sábado, 23 de maio de 2009

Bili Ape


materia do terra sobre criptozoologia

O mundo é dos monstros. Desde o início dos tempos um incontável número de criaturas anda pela Terra a amedrontar a humanidade - e aguçar sua curiosidade. Ainda não classificados pela ciência (muitos sequer documentados por caçadores de aventuras), esses estranhos e assustadores animais são chamados de criptídeos.

Apesar de a maioria ainda fazer parte do imaginário popular, não se pode duvidar completamente de sua inexistência. O ornitorrinco, o dragão de komodo e o gorila das montanhas (hoje devidamente catalogados) não passavam de lendas fantasiosas antes de serem encontrados.

Diversos cientistas, chamados de criptozoologistas, passam suas vidas pesquisando e procurando provas para que os mitos saiam dos livros de ficção e entrem de vez nas enciclopédias científicas. Antes de topar com um deles por aí (o que é bem provável que aconteca), navegue pelo especial e saiba um pouco mais sobre essas lendárias criaturas.

Porque o mundo, definitivamente, é dos monstros.
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Chupa-cabra

Descrição: pequena criatura que chupa o sangue de animais através de dois furos que faz no pescoço de suas vítimas.

Habitat natural: Américas

História: a lenda do chupa-cabra ganhou alcance mundial em 1992, quando jornais porto-riquenhos começaram a noticiar mortes misteriosas de diversos animais como cavalos, pássaros e cabras.

Antes disso, no entanto, diversas pessoas dizem ter visto o animal no condado de Calaveras, Estado Califórnia, nos Estados Unidos, e também durante uma festa de aniversário em Houston, Texas.

Em 2005, o milionário Isaac Espinoza gastou quase US$ 6 milhões tentando encontrar o animal. Espinoza passou oito meses com um time de pesquisadores e jornalistas vivendo em florestas da América do Sul. Durante sua expedição, o time se encontrou com uma criatura que os especialistas não conseguiram identificar.

Em julho de 2004, um fazendeiro do Estado do Texas matou uma criatura semelhante a um cachorro que estava acabando com seu gado. O animal ficou conhecido como a Criatura de Elmendorf. Mais dois bichos com feições caninas foram vistos na região, em outubro de 2004.

Dois anos depois um animal desconhecido foi encontrado por Michelle O'Donnel no Estado do Maine, EUA. Na região existe uma lenda de um monstro misterioso que mutila animais há décadas.

O que a ciência diz: os animais encontrados foram analisados e concluiu-se que são provavelmente uma cruza entre cães selvagens, coiotes ou lobos com algum tipo de mutação genética.
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Ropen

Descrição: réptil alado com uma crista na cabeça que apresenta hábitos noturnos. O Ropen possui uma espécie de luminescência, que dura alguns segundos e facilita sua visualização à noite, e é descrito como tendo de 5 a 20 metros de comprimento.

Habitat natural: ilha de Umboi, Papua Nova Guiné.

História: existe na ilha de Umboi uma lenda secular, contada por nativos, sobre um animal voador que brilha. Depois da Segunda Guerra Mundial, expedições de ocidentais começaram a penetrar nas profundezas das florestas da ilha atrás do animal.

Um dos primeiros testemunhos documentados é de 1944, do instrutor de vôo Duane Hodgkinson, que diz ter visto um pterodáctilo perto de Finschhafen. Gideon Koro, Wesley Koro e Mesa Agustin também dizem ter presenciado um ropen voando sobre o lago Pung, em 1994. Um casal australiano relata ter testemunhado uma criatura gigante com características de lagarto durante uma tarde, em 1997.

De 1994 até 2002 diversas expedições foram formadas para encontrar o animal. Em 2004, o videógrafo Jonathan Whitcomb fez uma extensa pesquisa e expedição, imensamente documentada em vídeo e no seu livro. Ele acredita que os relatos não são fruto da imaginação das pessoas. Os dados colhidos em entrevistas mostram que há uma semelhança incrível entre o ropen e o pterossauro Rhamphorhynchoid. Whitcomb diz que a luminescência natural do animal pode ajudá-lo a capturar peixes.

Até o final de 2007 ele pretende ter prova documentada em vídeo da existência do ropen.

