outras épocas.
A polícia prendeu os pais. Acusa-os de maus-tratos infantis, de abandono moral e material de um menor e de "desatenções", ainda que os agentes também suspeitam que possam existir abusos sexuais, mais além da evidente violência física.
O polícia competente, Patrick Desjardins, dizia esta manhã consternado e surpreso depois de visitar a casa de Dylan. "Era um cárcere, um quartito claustrofóbico e fedorento. Não podia abrir-se a janela de dentro nem entrava luz. O menino foi tremendamente maltratado", acrescenta Patrick Desjardins.
Os serviços sociais franceses aperceberam-se do 'caso Dylan', quando os pais do menino tiveram outro filho em 2007. Acudiram com assistência à família, ainda que foi graças ao testemunho de alguns vizinhos que acharam o esconderijo.
Dylan recebia frequentes castigos corporais "por seu mau comportamento", objectou o padre. Administrava-os na presença da mãe, por sua vez cúmplice e protagonista das vexações "insuportáveis", tal como dizia esta manhã Desjardins.
A avó de Dylan pediu "urgentemente" à justiça que encarcerem a sua filha e o seu genro. Também se ofereceu para custodiar, ainda que a decisão dependa da justiça francesa. De momento, as primeiras perícias confirmam que Dylan é um menino de inteligência normal. Outra questão é o dano psicológico que lhe causou o encarceramento, e a violência.
EL MUNDO
Traduzido do espanhol
Foto: Numa cama velha sobre um colchão empapado de urina, onde dormia o pequeno Dylan.
Os pais, que já foram presos, tinham Dylan como um preso. Nunca foi à escola, nem se lhe permitia sair à rua.
Rubén Amón, París
Actualizado sexta-feira 06/03/2009 13:21 horas
Os pais tinham Dylan como um preso. Não é o nome de um cão, é o de um menino de sete anos, francês, há sete anos enclausurado no cárcere domiciliar de Millau (sudeste de França). Nunca foi à escola, nem nunca se lhe permitiu sair. Tampouco tem bonecos. Unicamente um colchão e um urinol, como os presos de outras épocas.
A polícia prendeu os pais. Acusa-os de maus-tratos infantis, de abandono moral e material de um menor e de "desatenções", ainda que os agentes também suspeitam que possam existir abusos sexuais, mais além da evidente violência física.
O polícia competente, Patrick Desjardins, dizia esta manhã consternado e surpreso depois de visitar a casa de Dylan. "Era um cárcere, um quartito claustrofóbico e fedorento. Não podia abrir-se a janela de dentro nem entrava luz. O menino foi tremendamente maltratado", acrescenta Patrick Desjardins.
Os serviços sociais franceses aperceberam-se do 'caso Dylan', quando os pais do menino tiveram outro filho em 2007. Acudiram com assistência à família, ainda que foi graças ao testemunho de alguns vizinhos que acharam o esconderijo.
Dylan recebia frequentes castigos corporais "por seu mau comportamento", objectou o padre. Administrava-os na presença da mãe, por sua vez cúmplice e protagonista das vexações "insuportáveis", tal como dizia esta manhã Desjardins.
A avó de Dylan pediu "urgentemente" à justiça que encarcerem a sua filha e o seu genro. Também se ofereceu para custodiar, ainda que a decisão dependa da justiça francesa. De momento, as primeiras perícias confirmam que Dylan é um menino de inteligência normal. Outra questão é o dano psicológico que lhe causou o encarceramento, e a violência.
EL MUNDO
Traduzido do espanhol
Foto: Numa cama velha sobre um colchão empapado de urina, onde dormia o pequeno Dylan.
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