Depois de uma enorme jornada de 4,6 bilhões de quilômetros, a missão Epoxi, da Nasa, sobreviveu ao perigoso encontro com o cometa Hartley II e transmitiu as imagens da “reunião”.
A montagem de cinco fotos acima mostra o núcleo do Hartley enquanto a nave estava voando ao encontro de seu “corpo” gelado. A primeira imagem obtida é a mais alta do lado esquerdo, e a progressão de imagens segue o sentido horário.
Como você pode ver, até mesmo os cientistas ficaram surpresos com a forma inusitada do Hartley. Além disso, eles descobriram que o cometa tem, aproximadamente, uma dúzia de “jatos” que cospem gás e poeira espacial.
As texturas da superfície do núcleo também chamam a atenção – as pontas mais largas são têm muitos relevos, enquanto o meio do “amendoim” é completamente liso. Os cientistas acham que a atividade de jatos nas extremidades do Hartley é que causa essas “cristas” de relevo. No centro do cometa, como não há nenhuma atividade do tipo, sua superfície permanece lisa.
A Epoxi passou a enviar imagens do encontro para a Terra logo depois de 20 minutos após o encontro. Ela passou a apenas 700 quilômetros de distância da superfície do cometa. A foto acima mostra a atividade de alguns jatos na ponta do Hartley. Os cientistas acreditam que seja dióxido de carbono que sai de dentro do cometa, mas ainda não se sabe, exatamente, como o gás escapa.
A foto acima mostra o Hartley sobre o deserto do Arizona. Sua “cauda” é a poeira que sai do cometa. Se um cometa se aproxima do Sol, parte do seu gelo se derrete e ele acaba liberando poeira, gelo e pedaços de pedra no espaço. Se algum desses resíduos entra na atmosfera da Terra, ele acaba queimando e dando um “show”. Nesse mês os astrônomos receberam várias “denúncias” de bolas de fogo nos céus, nas áreas em que o Hartley passou, mostrando que ele realmente deixou um rastro para trás.
Nas semanas antes do encontro da Epoxi com o Hartley, uma nuvem do tamanho de Júpiter se formou ao redor do núcleo de dois quilômetros de comprimento do cometa. Acredita-se que ela tenha sido produzida por cianido, que teria sido aquecido quando o cometa se aproximou do Sol. Na foto acima, feita por um telescópio amador na Flórida, ele aparece como um ponto esverdeado.
Na foto acima, uma família da Suécia observa o Hartley, indicado pela seta. O cometa foi descoberto em 1986, pelo astrônomo Malcom Hartley. Ele completa uma volta ao redor do Sol a cada 6,5 anos, mas só no último outubro que ele fez a maior aproximação da Terra.
A Epoxi, que você vê acima, que cumpriu sua missão, irá, provavelmente, se tornar um observatório astronômico que irá buscar e monitorar planetas extrasolares. As milhares de imagens que ela fez do Harley II logo serão divulgadas e ficarão disponíveis para estudos. [National Geographic]
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