Cientistas criaram o maior mapa 3D do universo até
agora, contendo diversas galáxias e buracos negros gigantes, o que pode nos
ajudar a solucionar alguns dos mistérios do espaço.
Segundo David Schlegel, do Laboratório Nacional
Lawrence Berkeley, na Califórnia (EUA), esse tipo de “atlas” do universo deve
ajudar os cientistas a chegar ao fundo de questões intrigantes, como as
invisíveis e indetectáveis matéria e energia
escuras que parecem dominar todo o universo. Outro problema que pode ser
melhor compreendido é a atual aceleração
da expansão do universo.
O mapa
Os dados que compõe o mapa vêm do Sloan Digital Sky
Survey III (SDSS-III), criado para uso por astrônomos ao redor do mundo em seus
próprios estudos, incluindo medidas do SDSS-III Baryon Oscillation
Spectroscopic Survey (BOSS), que calcula as distâncias de galáxias que se
encontram até 6 bilhões de anos-luz de nós, e buracos negros até 12 bilhões de
anos-luz da Terra.
Lançado na quarta-feira, 8 de agosto, o mapa revela
a localização de mais de um milhão de galáxias (200 milhões de fotos) ao longo
de um volume total de 70 bilhões de anos-luz cúbicos. Um ano-luz é a distância
que a luz viaja em um ano, ou cerca de 10 trilhões de quilômetros.
“Nosso objetivo é criar um catálogo que será usado
por muito tempo”, disse Michael Blanton, da Universidade de Nova York (EUA).
A solução
espacial?
Os cientistas acreditam que o mapa pode ajudar no
estudo de mistérios astronômicos, como os fenômenos da matéria escura, da energia
escura e da expansão do universo.
“Queremos mapear o maior volume do universo, e usar
esse mapa para entender como a expansão do universo está se acelerando”, disse Daniel
Eisenstein, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (EUA), o diretor do
SDSS-III.
Pesquisadores acreditam que a prevalência de
energia escura no universo é a força que causa a
aceleração da expansão do espaço a um volume cada vez maior.
A todo o momento aparecem
estudos dizendo que estão mais
próximos de solucionar esses problemas espaciais. Mas a
solução, que é bom, está demorando um pouco. Quem sabe agora não seja
finalmente a hora. No mínimo, o novo mapa é muito bonito e serve para nos
mostrar o que realmente somos no universo: menos que poeira galáctica. [LiveScience]
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