segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O avião sem piloto mais mortal do mundo


X-47B é um avião dos EUA sem nenhum piloto que o controle. O que não impede que ele seja muito perigoso, praticamente um assassino invisível. Parece ter saído do Star Wars, mas o avião é um demonstrador de tecnologia construída pela empresa de aviação Northrop Grumman para a Marinha dos EUA.
O veículo não tripulado tem 18,92 metros de uma asa até a outra, e é capaz de lançar até dois mil quilos de armas a qualquer alvo em até 3.889 quilômetros de distância.
Por comparação, o McDonnell Douglas F/A-18 Hornet, atual avião de caça da Marinha dos EUA, tem 12,3 metros de envergadura. Ele é capaz de transportar mais armas que o X-47B, 6.214 quilos, mas isso diminuiria severamente sua velocidade.
A próxima versão do avião de armamento será o X-47C. Até o final da década, ele poderá ter assustadores 52,4 metros de envergadura. Isso vai torná-lo tão grande como o bombardeiro B-2. Teoricamente, o X-47C será capaz de 4.500 quilos de armamento.
O X-47B causou um tumulto em uma pequena cidade no Kansas, nos EUA, no mês passado, quando moradores o avistaram e se assustaram pensando que seria uma nave alienígena ou algo do tipo. Se você visse um avião desses no céu não se assustaria também? [Gizmodo, Gizmodo]
http://hypescience.com/o-aviao-sem-piloto-mais-mortal-do-mundo/
Hypescience

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Despertar dos Mágicos (75). A NARRATIVA DE RAYMOND AHELLIO


Os discípulos do Cristo, mesmo no jardim de Getsemani, enquanto o seu Mestre rezava pela última vez, dormiam. Isto diz tudo. Mas compreendem-no os homens? Tomam o fato como uma figura de retórica, uma metáfora. Não vêem de forma nenhuma que isto deve ser tomado à letra. E também aqui é fácil compreender porquê.

Louis Pauwels e Jacques Bergier. DIFEL

Ser-lhes-ia necessário despertar um pouco, ou pelo menos tentá-lo. De fato, foi-me várias vezes perguntado por que motivo os Evangelhos nunca falam do sono... Fala-se em todas as páginas. Isto apenas prova que as pessoas lêem os Evangelhos a dormir.
Em regra geral, que é necessário para despertar um homem adormecido? É necessário um bom choque. Mas quando um homem está profundamente adormecido, um único choque não é suficiente. Um longo período de choques incessantes torna-se necessário. Por conseqüência, é preciso alguém para administrar esses choques. Eu já disse que o homem desejoso de despertar deve procurar o auxílio que se encarregará de o sacudir durante muito tempo. Mas quem pode ele procurar, se toda a gente dorme? Ele procura alguém que o desperte, mas esse também adormece em breve. Qual será a sua utilidade? Quanto ao homem realmente capaz de se manter desperto, recusará provavelmente perder o seu tempo a despertar os outros: pode ter trabalhos a fazer muito mais interessantes.
Há também a possibilidade de despertar por processos mecânicos. Pode usar-se um despertador. A desgraça quer que nos habituemos, depressa demais, seja a que despertador for: deixamos de o ouvir, muito simplesmente. São portanto necessários vários despertadores, com campainhas diferentes. O homem deve literalmente rodear¬se de despertadores que o impeçam de dormir. E aqui surgem mais dificuldades. Os despertadores precisam de corda; para lhes dar corda é preciso lembrar-se, para nos lembrarmos é necessário acordar várias vezes.
Mas eis o pior: um homem habitua-se a todos os despertadores e, após um certo tempo, ainda dorme melhor. Por conseqüência, os despertadores devem ser continuamente mudados, é necessário inventar constantemente novos. Com o tempo, isto pode auxiliar um homem a acordar. Ora, há muito poucas probabilidades de que ele faça todo esse trabalho de inventar, dar corda e mudar todos esses despertadores por si próprio, sem auxílio exterior. É muito mais provável que ao começar esse trabalho ele não tarde em adormecer e que, durante o sono, sonhará que inventa despertadores, que lhes dá corda, que os muda - e, como já disse, cada vez dormirá melhor.
Portanto, para despertar é preciso uma conjugação completa de esforços. É indispensável que haja alguém para despertar o adormecido; é indispensável que haja alguém para vigiar aquele que acorda; é necessário ter despertadores, e é igualmente necessário inventar constantemente novos.
Mas para levar a bom termo este empreendimento e obter resultados, devem trabalhar várias pessoas em conjunto. Um homem sozinho nada pode fazer.