O que a ciência diz: especialistas acreditam que o animal seja um pterossauro, oficialmente extinto há 65 mihlões de anos. Muitos acreditam que o ropen nada mais é que uma espécie de morcego ainda não descoberta.
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Unicórnio Gigante

Descrição: rinoceronte gigante com dois metros de altura, seis metros de comprimento e um chifre único em sua testa com dois metros de altura. O animal deve pesar em torno de cinco toneladas. As patas traseiras eram mais longas que as dianteiras, para facilitar os possíveis golpes.

Habitat natural: Europa oriental e Ásia, principalmente Ucrânia, Moldávia, China e sul da Rússia.


História: o unicórnio gigante é um animal que comprovadamente existiu. Seu nome científico é Elasmotherium sibiricum. Ele desapareceu há aproximadamente 1,6 milhões de anos.

Apesar de provavelmente ter sido extinto na pré-história, de acordo com a enciclopédia sueca Nordisk familjebok, publicada de 1876 a 1957, e com o cientista Willy Ley, o animal pode ter sobrevivido o suficiente para ser lembrado em mitos do povo russo como um touro com um único chifre na testa.

Ahmad ibn Fadlan, viajante muçulmano cujos escritos são considerados uma fonte confiável, diz ter passado por locais onde homens caçavam o animal. Fadlan, inclusive, afirma ter visto potes feitos com chifres do unicórnio.

Em 1663, perto de uma caverna na Alemanha, foi encontrado o esqueleto de um animal que, especulava-se, seria um unicórnio. A caveira estava intacta e com um chifre único no meio, preso com firmeza. Cerca de 100 anos depois, uma ossada semelhante foi encontrada perto da mesma caverna. Os dois esqueletos foram analisados por Gottfried Leibniz, sábio da época, que declarou que (a partir das evidências encontradas) passara a acreditar na existência de unicórnios.

Acredita-se que o Elasmotherium deu origem ao mito moderno do unicórnio, como descrito por testemunhas na China e Pérsia.

O que a ciência diz: o animal Elasmotherium sibiricum existiu e muito provavelmente está extinto. As ossadas encontradas na Alemanha eram possivelmente de mamute com outros animais, montados por humanos de forma equivocada.
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Bunyip
Descrição: existem muitas descrições conflitantes de como o bunyip se parece. Em geral, ele é descrito como um ser com nadadeiras, pêlos e uma longa cauda. Os bunyips são classificados, de acordo com relatos de testemunhos, em dois tipos: os com cara de cachorro e os com pescoço longo, mais raros que o primeiro.
Habitat natural: pântanos do continente australiano.
História: quando os primeiros colonizadores chegaram à Austrália, o bunyip já era uma lenda aborígene. Por causa da fauna diversa do continente - recheada de seres diferentes do resto do mundo - o Bunyip era considerado um animal prestes a ser descoberto, assim como o ornitorrinco.

Em 1846, uma crânio estranho foi encontrado às margens do rio Murrumbidgee e foi levado ao Museu Australiano, em Sydney. Um ano depois a caveira sumiu.
No ano de 1852, um bunyip com cara de cão teria sido visto no lago Tiberias, na Tasmânia. Foi descrito como tendo pouco mais de um metro de comprimento e com pêlos longos e negros. O zoológico de Melbourne criou uma expedição para capturar um bunyip, "visto" muitas vezes no distrito de Euroa, perto de Victoria, em 1890, sem sucesso.

O que a ciência diz:

Muitos acreditam que o bunyip possa ser um diprotodon, um marsupial do tamanho de um rinoceronte que viveu há cerca de 10 mil anos. O animal tinha cara semelhante a de um cachorro e pêlos longos, assim como o bunyip é descrito.

William Macleay, um dos mais renomados naturalistas da época na Austrália, examinou o crânio encontrado em 1846, comparando-o com outro que tinha apenas um olho no centro da testa, também de um suposto bunyip. Ele concluiu que não eram espécies novas, mas apenas aberrações da natureza.

Nos últimos anos não se tem mais relatos de bunyips.
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Primata de Bili
Descrição: primata gigante com características comuns aos gorilas e aos chimpanzés.

Habitat natural: florestas do Congo.

