quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Despertar dos Mágicos (38). Ao desenvolver-se, a técnica não complica, simplifica, reduz o equipamento até o tornar quase invisível.


De estudos neste gênero poderia nascer uma nova visão do mundo passado. Deus queira que o nosso livro superficial e mal documentado suscite em qualquer jovem ainda cândido a idéia de um trabalho louco que um dia lhe dará a chave das antigas causas.

Louis Pauwels e Jacques Bergier. DIFEL

Há outros fatos:
Sobre vastas regiões do deserto de Gobi observam-se vitrificações do solo semelhantes às que as explosões atômicas produzem.
Nas cavernas do Bohistão foram encontradas inscrições acompanhadas de mapas astronômicos representando as estrelas na posição que ocupavam há treze mil anos. Vênus está ligada à Terra por algumas linhas.
A meio do século XIX, um oficial de marinha turco, Piri Reis, oferece à Library of Congress um pacote de mapas que descobriu no Oriente. Os mais recentes datam de Cristóvão Colombo, os mais antigos do século I após Cristo, copiados uns pelos outros. Em 1952, Arlington H. Mallery, grande especialista em cartografia, examina esses documentos. Apercebe-se de que, por exemplo, tudo o que existe no Mediterrâneo foi inscrito, mas não no devido lugar. Pensariam eles que a Terra é plana? A explicação não é suficiente. Terão organizado o seu mapa por projeção, tendo em conta a rotundidade da Terra? Impossível, geometria projetiva data de Monge. Em seguida Mallery confia o estudo a Walters, cartógrafo oficial, que transfere esses mapas para um globo terrestre moderno: estes são exatos, não apenas quanto ao Mediterrâneo, mas em relação a toda a Terra, incluindo as Américas e o Antártico. Em 1955, Mallery e Walters submetem o seu trabalho à comissão do Ano Geográfico. A comissão confia os documentos ao padre jesuíta Daniel Linehan, diretor do Observatório de Weston e responsável pela cartografia da marinha americana. O padre constata que o relevo da América do Norte, a localização dos lagos e montanhas do Canadá, o traçado das costas, na extremidade norte do continente, e o relevo antártico (coberto pelos gelos e dificilmente revelado pelos nossos instrumentos de medida) estão certos. Cópias de mapas mais antigos ainda? Traçados a partir de observações feitas a bordo de um engenho voador ou espacial? Notas tomadas por visitantes vindos do Exterior?
Seremos censurados por fazer estas perguntas? O Popul Vuh, livro sagrado dos Quichuas da América, fala de uma civilização infinitamente remota que conhecia as nebulosas e todo o sistema solar. Os da primeira raça, segundo ali se lê, eram capazes de tudo saber. Examinavam os quatro pontos do horizonte, os quatro pontos da abóbada celeste e a superfície redonda da Terra.
Algumas dessas crenças e dessas lendas que a Antiguidade nos legou estão tão universalmente e tão profundamente enraizadas que adquirimos o hábito de as considerar quase tão velhas como a própria humanidade. Ora somos levados a investigar até que ponto a conformidade de várias dessas crenças e lendas é realmente produto do acaso, ou até que ponto poderia ser o reflexo da existência de uma antiga civilização, totalmente desconhecida e insuspeitada, e da qual todos os outros vestígios tivessem desaparecido.
O homem que, em 1910, escrevia estas linhas não era nem um escritor de ficção científica, nem um vago ocultista. Era um dos pioneiros da ciência, o professor Frédéric Soddy, prêmio Nobel, descobridor dos isótopos e das leis de transformação em radioatividade natural.
A Universidade de Oklahoma publicou em 1954 os anais das tribos índias da Guatemala, que datavam do século XVI. Narrativas fantásticas, aparições de seres lendários, costumes imaginários de deuses. Examinando-as mais cuidadosamente apercebemo-nos de que os índios cackchiquels não contavam histórias loucas: mencionavam à maneira deles os seus primeiros contactos com os invasores espanhóis.
Estes últimos, no espírito dos historiadores cackchiquels, tomavam lugar ao lado dos seres pertencentes à sua própria mitologia e tradição. Desta forma o real era descrito sob um aspecto fabuloso, e é muito provável que textos considerados puramente folclóricos ou mitológicos se baseiem em fatos reais mal interpretados e integrados noutros fatos por sua vez imaginários. A divisão não foi feita e uma literatura completa, várias vezes milenária, repousa nas nossas bibliotecas especializadas sobre as prateleiras destinadas às lendas sem que ninguém, nem por instantes, imagine que talvez ali se dissimulem crônicas iluminadas de acontecimentos verdadeiros.
O que nós sabemos da ciência e da técnica modernas deveria no entanto obrigar-nos a ler com espírito diferente essa literatura.
O livro de Dzyan fala de mestres de rosto fascinante que abandonam a Terra, retirando os seus conhecimentos aos homens impuros e apagando por meio da desintegração os vestígios da sua passagem. Partem em carros voadores, impelidos pela luz, ao encontro do país do ferro e do metal a que pertencem.
