sexta-feira, 29 de junho de 2012

Misteriosos “círculos de fada” são documentados na Namíbia


Esse mistério do sudeste africano não é como os círculos “alienígenas” que aparecem em campos de cultura e que geralmente foram feitos por humanos com a intenção de aprontar uma pegadinha.
Esse fenômeno das “culturas-círculos”, que surgiu na década de 1970, foi finalmente derrubado como hipótese sobrenatural quando em 1991 dois homens confessaram que haviam criado os padrões – apena alguns – como uma brincadeira.
Já os círculos que aparecem na Namíbia, e que ficaram conhecidos como “círculos de fada”, parecem ser ação da natureza, mas os cientistas ainda não conseguiram desvendá-los.
Eles são círculos que aparecem no deserto africano, em aéreas remotas, a cerca de 180 quilômetros do vilarejo mais próximo. Depois de alguns anos, eles simplesmente desaparecem.
O estudo
Em 2005, o biólogo Walter Tschinkel, da Universidade Estadual da Flórida (EUA), notou pela primeira vez as clareiras estranhas na Namíbia. Dezenas de milhares de círculos expunham o solo arenoso vermelho da área isolada (onde apenas avestruzes, leopardos e outros animais de grande porte vagueiam), com um anel grande de grama em volta.

Curioso, Tschinkel resolveu pesquisar porque isso acontecia. Para tanto, contou com a ajuda do pessoal da reserva natural NamibRand, imagens de satélite, dados de GPS e fotos aéreas.
Ele descobriu que os círculos são estáveis – surgem rapidamente, quase em seu tamanho total, crescem rapidamente ao seu tamanho total, permanecem assim por alguns anos e desaparecem tão rapidamente quanto surgem.
As imagens de satélite de 2004 e 2008 mostram que os menores têm cerca de 2 metros de diâmetro, enquanto os maiores podem chegar a quase 12 metros de diâmetro. Os pequenos duram em torno de 24 anos, e os maiores podem existir por 75 anos. A maioria dura entre 30 e 60 anos. No fim, plantas recolonizam os círculos e suas formas desaparecem.
Porque eles se formam?
“A questão do por que é muito difícil”, disse Walter Tschinkel. “Há uma série de hipóteses sobre a mesa, e as provas para nenhum delas é convincente”.
Anteriormente, Tschinkel achava que os círculos marcavam ninhos subterrâneos de cupins. Mas escavações não mostraram nenhuma evidência disso. Diferenças de nutrientes do solo ou morte de plantas por vapores tóxicos no solo são mais duas teorias que não possuem evidências.
Tschinkel determinou que os círculos se formam apenas em solo arenoso com pedregosidade mínima, e não aparecem em dunas ou leques aluviais, onde as areias são depositadas pela água. Isso não ajuda a explicar muita coisa.
Por enquanto, a principal suspeita é de que os círculos sejam produto de alguma forma natural de auto-organização das plantas. “Há alguns modelos matemáticos que são baseados na ideia de que as plantas podem retirar recursos à sua volta para utilizá-los. Isso tem um feedback positivo sobre o crescimento da planta onde elas estão localizadas, mas tem um efeito negativo sobre as plantas a uma distância maior”, conta o pesquisador.
Os modelos de computador baseados nesta matemática geram paisagens um pouco parecidas com os círculos de fadas da Namíbia. Ainda assim, não explica porque as plantas estão criando esse padrão, já que a ideia de que elas estão “absorvendo” nutrientes do solo foi descartada.
Infelizmente, os círculos devem continuar um mistério da paisagem africana por muito tempo: com o isolamento e a falta de financiamento para estudá-los, a ciência vai demorar para saber porque isso acontece.[LiveScience]

terça-feira, 26 de junho de 2012

Como estátuas gigantes teriam ‘andado’ até seus locais atuais [vídeo]


As civilizações antigas são envoltas em grande mistério para nós. Nem sempre conseguimos desvendar como eles viviam e criavam as coisas maravilhosas que hoje podemos apenas apreciar.
Entre alguns dos mistérios mais bem conhecidos, estão as pirâmides do Egito, que apesar de existirem várias teorias, ninguém sabe exatamente como foram construídas, e as cidades incas, bastante avançadas, que tem sistemas hidráulicos, por exemplo, com uma água corrente (até hoje) que ninguém sabe de onde vem.
A Ilha de Páscoa, que ganhou esse nome por ter sido “descoberta” no domingo de Páscoa, dia 5 de abril de 1722, pelo capitão holandês Jacob Roggeveen, fica no oceano Pacífico, a 3.500 quilômetros da costa do Chile – a ilha, com uma pequena população, é a mais remota do mundo. Antigamente, era conhecida como Te Pito o Te Henua, que significa “O Centro do Mundo”.
Reza a lenda que os primeiros habitantes da ilha construíram estátuas usando a rocha vulcânica do local. Como algumas têm quase 5 metros de altura e pesam cerca de 14 toneladas, muitas teorias – algumas malucas – surgiram para explicar como isso foi possível. Uma delas, inclusive, apesar de inacabada, tem 20 metros.
As estátuas são parecidas com algumas existentes na Polinésia, que fica “próxima” a ilha, mas evoluíram de forma exclusiva. O culto da estátua provavelmente simbolizava o domínio e poder masculino na estrutura social da população.
Pensa-se que os nativos acreditavam que essas estátuas eram habitadas por um espírito sagrado. Também se especula que representavam as diferentes tribos que viviam na ilha.
Sim, a Ilha de Páscoa, também conhecida como Rapa Nui, possui, de fato, muitos mistérios. Mas não é hora ainda de recorrer à teoria dos alienígenas que moveram as estátuas para as plataformas onde elas foram mais tarde encontradas.
Uma nova teoria, criada e testada por Terry Hunt e Carl Lipo da National Geographic, sugere que os habitantes da ilha podem simplesmente ter movido as estátuas gigantes para seus últimos locais de repouso.
E isso não exigiu nem mesmo troncos rolantes ou guindastes antigos. No vídeo acima, você vê uma demonstração da ideia de Hunt e Lipo feita com uma réplica um pouco menor que as estátuas reais (3 metros e 5 toneladas).
Três equipes estrategicamente coreografadas puxam, usando cordas, as estátuas Moia por toda a ilha. Sendo assim, fica provado que as estátuas poderiam simplesmente ter “andado” pela ilha, sendo arrastadas.
A teoria é bastante plausível porque, mesmo que as estátuas reais sejam maiores, já que a ilha possuía mão de obra para criá-las em primeiro lugar, certamente também tinham pessoas suficientes para arrastá-las. Claro, como muitas outras perguntas históricas, essa pode permanecer sem uma resposta definitiva para sempre. [Gizmodo, Moo, TudoSobreAssuntosPopulares, HistóriadoMundo, Folha]