Antes de mais nada, precisa de auxílio. Mas um homem sozinho não pode contar com auxílio. Aqueles que são capazes de auxiliar avaliam o seu tempo por um preço muito alto. E naturalmente preferem ajudar, digamos, vinte ou trinta pessoas desejosas de despertar, a uma só. Para mais, como já disse, um homem pode muito bem enganar-se a respeito do seu despertar, tomar como despertar aquilo que não passa de um novo sonho. Se algumas pessoas decidem lutar em conjunto contra o sono, despertar-se-ão mutuamente. Acontecerá muitas vezes que uma vintena de entre elas dormirão, mas a vigésima primeira despertará, e acordará as outras. Dar-se-á o mesmo com os despertadores. Um homem inventará um despertador, um segundo inventará outro, após o que poderão fazer uma troca. Todos juntos podem ser de grande auxílio uns para os outros, e sem esse auxílio mútuo nenhum deles pode conseguir seja o que for.
Portanto um homem que pretende despertar deve procurar outras pessoas que desejem igualmente acordar, a fim de trabalhar com elas. Mas isto é mais facilmente dito que feito, porque o empreendimento de tal trabalho e a sua organização exigem um conhecimento que o homem vulgar não possui. O trabalho deve ser organizado e deve haver um chefe. Sem essas duas condições, o trabalho não pode dar os resultados esperados, e todos os esforços serão vãos. As pessoas poderão torturar-se mas essas torturas não as farão despertar. Parece que para certas pessoas nada é mais difícil de compreender. Por elas próprias e por sua iniciativa podem ser capazes de grandes esforços, mas os seus primeiros sacrifícios devem ser obedecer a outro: nada no mundo as conseguirá persuadir disso. E não querem admitir que todos os seus sacrifícios, neste caso, de nada servem.
O trabalho deve ser organizado. E só o pode ser por um homem que conheça os seus problemas e os seus objetivos, que conheça os seus métodos, tendo ele próprio passado, no seu tempo, por semelhante trabalho organizado.
Estas opiniões de Gurdjieff estão insertas na obra de P. D. Ouspensky: Fragments d'um Enseignement Inconnu. Ed. Stock, Paris, 1950.
OS MEUS PRIMEIROS TEMPOS NA ESCOLA GURDJIEFF
Peguem num relógio, diziam-nos, e olhem para o ponteiro grande tentando manter a consciência de vós próprios e concentrar-se neste pensamento: Eu sou Louis Pauwels e estou aqui neste momento. Tente pensar apenas nisto, siga os movimentos do ponteiro grande mantendo a própria consciência do seu nome, da sua existência e do local onde se encontra.
Ao princípio, isto parecia simples e até um pouco ridículo. Evidentemente que posso manter presente no espírito a idéia de que me chamo Louis Pauwels e de que estou aqui, neste momento a ver deslocar-se muito lentamente o ponteiro grande do meu relógio. Depois apercebo-me de que esta idéia não se mantém muito tempo imóvel em mim, que começa a tomar mil formas e a correr em todos os sentidos, como os objetos que Salvador Dali pintava, transformados em lama movediça. Mas tenho ainda de reconhecer que não me pedem que mantenha viva e fixa uma idéia, mas uma percepção. Não me pedem apenas que pense que existo, mas que saiba, que tenha desse fato um conhecimento absoluto.
Ora eu sinto que isso é possível e que poderia produzir-se em mim, trazendo-me qualquer coisa de novo e importante. Descubro que mil pensamentos ou sombras de pensamentos, mil sensações, imagens e associações de idéias perfeitamente estranhas ao objeto do meu esforço me assaltam sem cessar e me desviam do esforço que faço. Por vezes é o ponteiro que prende toda a minha atenção e, ao olhá-lo, perco¬me de vista. Por vezes é o meu corpo, uma crispação da perna, um pequeno movimento na barriga que me faz deixar a agulha e ao mesmo tempo a minha própria pessoa. Por vezes ainda creio ter feito parar o meu pequeno cinema interior, eliminado o mundo exterior, mas apercebo-me então que acabo de mergulhar numa espécie de sono do qual o ponteiro desapareceu, do qual eu próprio desapareci e durante o qual as imagens continuam a sobrepor-se umas às outras, assim como as sensações, as idéias, como que atrás de um véu, como num sonho que se desbobina por sua conta enquanto eu durmo.
Por vezes, finalmente, por uma fração de segundo, sou eu próprio a olhar esse ponteiro, sou totalmente, completamente. Mas, na mesma fração de segundo, felicito¬me por o ter conseguido; se assim o posso dizer, o meu espírito aplaude, e imediatamente a minha inteligência, apossando-se da vitória para dela se congratular, compromete-a irremediavelmente. Finalmente despeitado mas sobretudo esgotado, fujo à experiência com precipitação, pois parece-me que acabo de viver os minutos mais difíceis da minha existência, que acabo de ser privado de ar até ao limite da resistência. Como aquilo me pareceu longo!
Ora não se passaram mais de dois minutos e, em dois minutos, só tive uma verdadeira percepção de mim próprio durante três ou quatro súbitas e imperceptíveis revelações. Eu devia portanto admitir que nós quase nunca estamos conscientes de nós próprios e que quase nunca temos consciência da dificuldade de ser consciente.
