sexta-feira, 15 de abril de 2011

MPLA AMEAÇA DE MORTE MARCOLINO MOCO. Não constitui novidade, é prática recorrente.


José Manuel, correspondente da Rádio Ecclesia em Benguela no noticiário de hoje, 15Abr, das 13 horas que se transcreve:
Em Benguela, num debate intitulado, os Ventos do Norte e Angola, sob patrocínio da ONG, OMUNGA, Marcolino Moco, disse que estamos perante a consumação de uma ditadura. E que foi ameaçado de morte pelo MPLA.
Marcolino Moco enfatizou que só agora o denunciou, porque na altura receava pela vida da sua família. As palavras foram: «Se não te calas, vai-te acontecer o mesmo que aconteceu ao Savimbi.


Biografia de Marcolino Moco
Biografia – Domingos Florentino
Moco Producoes

Domingos Florentino é o pseudónimo de Marcolino José Carlos Moco que foi Primeiro Ministro de Angola, de 1992 a 1996 e Secretário-Executivo da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa de 1996 a 2000.

http://marcolinomoco.com/?p=301

É licenciado em Direito pela Universidade Agostinho Neto. Natural da Província do Huambo, planalto central de Angola. Nasceu a 19 de Julho de 1953, mais precisamente na localidade de Chitue, no Município de Ekunha – antiga Vila Flor – uma região propícia à agro-pecuária. O escritor afirma que a sua “poesia é uma poesia telúrica que vem da experiência pessoal” (…). Descende de uma importante linhagem de chefes tradicionais, conhecidos em Angola pela designação de sobas, um dos quais foi Tchítue, fundador da aldeia onde nasceu. Seu pai é hoje um dos sobas mais influentes do grupo etnolinguístico Ovimbundu . Os mais velhos de sua terra contam que ele era uma criança muito interessada em histórias, provérbios e contos, transmitidos oralmente. Aprendeu as primeiras letras com seu pai. Fez os estudos secundários longe da sua aldeia natal e concluiu em 1974, na cidade do Huambo, na época conhecida por Nova Lisboa, o curso complementar dos liceus. O seu interesse pela literatura, e especialmente pela poesia, teve início lendo os clássicos da literatura, e obras de filosofia, sociologia e história. O envolvimento com a luta pela independência de Angola começou cedo. Foi também na poesia de Alexandre Dáskalos, Agostinho Neto, Viriato da Cruz, António Jacinto e outros autores ligados à luta pela dignidade do homem angolano que encontrou, na sua juventude, a inspiração que o guiou tanto na sua luta política como na sua escrita. Em 1974 foi dispensado do Seminário Católico de Cristo-Rei, do Huambo, por ser um dos líderes de reuniões políticas onde se escutava a Rádio Brazzaville que emitia do Congo o programa Angola Combatente do MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola. A primeira profissão, entre 1974 e 1978, foi a de professor de Língua Portuguesa e História Universal, no Ensino Preoaratório e Ensino Secundário, respectivaamente, na província do Huambo. Nesta época aderiu à luta política, pelo MPLA. Foi Governador de duas províncias: Bié e Huambo, no centro do país, entre 1986 e 1989. Muita da sua poesia e outros escritos produzidos neste período e antes da guerra perdeu-se durante os ataques terroristas de que foi alvo, por várias ocasiões em residências sucessivas. Nomeado para o governo central como Ministro da Juventude e Desportos, 1989, trabalhou na elaboração e aprovação de uma estratégia do desenvolvimento do desporto nacional para até o ano 2000 e na elaboração e aprovação de uma política para a juventude. Em 1985, durante o congresso do MPLA, partido no poder em Angola, passa a integrar o seu Comité Central e em 1990 é Secretário para os Assuntos Políticos do seu Bureau Político para o qual ascendeu, trabalhando nas reformas políticas e económicas que transformaram o regime mono partidário angolano num sistema pluripartidário. Como Secretário-Geral do MPLA, cargo para