Pesquisadores de duas universidades australianas
apresentaram à comunidade científica uma ideia que se opõe a tradicional teoria
do Big Bang, segundo a qual o universo teria surgido e se expandido a partir de
uma explosão. De acordo com esta ideia alternativa, a matéria cósmica seria
algo como um fluido em movimento, que se “cristalizou” para dar origem à
matéria como conhecemos hoje.
O princípio desta ideia é uma analogia ao modo como
o ser humano interpretou a água ao longo do tempo. Na Grécia Antiga, existia a
ideia de que o líquido pudesse ser uma substância una e contínua, embora já se
pensasse que talvez fosse formada por pequenas partículas. O futuro mostraria
que a segunda opção era a correta, e as tais partículas chamam-se átomos.
Segundo os cientistas australianos (da Universidade
de Melbourne e do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne), todo o universo
funcionaria sob um mecanismo semelhante ao da água. No início de tudo, havia
apenas incontáveis partículas indivisíveis, fluindo livremente pelo espaço.
Com o passar do tempo, tais partículas começaram a
aglutinar-se em vários pontos, dando origem aos primeiros corpos celestes
“sólidos”, por assim dizer. Usando a comparação com a água, seria como se a
matéria acabasse por “congelar” nestes pontos (embora a ideia não tenha a ver
com redução de temperatura, propriamente dita).
O nascimento do universo, portanto, seria nada mais
do que a totalidade de todos os “congelamentos” que ocorreram.
Gravitação
Quântica
Existem dezenas de proposições sobre como interagem
as forças fundamentais do universo (o que serviria, em última instância, para
explicar a origem do universo e como a matéria atua no todo). As mais recentes,
tais como a teoria das cordas, tendem a ver a matéria como algo menos
“consolidado”: as partículas que o compõem seriam mais instáveis e “em
movimento” do que se pensava.
No caso da nova teoria, saem as “cordas” e entram
as tais partículas fluidas como o material básico de todas as coisas. Para
facilitar o entendimento da ideia, os cientistas visualizam cada partícula como
o pixel de uma imagem.
Seríamos nós, dessa forma, feitos de uma infinidade
de “pixels” que podem se rearranjar constantemente. Quando os pixels se
cristalizam, temos matéria. E aí, o que prefere? Explosão ou congelamento?[Science Daily/Jornal Ciência/Daily Galaxy]
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