O estado de consciência, diziam-nos, é antes de mais o estado do homem que sabe enfim que não está quase nunca consciente e que, portanto, aprende pouco a pouco quais são os obstáculos que se opõem, nele próprio, aos esforços que faz. À luz daquele pequenino exercício sabem agora que um homem pode ler uma obra, por exemplo, aprovar, aborrecer-se, protestar ou entusiasmar-se, sem ter a mínima consciência do fato, e portanto sem que nada da leitura se dirija verdadeiramente a ele próprio. A sua leitura é um sonho acrescentado aos seus próprios sonhos, um desbobinamento no perpétuo desbobinar do inconsciente. Pois a nossa verdadeira consciência pode estar e está quase sempre - completamente ausente de tudo o que fazemos, pensamos, queremos, imaginamos.
Compreendo então que há muito pouca diferença entre o estado em que estamos durante o sono e aquele em que nos encontramos no estado de vigília vulgar, quando falamos, agitamos, etc. Os nossos sonhos tornaram-se invisíveis, como as estrelas quando o dia nasce, mas continuam presentes e nós continuamos a viver sob a sua influência. Nós apenas adquirimos, após o despertar, uma atitude crítica para com as nossas próprias sensações, pensamentos mais ordenados, ações mais disciplinadas, maior vivacidade de impressão, de sentimentos, de desejos, mas continuamos na não-consciência.
Não se trata do verdadeiro despertar, mas do sono desperto, e é nesse estado de sono desperto que se desenrola toda a nossa vida. Ensinavam-nos que era possível despertarmos completamente, adquirir o estado de consciência de nós próprios. Nesse estado, como o entrevi durante o exercício com o relógio, era-me possível ter, a respeito do funcionamento do meu pensamento, do desenrolar das imagens, idéias e sensações, dos sentimentos e dos desejos, um conhecimento objetivo.
Nesse estado, eu podia tentar e desenvolver um esforço real para examinar, suspender de tempos a tempos e alterar esse desenrolar.
E esse próprio esforço, diziam-me, criava em mim uma certa subsistência. Esse próprio esforço não chegava aqui ou ali. Bastava-lhe ser para que se criasse e acumulasse em mim a própria subsistência do meu ser. Era-me dito que poderia então, possuindo um ser fixo, alcançar a consciência objetiva e ter assim, não apenas de mim próprio, mas dos outros homens, das coisas e do Mundo inteiro, um conhecimento totalmente objetivo, um conhecimento absoluto.
Monsieur Gurdjieff. Ed. du Seuil, Paris, 1954
A NARRATIVA DE RAYMOND AHELLIO
Quando, na atitude natural que é a da totalidade dos seres existentes, vejo uma casa, a minha percepção é espontânea, é essa casa que eu percebo e não a minha própria
percepção. Pelo contrário, na atitude transcendental é a minha própria percepção que é percebida. Mas essa percepção da percepção altera radicalmente o estado primitivo. O estado vivido, ingênuo a princípio, perde a sua espontaneidade precisamente pelo fato de a nova reflexão tornar como objeto o que a princípio era estado, e não objeto, e de, entre os elementos da minha nova percepção, figurarem não apenas os da casa como casa, como ainda os da própria percepção como fluxo vivido.
E o que importa essencialmente nessa alteração é que a visão concomitante que eu tenho, nesse estado birreflexivo, ou antes, reflexo-reflexivo, da casa que foi o meu motivo original, longe de estar perdida, afastada ou embrulhada por essa interposição da minha percepção segunda perante a sua percepção primária, se encontra paradoxalmente intensificada, mais nítida, mais presente, mais carregada de realidade objetiva do que antes. Achamo-nos aqui perante um fato injustificável para a pura análise especulativa: o da transfiguração da coisa como fato de consciência, da sua transformação, como dizemos depois, em sobre-coisa, da sua passagem do estado de ciência ao estado de conhecimento. Este fato é geralmente desconhecido, embora seja o mais impressionante de toda a experimentação fenomenológica real.
Todas as dificuldades com que a fenomenologia vulgar esbarra, como aliás, todas as teorias clássicas do conhecimento, residem no fato de elas considerarem o conjunto consciência-conhecimento (ou mais exatamente consciência-ciência) capaz de esgotar sozinho a totalidade do vivido, quando na realidade seria necessário considerar a tríade conhecimento-consciência-ciência -a única que permite um verdadeiro enraizamento ontológico da fenomenologia. E, decerto, nada pode tornar evidente essa transfiguração, exceto a experiência direta e pessoal do próprio fenomenologista.
Mas ninguém pode pretender ter compreendido a verdadeira fenomenologia transcendental se não tiver praticado essa experiência com êxito e não tiver sido ele próprio iluminado. Mesmo que fosse o dialético mais subtil, o logístico mais hábil, aquele que a não viveu, e que portanto não viu outras coisas sob a aparência das coisas, só pode fazer discursos sobre a fenomenologia, mas não assumir uma atividade realmente fenomenológica. tomemos um exemplo mais preciso. Tão longe quanto as minhas recordações podem ir, sempre soube distinguir as cores, o azul, o vermelho, o amarelo.
