Em 2010, a NASA produziu um trabalho em
parceria com o “The Tauri
Group” para determinar quais as áreas de avanço tecnológico mais
promissoras, que permitiriam vencer os desafios da exploração espacial.
Uma das tecnologias sugeridas pela pesquisa,
chamada de “Technology Frontiers: Breakthrough Capabilities for Space
Exploration” (“Fronteiras da Tecnologia: capacidades inovadoras para a
exploração espacial”) é o uso de antimatéria para disparar um motor de fusão
nuclear.
Como combustível para esse motor, seriam
usadas pastilhas contendo deutério e trítio – isótopos mais pesados do
hidrogênio -, cercados por um material mais pesado, como urânio.
A ideia é disparar um raio de antiprótons – o
equivalente da antimatéria aos prótons – para iniciar a reação de fusão, com o
hidrogênio sendo convertido em hélio e liberando muita energia.
A propulsão poderia ser obtida de diversas
formas, como aquecendo um combustível ao ejetá-lo em altíssimas velocidades.
A ideia não é nova: o projeto Daedalus, da Sociedade Interplanetária Britânica, já propôs o uso de
foguetes de fusão para fazer viagens interestelares.
Os cálculos apontam que uma viagem para
Júpiter precisaria de 1,16 gramas de antiprótons, o que não parece muito,
exceto quando consideramos que desde 1950 não devem ter sido produzidos mais de
10 nanogramas do material em aceleradores de partículas, e que poucas gramas
devem custar vários trilhões de dólares.
Porém, os autores do estudo apontam que a
produção de antiprótons está avançando, e talvez venham a ser a grande novidade
em propulsão espacial até 2060. Com a quantidade de combustível suficiente, uma
viagem a Júpiter não demoraria mais que alguns poucos meses, e seria possível
chegar em Marte depois de apenas 39 dias de viagem, usando um foguete de plasma.[Space.com]
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