Metade dos pântanos sumiu, 40% das florestas
foram destruídas e 30% dos manguezais desapareceram. A biodiversidade do
planeta perdeu 12% de seus atores e, se continuarmos nesse passo, o mundo
precisará de recursos equivalentes a três planetas Terra até 2050.
Foi com esses dados do Fundo para a Vida
Selvagem (WWF, na sigla em inglês), das Nações Unidas e da União Internacional
para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla inglesa) que se comemorou o Dia
Internacional da Biodiversidade (22 de maio), data celebrada desde 1993.
A situação em que nos encontramos é pouco
confortável, mas não é de todo negativa. Desde 2000, aproximadamente 36 novas
espécies de mamíferos foram catalogadas. Entre esses novos integrantes, merece
atenção um animal antes mítico que figurava entre outras criaturas lendárias,
como o Pé Grande, o Chupa-cabra, entre outros.
Esse é o Rhinopithecus strykeri, uma
nova espécie de macaco sem nariz – que espirra quando chove, característica que
o torna um alvo bastante fácil para caçadores. O novo animal foi encontrado em
Mianmar (antiga Birmânia).
Bastante diferente de outros macacos sem
nariz
A bióloga Loren Coleman, diretora do Museu
Internacional de Criptozoologia, em Portland, nos Estados Unidos, conta que os
macacos sem nariz são relativamente comuns na Ásia, mas que a nova espécie não
se parece em nada com as outras.
Caso nunca tenha ouvido falar dos macacos do
gênero Rhinopithecus, saiba que eles não são tão raros assim, sendo
encontrados em florestas da China, Vietnã e Mianmar.
O leitor pode se perguntar: a que se deve
essa característica tão peculiar de não ter nariz? Nem os cientistas sabem ao
certo, mas a primatóloga Nina Jablonski, da Universidade da Pensilvânia, nos
Estados Unidos, sugere que o focinho achatado é uma mutação para combater o
frio extremo, que poderia causar ulcerações a um nariz exposto.
O espécime recém-encontrado em Mianmar é o
único macaco do gênero completamente preto, exceto por uma barbicha branca,
como explica o especialista Frank Momberg, diretor do programa Fauna e Flora
Internacional.
“Por meio de pesquisas, constatamos que o DNA
dele difere significantemente dos outros macacos”, conta Momberg. Ele acredita
que existam até 500 deles nas florestas daquele país do Sudeste Asiático.
Mas a espécie mal foi descoberta e já pode,
em breve, ser classificada como ameaçada de extinção, já que nativos costumam
se alimentar de suas carnes. Agora, pesquisadores vão se dedicar a compreender
os hábitos desses macacos e a preservá-los.
Confira fotos de outros macacos sem nariz aqui.[MSNBC, NationalGeographic, HuffingtonPost, EcoDesenvolvimento, Foto]
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