Última
década foi a mais quente já registrada.
No Brasil, a chuva reduziria 20% no leste da Amazônia e no Nordeste.
No Brasil, a chuva reduziria 20% no leste da Amazônia e no Nordeste.
Roberto Paiva São
Paulo, SP
http://g1.globo.com/
Um estudo realizado por cientistas que
trabalham para a ONU faz um alerta: a temperatura na Terra pode aumentar 4,8
graus até 2100. Segundo Michel Jarraud, secretário-geral da Organização
Meteorológica da ONU, a década passada foi a mais quente já registrada. “A
década entre 2001 e 2010 teve o recorde de ser a mais quente de todas,
comprovando a tendência de aquecimento global. Nunca foram quebrados tantos
recordes de temperatura”, ele afirma.
Como consequência do aquecimento, no fim do
século, a extensão de gelo no Ártico pode diminuir até 94% durante os verões.
Além disso, o nível dos oceanos deve subir 82 centímetros.
No Brasil, projeções indicam que um dos
efeitos do aquecimento global seria a redução de 20% de chuva no leste da
Amazônia e no Nordeste. Até o final do ano que vem, serão produzidos mais três
relátorios que, juntamente com esse que está sendo divulgado agora, poderão
servir de base para futuras negociações climáticas entre países de todo mundo.
“A ideia é que os tomadores de decisão assimilem essas decisões científicas,
esses conhecimentos e os utilizem para implementar políticas públicas”, explica
José Marengo, pesquisador do INPE.
Oswaldo Lucon, integrante do IPCC, é um dos
cientistas brasileiros que participam dos estudos. Ele trabalha no relatório
que apontará como diminuir os estragos provocados pelo homem no planeta. “O
estudo mostra que há possibilidades de reduzir essas emissões e, em
consequência, mitigar esses aumentos de temperatura a custos que ainda são
acessiveis. Quanto mais demorar, mais caro vai ficar”, pontua Lucon.
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