o qual foi eleito em 1991, coordenou a estratégia do seu partido para as primeiras eleições gerais de Angola realizadas em 1992 e definidas pela ONU como livres e justas, nas quais o MPLA obteve maioria absoluta, ao que se seguiu a sua nomeação como Primeiro Ministro pelo Presidente José Eduardo dos Santos. Durante o período que exerceu o cargo de Primeiro-Ministro deu um importante impulso à cultura, manteve permanentes contactos com individualidades e representantes de associações ligadas às artes e assistiu inúmeras vezes às actividades organizadas na sede da União dos Escritores Angolanos e a outros actos públicos, mas manteve discretamente oculta a sua condição de poeta. Não queria que se fizesse uma leitura preconceituosa da sua obra literária, e quis separar a sua actividade literária da política. Em 1995 publicou Raízes do Porvir, revelando, assim, na maturidade, essa vertente da sua vida que vinha da juventude. Ao adoptar o pseudónimo de Domingos Florentino para a poesia, o escritor prestou uma homenagem à família e a sua terra natal. Domingos, é assim que seu pai sempre carinhosamente o chama, provavelmente por ter nascido num domingo; e Florentino por estar relacionado com o lugar muito florido onde nasceu. – Vila Flor (actual Ekunha). A partir do momento em que o poeta se revelou, publicando também em jornais, tornou-se difícil gerir o segredo que foi desvendado rapidamente pela imprensa: “Domingos Florentino é Marcolino Moco, o Primeiro-Ministro”. Foi eleito Secretário Executivo da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, pelos sete Chefes de Estado e de Governo de Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, durante o acto de institucionalização dessa organização, realizado em Lisboa, em 17 de Julho de 1996, por proposta do Presidente José Eduardo dos Santos, de Angola. Reeleito por unanimidade em 17 de Julho de 1998 para exercer mais dois anos esse cargo, durante a 2ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizadas na cidade da Praia, em Cabo-Verde. Comendador da Ordem Infante D. Henrique, distinção que recebeu do presidente Jorge Sampaio, no Palácio de Belém, em Lisboa, durante a sua visita oficial, na qualidade de Primeiro-Ministro da República de Angola, em Maio de 1996. Condecorado ainda pelo Presidente Jorge Sampaio no final da sua missão da CPLP em 2000, pela excelência dos serviços prestados à Organização, neste mesmo ano, toma o seu lugar como deputado à Assembleia Nacional e em 2004 regressa ao mundo académico regendo a cadeira de Organizações Internacionais na Universidade Lusíada. No ano lectivo 2009/10, após a aquisição do grau de Mestre em Ciências Jurídico-Políticas, na Universidade Agostinho Neto, em colaboração com a Universidade de Lisboa, em princípios de2009, desempenhou o cargo de Director da Faculdade de Direito dessa universidade, onde rege, actualmente, a cadeira de Introdução ao Estudo do Direito. É membro da UEA – União dos Escritores Angolanos, que em 1995, editou o seu primeiro livro de poemas “Raízes do Porvir”, sob pseudónimo de Domingos Florentino, prefaciado por João Melo e João Moimona, que foi posteriormente publicado no Brasil e em Portugal nos anos de 1997 e 1998, respectivamente, enriquecido com os prefácios de Tânia Macedo e de Ana Maria Mão-de-Ferro Martinho. Em 2002, publica o seu segundo volume de poesia com título “À luz alfabetizada das palavras”, em Portugal e Angola com os prefácios de Ana Maria Mão-de-Ferro Martinho e de Luís Kandjimbo, respectivamente. Em 2008, lança o terceiro livro de poesia, pela UEA, intitulado “Vocifuka Colonyañe (O diário da Ilha Garças)”, com o prefácio de Akiz Neto. Em 2010, é publicado o seu primeiro título de contos: “Vimbo ly’Olonjoi (Terra de Sonhos)”.

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