7 – Como se formam as nuvens?
Talvez você ainda se lembre de como aprendeu, nas
aulas de geografia, sobre o processo de formação de uma nuvem: devido aos
ciclos climáticos, o vapor d’água existente na atmosfera se condensa e as
nuvens se compõem. Pesquisas recentes defendem, no entanto, que esse processo
não é tão simples assim: raios cósmicos podem estar envolvidos.
Segundo essa teoria, apoiada por experimentos
feitos no CERN (famoso laboratório na fronteira franco-suíça, que simula o Big
Bang), algumas partículas eletricamente carregadas, vindas do espaço,
influenciam no ritmo e intensidade com que as nuvens se formam, e naturalmente
isso se reflete no clima.
6 – Seres atmosféricos
Seria possível que a vida na Terra tenha se
iniciado não pelos mares, e sim pela estratosfera? Cientistas têm se dedicado a
estudar seres vivos que habitam o céu indefinidamente. Na maioria dos casos,
trata-se de bactérias e fungos. Algumas espécies, conforme se observou, estão
apenas viajando pelo ar, mas outras realmente se alimentam de substâncias
químicas das nuvens.
Há mais de dez anos, cientistas de diferentes
instituições têm dado atenção às bactérias que habitam pontos incrivelmente
altos da atmosfera. As teorias em torno do surgimento dessas formas de vida
ainda variam, mas os indicadores recentes mostram que a “fauna celeste” é mais
rica do que imaginamos.
5 – Auroras luminosas
Ambas as extremidades da Terra (Pólo Sul e Pólo
Norte) reservam, eventualmente, maravilhosos espetáculos de luz no céu: as
chamadas Auroras Boreal e Austral. Tais auroras são causadas, segundo os
cientistas, por perturbações entre o magnetismo e as partículas elétricas nos
pólos.
Em 2008, a NASA foi ainda mais longe. Uma nave
aparelhada para esta finalidade conseguiu detectar que o surgimento dessas
auroras está a mais de 150 mil quilômetros da Terra, na direção oposta à do
sol. O campo magnético da Terra, às vezes, produz uma “cauda” que se arrasta
por longas distâncias além da atmosfera. Na esteira dessa cauda, correm
elementos químicos que proporcionam aquele show de luzes tão fascinante.
4 – “Marés” atmosféricas
Nem todo mundo sabe disso, mas as massas de ar que
circulam pelo planeta também são reguladas por uma complexa “maré”, de forma
que a atmosfera seria comparável a um oceano. Este ciclo, no caso, é
influenciado de acordo com uma combinação entre o aquecimento dos raios solares
e a gravidade lunar, que afetam a pressão e promovem deslocamentos na
atmosfera.
É claro que, para nós, na superfície e em baixas altitudes,
a movimentação das marés atmosféricas é muito pouco perceptível. Apesar disso,
seus efeitos são verificados no clima, na formação de fenômenos como furacões e
até interfere nas comunicações por rádio e no controle de satélites na órbita
terrestre.
3 – Porque existem relâmpagos?
Milhares de anos se passaram desde que o homem
começou a observar fenômenos na natureza, mas um deles permanece tão misterioso
nos dias de hoje quanto nos primórdios da nossa existência: os relâmpagos.
A explicação mais simples e usual é a de que
partículas de gelo se chocam sob determinadas condições, que deixam a nuvem
eletricamente carregada ao nível de produzir descargas. Essa teoria, no
entanto, jamais foi completamente comprovada. Alguns cientistas alegam que, sob
as condições atmosféricas já observadas, seria impossível que descargas tão
violentas pudessem ser produzidas nas tempestades. O que há por trás deste
mecanismo segue sendo um enigma.
2 – Luzes de alerta a terremotos
Em 1746, o diretor de uma prisão na Ilha de San
Lorenzo, no Peru, notou estranhos feixes de luz branco-azulados no céu e
resolveu colocar detentos do local para observar tais luzes o tempo todo. Três
semanas depois, um enorme terremoto atingiu as cercanias de Lima, a capital, e
a ilha foi atingida por um tsunami.
Alguns sinais visuais muitos sutis, outros nem
tanto, podem ser detectados nos céus quando uma catástrofe natural se aproxima.
No caso dos terremotos, outras evidências já foram registradas em fotografias
ao longo do tempo, mas ninguém conseguiu ainda explicar as origens de tais
luzes.
1 – Vida útil do ar respirável
Nem sempre o ar atmosférico foi propício para
os seres humanos respirarem, e nem sempre o será. Daqui a um bilhão de anos,
calcula-se que o sol será 10% mais brilhante e intenso à Terra do que hoje.
O volume de água que evapora dos oceanos vai
aumentar, criando uma camada de moléculas que deve acelerar o que se chama hoje
de efeito estufa. A Terra se tornaria uma espécie de Vênus úmida: muito calor
envolto em uma camada atmosférica espessa, como um gigantesco cobertor de água
fervente.
Quando a água escapar para a estratosfera,
será quebrada pelos raios ultravioleta em oxigênio e hidrogênio. Os átomos de
oxigênio ficariam retidos lá em cima, sem voltar à superfície, e pouco a pouco
teríamos cada vez menos disponível para nós. Com apenas hidrogênio para
respirar, a morte de todos os seres vivos seria apenas questão de tempo. [NewScientist,
Foto]
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