A minha vista via-as, tinha a experiência latente. Claro, a minha vista não fazia interrogações a respeito delas, e aliás como poderia fazer interrogações? A sua função é ver, não a de se ver na função de ver, mas o meu próprio cérebro estava como que adormecido, não era de forma nenhuma o olho do olho, mas um simples prolongamento desse órgão. Portanto, eu dizia simplesmente, e quase sem pensar: isto é um belo vermelho, um verde um pouco apagado, um branco brilhante. Um dia, há alguns anos, ao passear pelas vinhas das encostas que dominam o lago Leman e que formam um dos mais belos locais do Mundo, tão belo mesmo e tão vasto que o Eu, à força de ali ser dilatado, se sente dissolvido e, bruscamente, se reapossa de si próprio e se exalta, deu-se um súbito e para mim extraordinário acontecimento. O ocre da encosta abrupta, o azul do lago, o roxo dos montes de Sabóia, e ao fundo as geleiras resplandecentes do Grand-Combin, vira-os eu cem vezes. Soube pela primeira vez que nunca os olhara.
No entanto vivia há três meses. E, claro, desde o primeiro instante, aquela paisagem deslumbrara-me, mas o que em mim lhe respondia não era mais que uma exaltação confusa. Claro, o Eu do filósofo é mais forte que todas as paisagens. O sentimento angustiante de beleza não passa de um assenhoreamento pelo Eu, que se fortifica, da distância infinita que dela nos separa. Mas naquele dia, bruscamente, soube que eu próprio criava aquela paisagem, que ela nada era sem mim: Sou eu que te vejo, e que me vejo a ver-te, e que, ao ver-me, te faço.
Este verdadeiro grito interior é o grito do demiurgo quando da sua criação do mundo. Não é apenas a suspensão de um antigo mundo, mas a projeção de um novo. E nesse momento, de fato, o mundo foi recriado. Nunca eu vira semelhantes cores. Eram cem vezes mais intensas, mais matizadas, mais vivas. Senti que acabava de adquirir o sentido das cores, que interpretava as cores, que nunca até ali vira realmente um quadro ou penetrara no universo da pintura. Mas soube igualmente que, por esse chamamento da minha consciência, por essa percepção da minha percepção, conseguira a chave desse mundo da transfiguração que não é outro mundo misterioso, mas o verdadeiro mundo, aquele de que a natureza nos conserva exilados. Nada de comum, evidentemente, com a atenção. A transfiguração é completa, a atenção não. A transfiguração conhece-se na sua suficiência certa, a atenção tende para uma suficiência eventual. Não se pode dizer, evidentemente, que a atenção seja vazia. Pelo contrário, é não-vazia. Mas o não-vazio não é a plenitude. Quando regressei à aldeia, nesse dia, as pessoas com que me cruzava estavam na sua maior parte atentas ao trabalho: no entanto todas me pareceram sonâmbulas.
Raymond Abellio: Cahiers du Cercle d'Études Métaphysiques. (Publicação interior - 1954).
O ADMIRÁVEL TEXTO DE GUSTAV MEYRINCK
A chave que nos tornará mestres da natureza interior ficou enferrujada desde o dilúvio. Ela chama-se: velar. Velar é tudo.
O homem está firmemente convencido de que vela; mas na realidade, é apanhado numa rede de sono e de sonho que ele próprio teceu. Quanto mais apertada é essa rede, mais poderosamente reina o sono, Aqueles que estão presos nas suas malhas são os adormecidos que caminham através da vida como rebanhos de animais levados para o matadouro, indiferentes e sem pensamentos.
Imagem: O CAMINHANTE. Ter, 24 de Novembro de 2009 18:26; Escrito por RODOLFO ANTONIO ...
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Misterioso avião robótico está no espaço há 10 meses


Em março do ano passado, a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, na sigla em inglês) lançou um avião robótico, não tripulado, para circular a órbita terrestre em uma missão de 270 dias. Ou seja, ele deveria ter voltado ao solo no início de dezembro. Janeiro já está encerrando, no entanto, e o Boeing X-37 continua no ar. Mas por que esse prazo se prolongou?
A tarefa do avião X-37 B é testar a eficácia de materiais reutilizáveis no espaço, para futuras empreitadas da NASA. Como se trata de testes materiais, os especialistas afirmam que ele deve ficar mais tempo em órbita justamente para se submeter a testes de resistência e durabilidade.
Além do material em si, novas tecnologias de operação de máquinas espaciais não tripuladas estão sendo postas à prova. Em outras palavras, os cientistas querem ver até que ponto os componentes do avião aguentam em funcionamento. Como se trata de um projeto das forças armadas, há quem diga que o projeto tenha secretamente ambições bélicas, mas isso não é confirmado pelos americanos. O fato é que o avião segue operando.
