terça-feira, 12 de junho de 2012

Espécie ‘fantástica’ de macaco ganha aval científico


Metade dos pântanos sumiu, 40% das florestas foram destruídas e 30% dos manguezais desapareceram. A biodiversidade do planeta perdeu 12% de seus atores e, se continuarmos nesse passo, o mundo precisará de recursos equivalentes a três planetas Terra até 2050.
Foi com esses dados do Fundo para a Vida Selvagem (WWF, na sigla em inglês), das Nações Unidas e da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla inglesa) que se comemorou o Dia Internacional da Biodiversidade (22 de maio), data celebrada desde 1993.
A situação em que nos encontramos é pouco confortável, mas não é de todo negativa. Desde 2000, aproximadamente 36 novas espécies de mamíferos foram catalogadas. Entre esses novos integrantes, merece atenção um animal antes mítico que figurava entre outras criaturas lendárias, como o Pé Grande, o Chupa-cabra, entre outros.
Esse é o Rhinopithecus strykeri, uma nova espécie de macaco sem nariz – que espirra quando chove, característica que o torna um alvo bastante fácil para caçadores. O novo animal foi encontrado em Mianmar (antiga Birmânia).
Bastante diferente de outros macacos sem nariz
A bióloga Loren Coleman, diretora do Museu Internacional de Criptozoologia, em Portland, nos Estados Unidos, conta que os macacos sem nariz são relativamente comuns na Ásia, mas que a nova espécie não se parece em nada com as outras.
Caso nunca tenha ouvido falar dos macacos do gênero Rhinopithecus, saiba que eles não são tão raros assim, sendo encontrados em florestas da China, Vietnã e Mianmar.
O leitor pode se perguntar: a que se deve essa característica tão peculiar de não ter nariz? Nem os cientistas sabem ao certo, mas a primatóloga Nina Jablonski, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, sugere que o focinho achatado é uma mutação para combater o frio extremo, que poderia causar ulcerações a um nariz exposto.
O espécime recém-encontrado em Mianmar é o único macaco do gênero completamente preto, exceto por uma barbicha branca, como explica o especialista Frank Momberg, diretor do programa Fauna e Flora Internacional.
“Por meio de pesquisas, constatamos que o DNA dele difere significantemente dos outros macacos”, conta Momberg. Ele acredita que existam até 500 deles nas florestas daquele país do Sudeste Asiático.
Mas a espécie mal foi descoberta e já pode, em breve, ser classificada como ameaçada de extinção, já que nativos costumam se alimentar de suas carnes. Agora, pesquisadores vão se dedicar a compreender os hábitos desses macacos e a preservá-los.
Confira fotos de outros macacos sem nariz aqui.[MSNBC, NationalGeographic, HuffingtonPost, EcoDesenvolvimento, Foto]

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