terça-feira, 31 de julho de 2012

Novo animal “intraterrestre” é descoberto a 2 km de profundidade


O animal terrestre com a moradia mais profunda do mundo foi encontrado a quase 2 quilômetros de profundidade. Apropriadamente, sua casa é Krubera-Voronja, a mais profunda caverna do mundo, cujo ponto mais extremo é 2.191 metros abaixo da abertura da caverna. Ela está localizada próximo ao Mar Negro na Abkhazia, uma república separatista da Geórgia.
O artrópode, conhecido como Plutomurus ortobalaganensis, foi descoberto 1.980 metros abaixo da superfície, onde se alimenta de fungos e outras matérias em decomposição. Três outras novas espécies também foram encontradas na caverna: Anurida stereoodorata, Deuteraphorura kruberaensis e Schaefferia profundissima. Todas as quatro espécies foram classificadas como colêmbolos, um tipo de inseto pequeno primitivo sem asas. Vivendo na escuridão total, as espécies não têm olhos. No entanto, A. stereoodorata compensa isso com uma forma altamente especializada de quimiorreceptores.
Os animais foram descobertos por Ana Sofia Reboleira, da Universidade de Aveiro, Portugal, e Alberto Sendra, do Museu de História Natural de Valência, Espanha. Eles estavam explorando a caverna Krubera-Voronja como parte de uma expedição de 2010.
Antes desta descoberta, colêmbolos foram encontrados apenas a meio quilômetro abaixo do solo. Em 1986, Ongulonychiurus colpus foi encontrado vivendo a 550 metros de profundidade em cavernas espanholas e, no ano passado, Tritomurus veles foi encontrado a 430 metros em cavernas na Croácia. A descoberta de espécies que vivem no subsolo profundo na escuridão total dá novas pistas sobre as condições extremas em que os animais podem sobreviver.[NewScientist]

Bizarra ocorrência natural: chuva radioativa


Em vários novos vídeos do YouTube filmados nos Estados Unidos e no Canadá, contadores radiação Geiger aparecem zumbindo em um ritmo alarmante ao passar pela grama molhada e poças d’água logo após uma chuva recente.
Em Toronto, um homem detectou milhares de partículas de radiação por minuto na área em torno de sua casa. Ele postou: “De onde isso está vindo, eu não sei. Fukushima? Eles estão alterando as nuvens com isótopos radioativos para fazer alterações climáticas? Não tenho ideia, mas isso é ridículo”.
Apesar das especulações feitas pelo canadense, especialistas garantem que não há motivo para alarme. Na verdade, a chuva radioativa presenciada recentemente não é uma nova ameaça ou evidência de um encobrimento pela indústria nuclear, mas apenas um indicativo de quantas partículas naturalmente radioativas existem na atmosfera da Terra.
“O que as pessoas estão detectando é mais provavelmente radioatividade natural que vem em forma de chuva”, disse Ward Whicker, professor da Universidade Estadual de Colorado, EUA. “Fundamentalmente, a maioria das pessoas aprecia muito pouco a magnitude da radiação natural que sempre vive conosco”.
Em particular, há uma grande quantidade de urânio presente no solo e nas rochas. Com uma meia-vida de 4,5 bilhões de anos – o tempo que leva para a metade de uma dada amostra se decompor -, o urânio dentro da Terra progride lentamente através de uma série de manifestações em diferentes isótopos radioativos (variantes de um elemento químico particular, que têm diferentes números de nêutrons), e eventualmente torna-se o gás radônio. Este gás escoa para fora do solo e das rochas, até a atmosfera.
O radônio é de curta duração, com uma meia-vida de menos de quatro dias. Conforme ele decai, transformando-se em menos elementos radioativos, ele emite radiação alfa e beta. A chuva lava estas partículas para o chão. “Então, mesmo se você tiver uma chuva modesta por um curto período de tempo, com um contador Geiger, você pode facilmente medir a radioatividade depositada por ela”, disse Whicker.
Whicker também afirmou que os níveis apresentados na chuva recente não parecem anormais, e não há nenhuma razão para ligá-los a radiação de Fukushima.
E mais: é normal sentir perto de 1 milhão de eventos de absorção de radiação em seu corpo a cada minuto a partir de fontes naturais de radiação, incluindo raios cósmicos vindos do espaço e gás radônio se infiltrando a partir de urânio e tório do interior da Terra. “Esta é a radioatividade natural que sempre esteve presente, desde que a Terra se formou”, disse Whicker.
Mas nem tudo são rosas. Natural ou não, não deixa de ser importante minimizar a exposição ao gás radônio, que tende a ficar preso nos porões de casas mal ventiladas. O gás decai em elementos que ficam presos nos pulmões quando inalado e, ao inundar células com um fluxo constante de radiação, aumenta a chance de desenvolver câncer de pulmão.
A exposição ao gás provoca cerca de 21.000 mortes por câncer de pulmão a cada ano, apenas nos Estados Unidos. Especialistas recomendam testar a quantidade de radônio na sua casa, seja pela procura de um profissional ou através da instalação de um kit de teste de radônio, que pode ser comprado online.[LiveScience]

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Antigas estátuas de leões da Turquia intrigam arqueólogos


