Segundo os cientistas, pode haver um rápido crescimento domercado de turismo espacial na próxima década. O problema é que isso pode ter consequências ruins na Terra: a fuligem emitida pelos foguetes de turismo espacial pode contribuir significativamente para a mudança climática global nas próximas décadas.
Os pesquisadores examinaram o impacto das emissões de dióxido de carbono e de fuligem dos mil vôos suborbitais de foguetes por ano no clima terrestre.
Eles afirmam que os foguetes são a única fonte direta de compostos humanos produzidos acima de 22,5 quilômetros, e por isso é importante entender como a sua exaustão afeta a atmosfera.
Segundo o estudo, as partículas de fuligem emitidas pela frota proposta de foguetes de turismo espacial se acumulam a cerca de 40 km de altitude, três vezes mais do que a altitude do tráfego aéreo.
Ao contrário da fuligem de jatos ou centrais a carvão, que são injetados mais baixo na atmosfera e caem sobre a terra dentro de algumas semanas, as partículas criadas por foguetes permanecem na atmosfera por anos, absorvendo eficientemente a luz solar que poderia atingir a superfície da Terra.
Os pesquisadores fizeram algumas previsões climáticas baseadas nos planos de negócios para viagens espaciais suborbitais em 2020.
A resposta do sistema climático a um volume mesmo relativamente pequeno de carbono negro é surpreendente. Usando um modelo de computador da atmosfera da Terra, os pesquisadores descobriram que, sob a camada de fuligem prevista, a superfície da Terra esfriaria cerca de 0,7 graus Celsius. A Antártida aqueceria cerca de 0,8 graus Celsius.
Também as regiões equatoriais poderiam perder cerca de 1% de seu ozônio, enquanto os pólos poderiam ganhar 10%. As emissões de foguetes são particularmente prejudiciais ao ozônio porque são injetadas diretamente na estratosfera, onde reside a camada de ozônio.
O efeito global seria um aumento na quantidade de energia solar absorvida pela atmosfera da Terra. Isso significa que a fuligem dos foguetes contribui para o aquecimento da atmosfera a uma taxa maior do que o dióxido de carbono dos mesmos foguetes.
A atual frota mundial de foguetes orbitais emite cerca de um décimo da fuligem assumida no estudo. [LiveScience]
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