Dessa maneira, a data de retorno do X-37 B à superfície terrestre continua sendo uma incógnita. Nem mesmo os desenvolvedores do projeto podem precisar, atualmente, um prazo para o encerramento das atividades do avião. [MSN]
http://hypescience.com/misterioso-aviao-robotico-esta-no-espaco-ha-10-meses/
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A Estrela de Belém foi uma estrela, um cometa ou um milagre?


Muitos fatores complicam a versão sobre a Estrela de Belém, incluindo a incerteza da data exata do nascimento de Cristo e a terminologia usada para descrever eventos astrológicos há cerca de 20 séculos.
Por exemplo, qualquer objeto que atraísse atenção suficiente era chamado de “estrela”. Meteoros eram “estrelas cadentes”; cometas eram “estrelas ‘cabeludas’” e os planetas eram “estrelas caminhantes”.
A Bíblia nos oferece algumas referências históricas, como o Rei Herodes. Estudos modernos sugerem que ele morreu entre os anos quatro e um antes de Cristo, pelo nosso calendário presente. Conta-se que os Magos visitaram o rei pouco antes de ele morrer, e o nascimento de Cristo e o aparecimento da famosa estrela aconteceram logo depois disso.
E é muito difícil que Jesus tenha nascido no fim de dezembro. Uma passagem bíblica, de São Lucas, diz: “Naquela região havia pastores que estavam passando a noite nos campos, tomando conta dos rebanhos de ovelhas”. Isso indica que era primavera, época em que os pastores da Judeia cuidavam dos novos animais.
Em tempos antigos, 25 de dezembro era a data do famoso festival romano de Saturnália. Presentes eram trocados; casas, ruas e prédios decorados; pessoas iam para casa e todos ficavam em clima de festa.
Já foi dito que os primeiros cristãos escolheram a época desse festival para evitar atenção e escapar das perseguições. Quando o imperador romano Constantino adotou oficialmente o Cristianismo, no século quatro, a data do Natal permaneceu no dia 25.
E é quase certeza que o nascimento de Cristo não aconteceu há 2011 anos. Nossa atual cronologia, com anos a.C e d.C, foi adotada pelo abade romano Dionysius Exiguus em 523 d.C. Infelizmente, ele fez dois erros grandes nos cálculos.
O primeiro foi colocar o ano “um” depois de Cristo imediatamente depois do ano “um” antes de Cristo, esquecendo completamente do zero. Na época, o “zero” não era considerado um número. Então, o ano três, por exemplo, matematicamente falando é o dois.
O segundo foi aceitar a declaração de Clemente de Alexandria de que Jesus nasceu no ano 28 do reinado do imperador romano César Augusto. Mas Dionysius não levou em conta que durante os quatro primeiros anos desse reinado, o imperador era conhecido pelo seu nome original, Otaviano, até que o senado o proclamasse “Augusto”.
Então apenas aqui já temos um erro de quatro anos, mas agora nossa cronologia está muito avançada para ser modificada.
Para os anos do aparecimento da Estrela, muitos astrônomos e estudiosos da Bíblia acreditam que deve ter ocorrido entre os anos sete e dois a.C. Então esse é o período que devemos explorar para determinar se algo estranho aconteceu no céu.
O que foi a Estrela?
Pelo menos quatro teorias já foram divulgadas, de um ponto de vista astronômico.
A primeira diz que a Estrela foi um incomum meteoro de fogo avistado no horizonte. Mas como sabemos, um objeto como esse passa pelo céu em uma questão de segundo – muito pouco para guiar os Magos até a cidade de Belém. Então podemos deixar essa para trás.
Não tão simples assim é a possibilidade de que a Estrela era um cometa brilhante. Objetos como esse ficam visíveis a olho nu por semanas, a partir do anoitecer.
O famoso cometa Halley, que passou pela última vez no começo de 1986, ficou brilhando no céu entre agosto e setembro do ano 11 a.C. Mas muitas autoridades não concordam com essa teoria, devido às falhas de tempo. E parece estranho que outro cometa com tamanha duração tenha passado despercebido.
Além disso, comentas eram vistos como presságios ruins, indicando fome e enchentes, assim como a morte – não o nascimento – dos reis e monarcas. Os romanos, para marcar a morte do General Agrippa, por exemplo, usaram a aparição do cometa Halley como marco. Com esse ponto de visão, a aparição de um cometa não seria um aviso do nascimento de um novo rei.
Talvez a reposta mais simples seja uma nova, ou supernova. As primeiras são estrelas que aumentam muito seu brilho por um período curto de tempo, e acontecem mais frequentemente. Já as supernovas, mais raras, são as famosas explosões estelares.
Esse tipo pode ser avistado mesmo durante o dia. Em nossa galáxia, no último milênio, quatro supernovas brilhantes ocorreram: em 1006, 1054, 1572 e 1604.
Apesar de essa ser a explicação mais satisfatória para a Estrela de Belém, há um grande problema: de que não há nenhum registo de uma nova brilhante durante o período apontado para a viagem dos Reis Magos. Apenas um registro aparece para uma nova, no ano 5 a.C. Mas os chineses, que a notaram, não afirmam ter sido um grande evento, com muito brilho.
