Paleontólogos estimam que os primeiros mamíferos surgiram há cerca de um
milhão de anos, e sobrevivem na face da Terra desde então. Tomando este número
como base, é aceitável que o ser humano ainda possa ter uns bom cem mil anos de
vida, no mínimo, antes que algo aconteça para nos colocar em extinção.
A New Scientist preparou uma animação em vídeo (em
inglês) que elenca cinco possíveis catástrofes que trariam o apocalipse. Em
cada ponto, é feita uma previsão de como elas poderiam destruir a raça humana e
como é possível evitar este destino. Confira a lista com cinco possíveis
desfechos:
1 – Tecnologia destrutiva
Ao longo dos últimos milhares de anos, desde as
lanças de madeira e pedras lascadas, o homem foi aprimorando as ferramentas
para ferir, matar e acabar consigo mesmo. Apenas recentemente, no entanto,
nasceram armas capazes de varrer uma civilização inteira do mapa de uma só vez.
Além das já utilizadas bombas nucleares, armas químicas e biológicas, existe a
ameaça futura de robôs assassinos ou máquinas de poder destrutivo ainda
desconhecido.
Felizmente, conforme explicam os pesquisadores, nós
não vivemos todos em uma só região, e sim em centenas de comunidades espalhadas
pelo planeta. Logo, se certo país ou população perder o controle sobre
determinada tecnologia destrutiva, obviamente haverá sofrimento, mas a crise poderá
ser contornada antes que a humanidade inteira esteja condenada ao
desaparecimento.
2 – Vírus
Apenas no último século, tivemos quatro grandes
pandemias virais que assustaram médicos de todo o planeta. A última, conhecida
de todos, foi a gripe suína de 2009 que provavelmente te levou no mínimo a
tomar uma vacina não esperada. Proporcionalmente, a mais nociva de todas
aconteceu em 1918, mas a porcentagem de população mundial que morreu na ocasião
foi inferior a 6%.
Os cientistas explicam que não deve haver tanto
motivo para pânico: pandemias como esta são relativamente raras em mamíferos.
Quando acontecem, atingem apenas populações de áreas muito pequenas ou
geograficamente restritas, como ilhas. Seria difícil a humanidade toda perecer
por conta disso.
3 – Mudanças climáticas
Se queimarmos todos os combustíveis fósseis
disponíveis no planeta atualmente, a temperatura global poderia subir em até 10
graus Celsius. Isso seria um problema real, já que o aumento do nível dos
oceanos, por exemplo, poderia colocar bilhões de pessoas em túmulos debaixo da
água.
Mas se essa ameaça parece mais perigosa, é por
outro lado menos provável. Além do mais, as novas formas de energia alternativa
estão desde já evitando que um dia cheguemos a um ponto tão crítico.
4 – Super vulcões
Não é só a emissão de poluentes produzidos pelo
homem que pode causar alterações no clima. Bilhões de metros cúbicos de cinzas
vulcânicas seriam capazes de provocar um efeito parecido. As escalas geológicas
estimam que a erupção de um supervulcão ocorre a cada 50 mil anos, em média. Ou
seja, não chegaremos aos próximos cem mil sem passar por nenhuma dessas.
Quando há uma erupção desta magnitude, a atmosfera
do planeta é engolfada por uma nuvem permanente de cinzas, e a Terra fica na
escuridão quase completa por mais de cinco anos. Sem luz do sol, não há
alimento, e o fim da raça humana seria apenas uma questão de tempo.
Felizmente, a escuridão é quase completa, e não
100%. Como o ser humano ocupa quase todas as áreas possíveis para se viver no
planeta, são ótimas as chances de que pelo menos alguns de nós consigamos ficar
em uma área onde a luz do sol ainda penetre. Estudos com fósseis apontam que
nossos ancestrais de 70 mil anos atrás fizeram isso para sobreviver.
5 – Asteroides
O espaço sideral também é ponto de partida
para possíveis apocalipses. Explosões solares em larga escala, supernovas
(estrelas recém-explodidas) ou emissão de raios gama poderiam exterminar a vida
na Terra em pouco tempo. Mas isso seriam projeções para milhões de anos a partir
de agora.
Em um “futuro próximo”, a única possibilidade
realmente concreta parte dos asteroides. É possível que sejamos atingidos,
dentro dos próximos cem mil anos, por um asteroide grande o bastante para
destruir um país do tamanho da França apenas na queda. A teoria mais aceita
para a extinção dos dinossauros está ligada à queda de um asteroide.
Apesar disso, a humanidade já tem ideia de
como poderia evitar este desfecho. Recentemente, cientistas conceberam o
projeto de um foguete que poderia voar com toda força em direção ao asteroide
antes que ele entrasse na atmosfera, se chocando com ele e mudando seu curso no
espaço. Até que um asteroide realmente esteja vindo em nossa direção, temos que
dar conta desta limitação. [NewScientist]
Assista o vídeo completo, se quiser:
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