História: tudo começou em 1898 quando um oficial do exército belga voltou à Europa com crânios de gorila encontrados na vila de Bili, no Congo. Os gorilas mais próximos vivem a centenas de quilômetros de Bili. Depois dos crânios serem analisados por especialistas foi criada uma nova subespécie, chamada Gorilla gorilla uellensis.

Em 1996, o fotógrafo Karl Ammann, intrigado com a história, resolveu juntar um grupo de expedicionários para encontrar o primata. Ammann coletou muitas provas da existência do primata, como crânios e amostras de fezes e pegadas maiores que a de um gorila convencional. Foram encontrados na região ninhos semelhantes aos de gorila, só que no chão - chimpanzés normalmente fazem ninhos no topo de árvores.

O que a ciência diz: estima-se que o animal seja um chimpanzé com hábitos de gorila e o dobro do tamanho dos que conhecemos. Exames de DNA mitocondrial sugerem que a criatura seja um chimpanzé do oeste da África. Entretanto, as amostras não são conclusivas, já que não se tem dados sobre a linhagem do pai. Ainda hoje existem pesquisadores à procura do animal no Congo.
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Nessie (Monstro do Lago Ness)
Descrição: réptil aquático de grande porte, com pescoço longo e nadadeiras.

Habitat natural: lago Ness, na Escócia.

História: o primeiro relato que se tem do animal é do ano 565, feito por um homem que entrou no lago para resgatar seu barco que havia se soltado das amarras. O "monstro do lago" teria tentado devorar o homem enquanto ele nadava.

Estima-se que até hoje cerca de 11 mil pessoas já tenham relatado que viram Nessie, como a criatura foi apelidada. Talvez a pessoa que mais tenha visto o animal tenha sido Alex Campbell, que diz ter tido 18 encontros com o monstro na década de 1930.

Com a popularização da fotografia, em pouco tempo imagens de Nessie foram aparecendo. Peter A. MacNab tirou uma foto em 1951 que mostra duas corcovas na água em frente ao castelo Urquhart.

Entre as melhores fotografias já tiradas do animal estão as de Robert H. Rines, obtidas durante uma expedição em 1975. Duas fotografias mostram o que parecem ser uma nadadeira, com cerca de dois metros de comprimento, e a cabeça de Nessie. As fotos não foram reveladas até um mês depois da expedição, o que gera desconfianças quanto a sua autenticidade. Rines diz que estava tão desapontado (pois pensaram que sua câmera havia falhado) que haviam esquecido da reserva no laboratório.

O que a ciência diz: muitos acreditam que o animal seja um Pleiossauro que tenha se adaptado às condições de vida na Escócia. Em julho de 2003, a BBC conduziu um experimento com 600 sonares e varreu o lago Ness de cima a baixo sem encontrar evidências do animal.
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Sasquatch (Pé Grande)
Descrição: primata com pêlos longos, também conhecido como Pé Grande.

Habitat natural: florestas densas no noroeste dos Estados Unidos e oeste do Canadá.

História: o sasquatch, ou pé-grande, é conhecido por índios norte-americanos de diversas tribos distantes entre si. O animal é visto como um ser sobrenatural.

Em 1957, o lenhador aposentado Albert Ostman levou à imprensa uma história que teria acontecido em 1924, não revelada antes "por medo do ridículo". Ostman conta que enquanto acampava perto de Vancouver, no Canadá, foi abduzido por quatro pés-grandes durante o sono. O homem disse que a família(um macho, uma fêmea e dois filhotes) aparentemente conversava em uma língua "inteligente". Ostman diz ter ficado em poder dos sasquatch por seis dias até conseguir fugir.

O mais famoso relato de pé-grande foi feito por Roger Patterson, que teria filmado uma das criaturas no Estado de Washington, EUA, em 1967. Esta filmagem ficou famosa no mundo inteiro e intriga pesquisadores até hoje.

O que a ciência diz: diversas teorias confirmariam a existência do sasquatch. Entre as mais populares estão as hipóteses de que é uma espécie desconhecida de primata ou até mesmo a evolução do homem de Neanderthal.
http://criptoss.blogspot.com/2006/09/materia-do-terra-sobre-criptozoologia.html

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