Peregrinações planetárias?

A última possibilidade é de outros planetas visíveis a olho nu. É pouco provável que os Magos tenham confundido um ou mais planetas familiares com uma estrela. Entretanto, algumas conjunções às vezes acontecem.
Talvez um agrupamento de dois ou três planetas tenha criado uma figura geométrica atraente, entre os anos sete e dois a.C. Vale dizer que tal evento seria bem raro.
Um evento parecido que temos conhecimento é o agrupamento de Marte, Júpiter e Saturno, na constelação de Peixes, no ano seis a.C.
Outra explicação possível para a Estrela de Belém é a conjunção tripla de Júpiter e Saturno, entre maio e dezembro no ano sete a.C.
Não há dúvida da visibilidade desses eventos, geralmente opostos ao sol durante a noite. Com certeza os Magos teriam notado que os planetas são se separaram muito durante as três conjunções. De fato, por oito meses consecutivos – o tempo estimado para uma viagem de 800 quilômetros entre a Babilônia e a Judeia – Júpiter e Saturno ficaram com três graus de separação, entre o fim de abril do ano sete a.C. e começo de janeiro do ano seis.
Mas talvez nenhum agrupamento planetário se iguale ao dos dois planetas mais brilhantes, Vênus e Júpiter. E se levarmos em conta o único comentário sobre a Estrela, em São Mateus, a aparência era de duas estrelas.
Talvez o sinal dos Magos veio da constelação de Leão.
Para os antigos israelitas, essa constelação era considerada significativa e sagrada. Uma conjunção muito próxima entre Vênus e Júpiter teria sido visível no céu do Oriente Médio em 12 de agosto do ano três a.C.
E esse evento teria sido avistado tanto no leste, pelos persas, quanto no oeste, explicando a frase ambígua de São Mateus.
Vênus acabou sumindo com o sol, mas Júpiter e Leão continuaram no céu noturno durante dez meses. Nesse tempo, outras conjunções planetárias ocorreram, todas de grande importância para a época.
Durante algum tempo, na primavera do ano dois a.C., os Magos tiveram sua audiência com o Rei Herodes, que os questionou sobre o que haviam visto. É claro que nem ele nem seus conselheiros viram algo, já que ela apareceu entre quatro e cinco da manhã, hora em que estavam dormindo. Assim, o Rei enviou os Magos em sua busca por Cristo.
Então, durante o mês de julho do ano dois a.C., Vênus retornou para a mesma região do céu, com ainda mais brilho. Os Magos com certeza perceberam isso, e no dia 17, Júpiter e Vênus pareceram ainda mais juntos do que em agosto passado.
A astronomia pode nos dizer se essas conjunções ocorreram. Mas se alguém as observou, e se os Magos realmente fizeram sua jornada, já é outra questão.
Uma ocorrência sobrenatural?
E finalmente, a Estrela de Belém foi um milagre?
Hubert J. Bernhard, que por muitos anos foi professor no Planetário Morrison, em São Francisco, EUA, fez uma série de quatro álbuns em 1967 para educar e popularizar a astronomia. Eles receberam o nome de “Série de Aulas do Planetário”, e um dos tópicos falava sobre a famosa Estrela. No final desse trecho, Bernhard dizia o seguinte:
“Se você aceita a história contada na Bíblia como verdade literal, então a Estrela do Natal talvez não tenha sido uma aparição natural. Seu movimento pelo céu e habilidade de se manter e marcar um local indica que não foi um fenômeno natural, mas um sinal sobrenatural. Algo que a ciência nunca vai conseguir explicar”.
De fato, esse é um mistério que a ciência moderna nunca conseguiu desvendar. A astronomia já nos levou o mais longe possível. A decisão final é sua. No que você acredita? [MSN]
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Roedor pesaria cerca de dez quilos, sendo maior do que um gato.


‘Na minha vida nunca vi um rato tão enorme’, disse Augustine Ugalo.
Um rato capturado no ano passado em uma casa em Harare, no Zimbábue, deixou os moradores apavorados com seu tamanho. O roedor pesaria cerca de dez quilos, sendo maior do que um gato, segundo o site de notícias local “Bulawayo 24″.
Rato pesaria cerca de 10 quilos. (Foto: Reprodução)
Augustine Ugalo contou que o rato foi flagrado correndo dentro da casa e chegou a atacar uma das pessoas que tentavam capturá-lo. “Na minha vida nunca vi um rato tão enorme. Ele não tinha medo de seres humanos”, destacou Ugalo.
Segundo ele, a caçada para tentar matar o “rato monstro” demorou mais 30 minutos.