Big Bang não precisou de Deus [estudo]


No eterno debate sobre a existência de Deus, há quem argumente que, sem um Criador, o próprio Big Bang não teria existido. Para o astrofísico Alex Filippenko, da Universidade da Califórnia (EUA), porém, não é bem por aí. “O Big Bang pode ter ocorrido simplesmente graças às leis da Física”, disse recentemente durante a SETICon 2 (sigla em inglês para “2ª Conferência da Busca de Inteligência Extraterrestre”).
No bizarro mundo da Física Quântica – que opera em escala sub-atômica –, matéria e energia aparecem e somem de repente, sem qualquer explicação. E isso, sugerem alguns pesquisadores, pode estar por trás da origem do universo.
“Se aqui nesta sala você ‘torcesse’ o tempo e o espaço da maneira certa, poderia muito bem criar um novo universo. Talvez não conseguisse entrar nele, mas iria criá-lo”, sugeriu o astrônomo Seth Shostak, do Instituto SETI, durante a conferência.
Antes que os ateus possam levantar e dizer “ahá!”, Filippenko ressaltou que há uma grande distância entre mostrar que Deus não foi necessário para o Big Bang e provar que ele não existe de fato. “Não acho que você possa usar a ciência para provar a existência ou não existência de Deus”, opinou.
Além disso, se o universo surgiu simplesmente a partir das Leis da Física, de onde surgiram as próprias Leis? Se Deus as criou, de onde Ele veio? E o debate continua…[Live Science]


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ouça a Música de Darwin: Computador cria música a partir de sons aleatórios


Pense em uma pintura que começou com algumas manchas de tinta e, espontaneamente, evoluiu até virar uma obra de arte. Troque as tintas por ruídos e você verá o que um grupo de pesquisadores da Imperial College London (Reino Unido) conseguiu criar: música evolutiva.
Eles desenvolveram um programa (batizado de DarwinTunes) capaz de gerar e combinar ruídos. No início, havia duas faixas com notas e barulhos aleatórios. O programa as combinou, gerou mais duas, que geraram outras…
Pouco tempo depois, eles compilaram centenas de faixas, que foram avaliadas por um grupo de voluntários. As mais apreciadas sobreviveram e as consideradas desagradáveis foram eliminadas. O programa combinou as faixas sobreviventes e, com o tempo, surgiram faixas cada vez mais agradáveis.
Lá pela 3.000ª geração, uma surpresa: “Começaram a surgir sons de bateria e baixo, espontaneamente. Não tínhamos incluído isso no algoritmo [a base do programa]“, disse o pesquisador Bob MacCallum à BBC. A explicação é que esses sons são apreciados por boa parte dos avaliadores, e o programa combinou ruídos para se aproximar do que eles consideravam bom.
“Nós acreditamos que a música evolui em um processo fundamentalmente Darwiniano”, contou o professor Armand Leroi, membro da equipe, em entrevista à BBC. Embora não tenha havido a intervenção de músicos ou compositores, vale lembrar não foi um processo livre da ação humana: o grupo de voluntários influenciou o processo. “Forças de mercado – a escolha dos consumidores – são uma força criativa mais importante do que se imagina”, apontou.
Considerando o que faz sucesso atualmente, há quem duvide da sanidade do grande público. Seja como for, a evolução continua.[Gizmodo] e [BBC]

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Cientistas preveem que o tempo irá parar completamente


Cazuza que nos perdoe, mas parece que a ideia de que “o tempo não para” pode estar com os dias contados. Segundo teoria desenvolvida por pesquisadores da Universidade do País Basco e da Universidade de Salamanca (Espanha), o tempo está gradualmente desacelerando e, algum dia, irá simplesmente parar.
Ao observar supernovas distantes (estrelas que “explodiram”), astrônomos perceberam que as partículas que elas emitem parecem se mover mais rápido do que as daquelas que estão mais próximas de nós. Alguns acreditam que esse fenômeno é explicado pela “energia escura” – uma espécie de força gravitacional.
Como alternativa, os pesquisadores Jose Senovilla, Marc Mars e Raul Vera propõem que, na verdade, o tempo está se desacelerando e, por isso, as tais partículas se movem mais rápido. Daqui a alguns bilhões de anos (ufa!), o tempo terá se desacelerado até parar. “Tudo estará congelado, como numa foto, para sempre”, disse o prof. Senovilla.
Alguns leigos dizem que o tempo realmente passa mais devagar: durante o expediente. Mas aí já é outra história. [Telegraph, Foto]