Num recente estudo da Literatournaya Gazeta, o professor Agrest, que admite a hipótese de uma antiga visita de viajantes interplanetários, descobre, entre os primeiros textos introduzidos na Bíblia pelos sacerdotes judeus, a recordação de Seres vindos de algures, que, tal como Enoch, desapareciam para subir novamente ao céu em misteriosas arcas. As obras sagradas hindus, o Ramayana e o Mahabhratra, descrevem as aeronaves que circularam no céu, no início dos tempos, e que se assemelhavam a nuvens azuladas em forma de ovos ou, de globo luminoso.
Podiam efetuar várias vezes a volta à Terra. Eram acionadas por uma força etérea que fustiga o solo à partida, ou por uma vibração proveniente de uma força invisível. Emitiam sons agradáveis e melodiosos, irradiavam brilhando como fogo e a sua trajetória não era em linha reta, mas surgia como uma longa ondulação aproximando-as ou afastando-as da Terra. A matéria desses engenhos é definida, nessas obras com mais de três mil anos e sem dúvida escritas à base de recordações infinitamente mais longínquas, como sendo formada por vários metais, uns brancos e leves, outros vermelhos.
No mausoléu Purva pode ler-se esta singular descrição, incompreensível para os etnólogos do século XIX, como é evidente, mas não para nós:
É uma arma desconhecida, um raio de ferro, gigantesco mensageiro da morte, que reduziu a cinzas todos os membros da raça dos Vrishnis e dos Andhakas. Os cadáveres queimados nem sequer eram reconhecíveis. Os cabelos e as unhas caíam, os barros quebravam sem causa aparente, os pássaros tornavam-se brancos. Ao fim de algumas horas toda a alimentação era malsã. O raio ficou reduzido a uma poeira fina.
E isto:
Cukra, voando a bordo de um vimana de grande potência, lançou sobre a tríplice cidade um projétil único carregado com a potência do Universo. Um fumo incandescente, semelhante a dez mil sóis, se elevou no seu esplendor... Quando o vimana aterrou apareceu como um magnífico bloco de antimônio pousado no solo. . .
Objeção: se admitis a existência de civilizações tão fabulosamente avançadas, como explicais que as inúmeras buscas, feitas sobre todo o globo terrestre, não tenham trazido para a luz do dia um único resto de qualquer objeto susceptível de nos fazer acreditar nessa existência?
Respostas:
1ª - Há apenas um século que se pesquisa sistematicamente, e a nossa civilização
atômica ainda não conta vinte anos. Não foi feita a menor exploração conscienciosa naRússia do Sul, na China, na África Central ou na África do Sul. Extensões imensas continuam a guardar o seu passado secreto.
2ª -Foi necessário que um engenheiro alemão, Wilhelm Kónig, ao visitar por acaso o museu de Bagdá, se apercebesse de que certas pedras planas, encontradas no Iraque, e como tal classificadas, eram afinal pilhas elétricas, utilizadas dois mil anos antes de Galvani. Os museus de arqueologia regurgitam de objetos classificados como objetos de culto ou diversos sobre os quais nada se sabe. Os russos descobriram recentemente em cavernas do Gobi e do Turquestão meias esferas de cerâmica ou vidro, terminadas por um cone com uma gota de mercúrio. De que se trata? Finalmente, poucos arqueólogos têm conhecimentos científicos ou técnicos. Muito menos ainda estão em condições de se aperceber de que um problema técnico pode ser resolvido de várias maneiras, e de que há máquinas que não se parecem com aquilo a que nós chamamos máquinas: sem biela, sem manivela, sem rodagem. Algumas linhas traçadas com uma tinta especial sobre papel preparado constituem um receptor de ondas eletromagnéticas. Um simples tubo de cobre serve de ressoador quando da produção de ondas de radar. Um diamante é um detector sensível à radiação nuclear e cósmica.
Certos cristais podem conter gravações complexas. Será caso que estejam encerradas bibliotecas completas em pequenas pedras esculpidas. Se, dentro de mil anos, depois de a nossa civilização se ter extinguido, os arqueólogos descobrissem fitas magnéticas, por exemplo, que fariam delas? E de que maneira se aperceberiam da diferença entre uma fita virgem e uma fita gravada? Atualmente estamos prestes a descobrir os segredos da antimatéria e da antigravitação. Amanhã, o manejo desse segredos exigirá uma aparelhagem pesada, ou, pelo contrário, de uma desconcertante leveza? Ao desenvolver-se, a técnica não complica, simplifica, reduz o equipamento até o tornar quase invisível.
No seu livro Magie Chaldéenne, Lenormand, referindo-se a uma lenda que recorda o mito de Orfeu, escrevia: Nos tempos antigos, os sacerdotes de On, servindo-se de sons, provocavam tempestades e erguiam no ar, para construir os seus templos, pedras que não poderiam ser levantadas por mil homens. E Walter Owen: As vibrações sonoras são forças. . .

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