Você conferiu
nessa semana no Mega Curioso mais cinco
teorias sobre o desparecimento do voo MH370 da Malaysia Airlines, que
levava 239 passageiros. O avião, um Boeing 777 que deveria seguir até Pequim,
saiu de Kuala Lumpur, na Malásia, e perdeu a comunicação cerca de uma hora
depois da partida e até agora não se sabe o que aconteceu de verdade.
As teorias sobre
o desaparecimento vão de terrorismo, sequestro e queda (ou pouso) em um local
totalmente difícil de localização e comunicação. São várias as especulações. A
última vem de um piloto canadense chamado Chris Goodfellow, com 20 anos de
experiência em aviação, que colocou uma teoria em sua página no Google+ e o
site Wired
republicou o que ele escreveu.
Basicamente,
para Chris, o avião sofreu um incêndio e por essa razão os equipamentos que são
detectados pelos radares das torres de comando (o transponder e o radar
secundário da aeronave) foram desligados e, provavelmente, o avião entrou em
colapso com o fogo e caiu antes de conseguir pousar em um lugar seguro.
Desvio e fogo
Sabe-se que uma hora depois da decolagem
o avião sumiu dos radares quando já estava próximo ao Vietnã. É de conhecimento
geral também que dois dias depois foi noticiado que um radar militar malaio
(primário, que busca por reflexão e não por transponder) localizou um sinal do
avião num curso a sudoeste, fazendo uma curva 90 graus à esquerda da rota que
ele deveria seguir.
Para ficar mais claro, o piloto
canadense explicou que fez uma busca no Google Earth, procurando aeroportos
localizados em torno dessa nova rota para procurar entender o porquê da mudança
do caminho. Ao pesquisar a localização, ele concluiu que o desvio feito
aconteceu porque o piloto da Malaysia resolveu buscar o aeroporto mais próximo
para fazer um pouso de emergência devido ao fogo.
O aeroporto escolhido teria sido o de
Langwaki, perto do estreito de Malaca. No entanto, os problemas não deixaram
que a aeronave alcançasse essa salvação. De acordo com Goodfellow, o incêndio
teria sido causado por uma falha elétrica no avião, mais precisamente provocado
por um superaquecimento de um dos pneus do trem de pouso dianteiro, que tomou a
cabine de comando.
Segundo ele, em situações como essa, a
primeira atitude dos comandantes é desligar boa parte dos controles da aeronave
para depois restaurar cada circuito até encontrar a causa do fogo. Com isso,
enquanto os equipamentos estão desligados, o avião se torna praticamente invisível
aos radares. Na hipótese levantada por Chris, o fogo e a fumaça não deram
chance para que esses dispositivos fossem ligados novamente pela tripulação.
No automático
O piloto
canadense crê que o avião seguiu viagem em piloto automático depois disso até acabar
o combustível ou até a cabine ser toda consumida pelo incêndio, caindo no
oceano Índico.
Goodfellow acha
que o avião está em algum ponto da rota de desvio e critica a atitude de
jornalistas e autoridades, que acreditam que talvez seja um caso de terrorismo
e que os pilotos tenham algo a ver com isso. “Não faz sentido ficar especulando
sem que haja evidências, mas também não faz sentido ficar demonizando os
pilotos que podem ter lutado para salvar a aeronave de um incêndio ou de outro
problema mecânico grave”, diz Chris.
O time contra a
teoria de Goodfellow
No mesmo dia em
que a hipótese de Goodfellow foi publicada pelo site Wired, o jornalista e
escritor científico Jeff Wise declarou no blog Future Tense, do site Slate
que ela está errada. Jeff ironicamente disse que Chris resolveu todo o mistério
que o mundo está se perguntando em um piscar de olhos. Jeff diz também que
Chris “reabilitou” as reputações do comandante e copiloto que está sob uma
forte nuvem de suspeitas e investigações.
Segundo ele, a
postagem de Goodfellow se tornou popular, saindo do Google+ para depois
explodir no Twitter e ser republicado pela Wired. Jeff admite que o relato de
Goodfellow seja emocionalmente convincente, mas afirma que é simplesmente um
engano. Ele explica:
“Pegue
todas as outras grandes conclusões da investigação e a teoria de Goodfellow
desmorona. Por um lado, embora seja verdade que o voo MH370 tenha virado para
Langkawi e acabou por sobrevoar o local, quem estava nos controles continuou a
manobra após esse ponto, bem como, virou bruscamente à direita em um ponto
chamado “Vampi” e depois à esquerda novamente em um ponto chamado “Gival”. E
tal navegação teria sido impossível para os homens inconscientes (apenas no
piloto automático).”
Jeff ainda
afirma que a teoria de Goodfellow falha ainda mais quando lembra do ping
eletrônico detectado pelo satélite Inmarsat às 8h11 na manhã de oito de março.
De acordo com a análise feita pelos governos da Malásia e Estados Unidos, os
pings restringiram a localização do MH370 naquele momento para um dos dois
arcos, um na Ásia Central e outro no sul do Oceano Índico.
“Como o MH370
voou de seu curso original para Langkawi, ele estava indo em direção nenhuma.
Sem intervenção humana, o que iria contra a teoria de Goodfellow, simplesmente
o avião não poderia ter alcançado a posição que conhecemos que foi atingida às
8h11 daquele dia”, diz Jeff. E as buscas continuam ainda sem nada concreto.
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E você, leitor?
Concorda com quem? Chris ou Jeff?
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