A partir de agora, os cientistas podem entender melhor sobre a formação das galáxias e do início do universo. Astrônomos descobriram galáxias antigas que estavam escondidas atrás de véus de poeira. As galáxias foram detectadas através de um efeito causado pelas distorções espaço-tempo na grande distância entre elas e a Terra.
Mesmo com os maiores telescópios disponíveis, galáxias distantes são normalmente difíceis de detectar, especialmente aquelas cuja luz fraca fica envolta em pó espacial. No entanto, os astrônomos foram capazes de aumentar a eficácia de seus telescópios, baseando-se em determinadas galáxias maciças ou aglomerados de galáxias.
Essencialmente, o que acontece é que a força gravitacional de objetos maciços distorce o espaço-tempo, um efeito que pode desviar a luz. Este efeito de “lente gravitacional” pode aumentar a visibilidade das galáxias distantes, ou, eventualmente, fazer com que os pesquisadores consigam ver imagens de várias delas.
Normalmente, encontrar lentes gravitacionais é um processo muito demorado. Porém, usando os dados do Telescópio Espacial Herschel, uma grande equipe internacional de pesquisadores descobriu que as galáxias com lentes gravitacionais podem ser facilmente detectadas em comprimentos sub milimétricos de onda de luz, se uma área suficientemente grande do céu for pesquisada.
Os objetos observados em intervalo sub milimétrico são geralmente galáxias distantes empoeiradas, que estão passando por uma rajada forte de formação de estrelas. Esta intensa atividade gera poeira que obscurece essas galáxias.
Para detectar as galáxias, os pesquisadores utilizaram um método mais simples do que as técnicas anteriores. Eles procuraram por radiação sub milimétrica no céu, identificaram os objetos mais brilhantes e eliminaram alguns “contaminantes”, tais como galáxias próximas. Tudo o que restou foram as galáxias formadoras de estrelas. No pedaço de céu que os cientistas analisaram, eles descobriram o que parece ser cinco novas galáxias formadoras de estrelas com lentes gravitacionais.
Segundo os pesquisadores, as cinco galáxias descobertas são apenas a ponta do iceberg. A perspectiva é continuar com o estudo e descobrir mais de 100 dessas galáxias. Os dados recolhidos até agora correspondem a cerca de 3% da área total que será mapeada pelo telescópio.
Ao capturar detalhes ampliados pelo efeito de lente gravitacional sobre um grande número dessas galáxias, os cientistas esperam entender melhor como elas se formaram e evoluíram. [LiveScience]
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