No último dia 21 de maio, perto de Texas, nos
EUA, uma tempestade varreu a cidade de Adrian causando uma nuvem parecida com
um tornado, conhecida como “supercélula”.
Existem quatro tipos de tempestade:
supercélula, multicélula, unicélula e linha de tempestades.
A supercélula
é a rara e mais grave. É um tipo de tempestade caracterizada pela presença de
um mesociclone (uma corrente de ar ascendente girando no interior da nuvem),
que pode ter um formato semelhante a um OVNI, como nessa foto. A supercélula
também pode ser chamada de “tempestade girante”.
Essa tempestade é criada por uma célula única
e pode persistir durante muitas horas, dominando o clima por até 32 quilômetros
de distância. Elas criam ventos muito fortes e podem causar inundações
repentinas.
Nos EUA, são responsáveis por quase todo o
estrago causado por tornados e pela maioria das pedras de granizo de dimensão
superior a bolas de golfe.
Tempestades supercélulas ocorrem quando os
ventos mudam de direção em altura, rodando para a direita, ou quando a
velocidade do vento atinge um certo vetor (cisalhamento
do vento). Se uma bolsa de ar quente cheia de vapor começa a subir na
presença de uma dessas condições, ela começa a girar, impulsionada também pela
força gerada pela rotação da Terra.
Apesar do tom de severidade dado a esse tipo
de tempestade, essa em particular não deve ter sido tão grave assim, já que
algumas pessoas conseguiram fazer gravações amadoras do fenômeno que o mostram
com bastante detalhe. No vídeo abaixo, é possível ver inclusive alguns
observadores filmando a nuvem relativamente próximos a ela.
“A julgar pela visão clara [que as pessoas
filmando têm] do objeto, esta tempestade em particular é provavelmente uma
supercélula de baixa precipitação”, explicou Bill Cotton, professor de
meteorologia da Universidade Estadual do Colorado, EUA, e especialista em
dinâmica de nuvens e tempestades.
“Esse tipo de tempestade geralmente produz
pouca chuva, mas muito granizo, e, enquanto o processo não é totalmente
compreendido pelos cientistas, eu especularia que a tempestade está ingerindo
grandes quantidades de poluição ou poeira, que suprimem o processo de chuva
quente e resultam na prevalência de granizo”, opinou Cotton.
O especialista também disse que esse tipo de
supercélula é relativamente seco e um dos favoritos dos “amantes de
tempestades” (pessoas que adoram observar tempestades, apesar dos perigos
inerentes) pela ausência de chuva, que normalmente obscurece ou atrapalha a
visão de características impressionantes do fenômeno natural.[LiveScience, Atmosphere]
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