FIMDOSTEMPOS.NET

O Despertar dos Mágicos (74). O espírito humano em ação utiliza uma máquina complexa,


O que nós pensamos, pelo contrário, é que Cayce, Ramanujão, Boscovitch são espíritos que se mantiveram entre nós (e para onde iriam?), mas que funcionaram a uma velocidade extraordinária. Não é uma questão de diferença de nível, mas de velocidade. Outro tanto diremos dos espíritos místicos mais elevados. Os milagres estão na aceleração, tanto na física nuclear como na psicologia. É a partir dessa noção que é necessário estudar o terceiro estado de consciência, ou estado de vigília, segundo supomos.

Louis Pauwels e Jacques Bergier. DIFEL

No entanto, se esse estado de vigília é possível, e se não é um dom vindo do céu, uma espécie de graça de Deus, mas está contido no equipamento do cérebro e do corpo, esse equipamento, uma vez posto em serviço, não poderá também modificar em nós outras coisas além da inteligência? Se o estado de vigília é uma propriedade de qualquer sistema nervoso superior, essa ativação deveria poder reagir em todo o corpo, dando-lhe estranhos poderes. Todas as tradições ligam ao estado de vigília a existência de poderes anormais: a imortalidade, a levitação, a ação à distância sobre os objetos, etc. Mas não serão esses poderes apenas imagens do que o espírito pode, quando mudou de estado no domínio do conhecimento? Ou serão realidades? Talvez tenha havido alguns possíveis casos de levitação.
Também não temos no que respeita a imortalidade, devidamente esclarecido o caso Fulcanelli. É tudo o que podemos dizer com honestidade sobre o assunto. Não temos em nosso poder nenhuma prova experimental. Ousaremos confessar, por fim, que o caso só vagamente nos interessa. Não é o esquisito que nos chama a atenção, mas o fantástico. Essa questão dos poderes paranormais, aliás, mereceria ser abordada de uma forma muito diferente. Não do ponto de vista da lógica cartesiana (que Descartes, se hoje fosse vivo, seria o primeiro a repudiar), mas do ponto de vista da ciência aberta de agora. Olhemos as coisas com o olhar de um ser vindo do exterior que desembarcasse no nosso planeta: a levitação existe, a visão à distância existe, o homem tem o dom da ubiqüidade, o homem apossou-se da energia universal. O avião, o radiotelescópio, a televisão e a pilha atômica existem. Não são produtos naturais: são criações do espírito humano. Esta observação pode parecer pueril: mas é vivificante. O que é pueril é atribuir tudo ao homem sozinho. O homem isolado não tem o dom da ubiquidade, não levita, não possui a visão à distância, etc. De fato, é a sociedade humana, e não o indivíduo, que possui esses poderes. Mas a noção de indivíduo talvez seja uma noção pueril, e a tradição, com as suas lendas, talvez se exprimisse em nome do conjunto humano, em nome do fenômeno humano...
O senhor está a brincar! Está a falar-nos de máquinas! Eis o que dirão em conjunto os racionalistas que se apóiam em Descartes e os ocultistas que se apóiam na tradição. Mas a que se dá o nome de máquinas? Eis aqui uma questão que merece ser analisada de mais perto.
Algumas linhas traçadas a tinta sobre um pergaminho serão uma máquina? Ora a técnica dos circuitos impressos, que a eletrônica moderna emprega vulgarmente, permite realizar um receptor de ondas composto por linhas traçadas com duas tintas que contêm uma grafite, outra cobre.
Uma pedra preciosa será uma máquina? Não, responde o coro. Ora a estrutura cristalina de uma pedra preciosa é uma máquina complexa e utiliza-se o diamante como detector de radiações atômicas. Os cristais artificiais, ou transistores, substituem simultaneamente as lâmpadas eletrônicas, os transformadores, as máquinas giratórias elétricas do tipo comutadoras a elevação de voltagem, etc.
O espírito humano, nessas criações técnicas mais subtis e mais eficazes, emprega processos cada vez mais simples. O senhor está a jogar com as palavras, exclama o ocultista. Eu estou a falar das manifestações do espírito humano sem qualquer espécie de intermediário.
É ele que joga com as palavras.
Ninguém jamais registrou uma manifestação do espírito humano que não utilizasse qualquer máquina. Essa idéia do espírito em si é uma perniciosa fantasmagoria. O espírito humano em ação utiliza uma máquina complexa, elaborada em três bilhões de anos de evolução: o corpo humano. E esse corpo nunca está só, não existe só: está ligado à Terra e ao cosmos inteiro por mil laços materiais e energéticos.
Não sabemos tudo a respeito do corpo. Não sabemos tudo das suas relações com o Universo. Ninguém poderia dizer quais são os limites da máquina humana, e de que forma a poderia empregar um espírito que a utilizasse no máximo das suas possibilidades. Não sabemos tudo a respeito das forças em circulação nas profundezas de nós próprios e em redor de nós, na Terra, em redor da Terra, na vastidão do cosmos. Ninguém sabe quais são as forças naturais simples, ainda não suspeitadas e no entanto ao alcance da mão, que um homem dotado de uma consciência desperta e de uma apreensão da natureza mais direta que a da nossa inteligência linear poderia utilizar.
