sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Terremoto no Haiti ainda confunde os geólogos


A pequena ilha do Haiti, país mais pobre das Américas, foi literalmente sacudida com uma triste novidade abrindo o ano de 2010. No dia 12 de janeiro, um terremoto de 7 graus na famosa Escala Richter, com epicentro a 25 km da capital Porto Príncipe, matou mais de 200 mil pessoas e deixou cerca de 1,5 milhão de desabrigados. Hoje, sete meses depois da catástrofe, cientistas afirmam que o verdadeiro fator responsável pelo terremoto havia sido ignorado.

Assim que houve a catástrofe, os geólogos apontaram que a culpa era da “Falha de Enriquillo-Plantain Garden”, uma falha tectônica entre as Placas do Caribe e a Norte-Americana. Como a falha se localiza bem abaixo de onde foi o epicentro do terremoto, foi imediatamente apontada de forma unânime como a causadora do abalo sísmico.

Falhas tectônicas, basicamente, são rachaduras nas placas rochosas da crosta terrestre. Os terremotos acontecem quando essas rachaduras aumentam devido ao choque das placas. No caso do Haiti, uma falha sofreu uma ruptura adicional de 46 km de extensão. Mas aí está a surpresa: esta falha não foi a de Enriquillo, como se pensava, e sim uma nova.

A situação parece mais complicada do que se previa, afinal a falha de Enriquillo não deixou de existir e continua podendo causar problemas. E a verdadeira culpada foi outra falha, recém-descoberta, que ainda nem foi baizada. Assim, “agora são duas” falhas com potencial para desencadear terremotos.

Desde o terremoto, várias equipes de geocientistas (geólogos, geógrafos, geofísicos, entre outros) estão implantando instrumentos na região para fornecer uma visão detalhada do solo durante a catástrofe. Os investigadores analisaram as leituras do instrumento, estudaram as imagens de satélite, analisaram provas e dados submarinos, até chegar a essa conclusão.

As placas que formam a Crosta Terrestre estão sempre em movimento e constantemente em atrito umas com as outras. Na maioria das vezes, contudo, esse choque acontece de forma imperceptível e lenta, cada placa se movimenta entre 0,4 e quatro centímetros por ano. No caso do terremoto no Haiti, as placas que causaram o terremoto deslizam entre si na direção leste-oeste. Isto dá origem a rupturas horizontais, caso dessa nova falha geológica. Como a Enriquillo também é horizontal, dividiu as opiniões dos geólogos, até hoje, sobre o surgimento do abalo. [msnbc]

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