Estrelas, como um conjunto, orbitam em certo sentido ao redor do “coração” de sua galáxia. Há vários anos os cientistas observam que existem, aqui e ali, algumas estrelas que orbitavam em sentido contrário ao da maioria, mas nunca houve a certeza do motivo. Na última semana, astrônomos da Universidade de Tenerife (Ilhas Canárias, Espanha) fizeram uma descoberta que parece solucionar esse mistério.
Liderados pelo cientista Kaj Kolja Kleinberg, eles observaram uma galáxia chamada NGC 1700, localizada a cerca de 160 anos-luz do Planeta Terra. Tal galáxia apresentava estas características: continha estrelas que orbitavam no sentido oposto ao das demais. Através dos espectros de luz, notaram que as estrelas próximas ao centro da galáxia são mais jovens do que as periféricas.
Isso os fez reforçar o que já era a teoria dominante, embora não houvesse provas: algumas galáxias “engolem” as outras. Isso explica porque havia estrelas mais jovens que outras na mesma galáxia; as que orbitam em sentido contrário são remanescentes da galáxia que foi engolida pela dominante.
É por esse motivo, como explicam os cientistas, que as estrelas que orbitam na direção “certa” (a periférica, da galáxia dominante) possuem elementos mais pesados: é porque são mais jovens. As antigas possuem atualmente apenas uma fração dos elementos das novas. [New Scientist]
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