da Folha de S.Paulo, na ilha de Páscoa
A chegada dos primeiros colonizadores da Polinésia à ilha de Páscoa é contada na lenda do rei Hotu Matu, a qual faz referência a sete navegantes. Estes poderiam, segundo alguns arqueólogos, ter sido homenageados pelos sete moai de Ahu Akivi, os únicos na ilha que olham para o mar, justamente em direção à Polinésia. No final da lenda, há um detalhe sentimental que humaniza a narração e a faz mais verossimilhante.
Diz a tradição que na ilha de Hiva (hoje desconhecida) o rei presenciou um cataclismo. Viu que a terra havia se afundado no mar. Ao subir, o mar engoliu famílias inteiras, homens e mulheres, crianças e idosos. O rei resolveu então partir com todo seu grupo.
Antes de empreender o êxodo, porém, mandou na frente uma expedição de reconhecimento à terra de sua próxima residência.
Sete navegantes zarparam para o leste, na direção do sol, e chegaram a Rapa Nui. Procuraram uma parte plana para poder desembarcar. Na primeira baía não havia condição, porque era muito pequena. Após outras tentativas, finalmente descobriram uma baía adequada, da qual exploraram a ilha inteira e regressaram a Hiva.
O rei desembarcou na praia da baía de Anakena. Havia vários barcos, cada um transportava centenas de pessoas.
Todas desceram gritando e gesticulando e beijaram a terra. Meninos pisavam timidamente na areia, homens e mulheres iam e vinham para descarregar dos barcos os alimentos e seus pertences.
Finalmente o rei inspecionou a praia que seria sua nova residência. Logo mandou construir uma casa para ele e outra para sua mulher. As casas apontavam para o mar, agora em direção oeste, onde o sol se põe.
O arquiteto das casas, Nuku Kehu, por sua vez, se entristecia ao olhar para o sol que descia em direção à ilha de Hiva, pois sua mulher havia morrido lá .
Make Make
Outra lenda conta os atos de Make Make, o único deus de Rapa Nui. Ele estava sozinho e isso não era bom. Apanhou uma cuia cheia de água e olhou dentro dela. Observando o reflexo de seu semblante no líquido, disse: "Salve, jovem! Que bonito és, estás parecido comigo".
Make Make fez um orifício na cuia e tentou fecundar a água, mas abundaram somente peixinhos, chamados "parokos". O trabalho não resultou em nada. O deus pegou então uma pedra, fez um orifício nela e tentou fecundá-la. Tampouco resultou em algo.
Make Make voltou a trabalhar, amontoou terra, fez nela um orifício e a fecundou. O resultado, dessa vez, foi o homem.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u2267.shtml
foto: http://br.geocities.com/enigmasdahumanidade/os.htm
A chegada dos primeiros colonizadores da Polinésia à ilha de Páscoa é contada na lenda do rei Hotu Matu, a qual faz referência a sete navegantes. Estes poderiam, segundo alguns arqueólogos, ter sido homenageados pelos sete moai de Ahu Akivi, os únicos na ilha que olham para o mar, justamente em direção à Polinésia. No final da lenda, há um detalhe sentimental que humaniza a narração e a faz mais verossimilhante.
Diz a tradição que na ilha de Hiva (hoje desconhecida) o rei presenciou um cataclismo. Viu que a terra havia se afundado no mar. Ao subir, o mar engoliu famílias inteiras, homens e mulheres, crianças e idosos. O rei resolveu então partir com todo seu grupo.
Antes de empreender o êxodo, porém, mandou na frente uma expedição de reconhecimento à terra de sua próxima residência.
Sete navegantes zarparam para o leste, na direção do sol, e chegaram a Rapa Nui. Procuraram uma parte plana para poder desembarcar. Na primeira baía não havia condição, porque era muito pequena. Após outras tentativas, finalmente descobriram uma baía adequada, da qual exploraram a ilha inteira e regressaram a Hiva.
O rei desembarcou na praia da baía de Anakena. Havia vários barcos, cada um transportava centenas de pessoas.
Todas desceram gritando e gesticulando e beijaram a terra. Meninos pisavam timidamente na areia, homens e mulheres iam e vinham para descarregar dos barcos os alimentos e seus pertences.
Finalmente o rei inspecionou a praia que seria sua nova residência. Logo mandou construir uma casa para ele e outra para sua mulher. As casas apontavam para o mar, agora em direção oeste, onde o sol se põe.
O arquiteto das casas, Nuku Kehu, por sua vez, se entristecia ao olhar para o sol que descia em direção à ilha de Hiva, pois sua mulher havia morrido lá .
Make Make
Outra lenda conta os atos de Make Make, o único deus de Rapa Nui. Ele estava sozinho e isso não era bom. Apanhou uma cuia cheia de água e olhou dentro dela. Observando o reflexo de seu semblante no líquido, disse: "Salve, jovem! Que bonito és, estás parecido comigo".
Make Make fez um orifício na cuia e tentou fecundar a água, mas abundaram somente peixinhos, chamados "parokos". O trabalho não resultou em nada. O deus pegou então uma pedra, fez um orifício nela e tentou fecundá-la. Tampouco resultou em algo.
Make Make voltou a trabalhar, amontoou terra, fez nela um orifício e a fecundou. O resultado, dessa vez, foi o homem.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u2267.shtml
foto: http://br.geocities.com/enigmasdahumanidade/os.htm
Sem comentários:
Enviar um comentário