Após quase uma década desde o início dos estudos, duas grandes estátuas de leões asiáticos na Turquia ainda despertam a curiosidade de arqueólogos. As obras, sugerem os pesquisadores responsáveis, foram esculpidas entre 1400 e 1200 antes de Cristo (aC) – época em que os leões asiáticos, hoje extintos, ainda habitavam a região. Uma delas está localizada no vilarejo de Karakiz, e a outra em um ponto a nordeste do local.
De acordo com os pesquisadores, essas obras foram criadas por artistas do Império Hitita, que dominou por séculos a grande parte da Anatólia (no extremo oeste da Ásia) até se dividir em várias cidades-estado, em 1180 aC.
Com cerca de 2 metros de comprimento na base e peso somado de quase 5 toneladas, as esculturas de leões sofreram a ação de saqueadores antes das buscas oficiais (iniciadas em 2002, seguidas por estudo de campo que continua até hoje). “Existe uma crença de que monumentos como estes guardam tesouros”, disse o pesquisador Geoffrey Summers, da Universidade Técnica do Oriente Médio (Turquia). Summers acredita que, em uma caça ao tesouro, saqueadores dinamitaram as estátuas.
Em artigo publicado recentemente no American Journal of Archaeology, Summers e Erol Özen (outro pesquisador envolvido nas buscas) discutem os possíveis significados culturais das esculturas. Curiosamente, não foram encontrados vestígios de habitações hititas próximos às obras, o que descarta a hipótese de que elas faziam parte dos portões de uma cidade ou de um palácio.
Por causa do peso, dificilmente poderiam ser transportadas. Assim, sugerem os pesquisadores, a resposta deve estar nas proximidades de onde foram encontradas. “É muito provável que os monumentos estariam associados a uma das muitas fontes próximas do local”, disse Summers. De acordo com outros estudos, o povo hitita era conhecido por atribuir valores sagrados à natureza e em especial à água, que consideravam um elemento purificador.
Mesmo com tantas análises, porém, as estátuas permanecem cercadas de mistério.[Live Science]

domingo, 29 de julho de 2012

CONHEÇA O GOOGLE FIBER, A “INTERNET DE 1GB” DO GOOGLE


O Google acaba de lançar, em Kansas City (EUA), a primeira banda larga com velocidade de 1GB/s, o Google Fiber. O projeto será implantado gradualmente, baseado em pré-inscrições feitas pelos moradores. Além disso, haverá um serviço gratuito de armazenamento online com 1TB (!) de espaço.
O custo de instalação da fibra ótica (300 dólares, cerca de 600 reais) não será cobrado dos primeiros consumidores, que poderão fazer uma assinatura com mensalidade de US$ 70 (cerca de 140 reais).
Não bastasse a conexão de banda (“monstruosamente”) larga, a empresa criou também o Google Fiber TV, serviço de televisão por assinatura que aproveita a fibra ótica para transmitir conteúdo em alta resolução e permite gravar até 500 horas de vídeos em HD. O pacote de internet, TV e armazenamento online sairá por US$ 120/mês (aproximadamente 240 reais).
Levando em conta o histórico do Google, pode ser apenas questão de tempo até que os serviços sejam ofertados em outros países.[Gizmodo]
http://hypescience.com/conheca-o-google-fiber-a-internet-de-1gb-do-google/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29

sábado, 28 de julho de 2012

Montanha-russa Eutanásia: o último passeio da sua vida


Se você andar nessa montanha-russa, será sua condenação à morte. A invenção do engenheiro lituano Julijonas Urbonas, a “Euthanasia Coaster”, nunca foi criada, mas poderia ser realidade.
Por enquanto, só existe um protótipo desse passeio de diversões com a emoção final: a própria morte.
Eutanásia é a prática na qual você pode decidir pelo fim de sua vida (se você for um doente terminal, por exemplo) de maneira controlada e assistida. Sim, se montar nessa montanha-russa, você morre.
E o que poderia ser mais assustador do que isso – um passeio que dura 3 minutos, os dois primeiros dos quais são gastos lentamente subindo uma ladeira muito íngreme. Uma vez no topo, você ainda tem uma chance de fazer a decisão final de sua vida: viver ou morrer.
Se escolher a última opção, você cairá em alta velocidade e, em seguida, viajará através de uma rápida sucessão de loops.
O movimento de rotação cria uma força centrífuga que faz com que todo o sangue corra para longe do cérebro, e oxigênio insuficiente acabaria por levar à morte.
O inventor passou sua infância trabalhando em parques de diversões. Ele diz que seu projeto faz parte de um campo de estudo chamado Estética Gravitacional. A ideia por trás desta montanha-russa é “tirar a vida de uma pessoa humanamente, com elegância e euforia”.
A pessoa seria levada por uma série de experiências únicas que vão da euforia à emoção, visão em túnel e, em seguida, perda de consciência, antes de finalmente sucumbir às garras da morte.
Embora alguns possam considerar essa a melhor forma de ir, organizações antieutanásia dizem que a montanha-russa, se implementada, poderiam ser facilmente abusada. De acordo com Peter Saunders, “pessoas vulneráveis – enfermos, idosos, deficientes ou depressivos – poderiam se sentir sob pressão, seja real ou imaginária, para pedir uma morte precoce”.
Curiosamente, existem maneiras de “hackear” o sistema e “enganar a morte” com essa montanha-russa. Se acontecer de você ser tetraplégico, seu corpo não tem volume nos membros inferiores para acumular sangue, e, portanto, você poderia terminar sobrevivente.
Alternativamente, se você estiver usando um traje antigravidade, a emoção do passeio pode ser experimentada sem a necessidade de ser a última de sua vida. Mesmo assim, acho que não arriscaria. E você?[OddityCentral]