Forças naturais simples. Vejamos ainda as coisas com o olhar bárbaro e lúcido do estrangeiro do exterior: nada é mais simples, mais fácil de realizar do que um transformador elétrico. Os egípcios da mais remota antiguidade poderiam muito bem tê¬los construído, se tivessem conhecido a teoria eletromagnética.
Nada mais fácil do que a libertação da energia atômica. Basta um sal de urânio puro na água pesada, e pode obter-se água pesada tornando a destilar durante vinte e cinco ou cem anos a água vulgar. A máquina de predizer as marés de lorde Kelvin (1893), de onde partiram os nossos computadores analógicos e toda a nossa cibernética, era composta por roldanas e pedaços de guita. Os Sumerianos poderiam tê-la construído.
Esta é uma forma de ver que dá novas dimensões ao problema das civilizações desaparecidas. Se existiram, no passado, homens que atingiram o estado de vigília, e se aplicaram os seus poderes não só na religião, na filosofia ou na mística, como também no conhecimento objetivo e na técnica, é perfeitamente natural, racional, razoável admitir que eles puderam fazer milagres, mesmo com a mais simples aparelhagem. (Se a maior parte dos arqueólogos concordam em negar totalmente a existência no passado de civilizações avançadas que dispusessem de meios materiais poderosos, a possibilidade da existência, em qualquer época da humanidade, de uma pequena percentagem de seres despertos, utilizando as forças naturais com os meios ao alcance, não pode de forma alguma ser desmentida).
Nós pensamos mesmo que um exame metódico dos dados arqueológicos e históricos confirmariam esta hipótese. Como teria esse despertar começado? Evidentemente que se pode invocar intervenções do Além. Pode-se igualmente imaginar uma interpretação puramente materialista, racionalista. Era uma interpretação assim que nós queríamos propor. A física dos raios cósmicos descobriu há vários anos aquilo que ela chama acontecimentos extraordinários.
Chama-se acontecimento em física cósmica à colisão entre uma partícula vinda do espaço e a nossa matéria.
Em 1957, como o assinalamos no nosso estudo sobre alquimia foi detectada uma partícula excepcional, de uma energia fantástica Cenergia atingindo l00's elétrons-volts,
enquanto a fissão do urânio só produz 2 x 105). Admitamos que uma vez apenas, depois do surgimento da humanidade, uma tal partícula tenha atingido um cérebro humano. Quem sabe se as enormes energias exaladas não poderiam produzir uma ativação e se o primeiro homem desperto não nasceu assim. Esse homem desperto teria podido descobrir, teria podido aplicar técnicas para transmitir o despertar. Sob diversas formas essa técnica ter-se-ia prolongado até à nossa época e a Grande Obra dos Alquimistas, a Iniciação talvez fossem mais do que uma lenda.
A nossa hipótese não é evidentemente mais do que uma hipótese. Não parece ser verificável experimentalmente, pois nem sequer se pode conceber um acelerador artificial produzindo tão formidáveis, tão fantásticas energias. Tudo o que podemos dizer é que o grande sábio inglês sir James Jeans escrevera: K foi talvez a radiação cósmica que fez o homem do macaco esta citação provém do seu livro: O numeroso Universo, Hermann ed., 1929. Limitamo-nos a retomar essas idéias, com dados modernos que sir James Jeans ignorava e que nos permitem escrever: Talvez tenham sido acontecimentos cósmicos excepcionais, de energias fantásticas, que fizeram do homem o super-homem.
Um homem, sábio, segundo nos conta Jorge Luís Borges, consagrara toda a sua vida à investigação, entre os inúmeros signos da natureza, do inefável nome de Deus, o número do grande segredo. De infortúnio em infortúnio, ei-lo preso pela polícia de um príncipe, e condenado a ser devorado por uma pantera. Atiram-no para dentro de uma jaula. Do outro lado da barreira, que será erguida dentro de instantes, a fera prepara-se para o festim. O nosso sábio contempla o animal e eis que, analisando as manchas do pêlo, descobre através do ritmo das formas o número, o nome que tanto e em tantos lugares procurara. Sabe então por que motivo vai morrer, e que morrerá sabendo-o que não é morrer.
O Universo devora-nos, ou então revela-nos o seu segredo segundo sabemos ou não contemplá-lo. É grandemente provável que as leis mais subtis e mais profundas da vida e do destino de tudo o que está criado estejam claramente inscritas no mundo material que nos cerca, que Deus tenha deixado a sua escrita sobre as coisas, como para o nosso sábio no pêlo da pantera, e bastaria talvez um certo olhar. . . O homem desperto seria o homem desse olhar.
ALGUNS DOCUMENTOS SOBRE O ESTADO DE VIGÍLIA
Uma antologia a fazer. - As opiniões de Gurdjieff - A minha passagem pela escola de vigília. - Uma história de Raymond Abellio. - Um texto admirável de Gustav Meyrinck, gênio ignorado.
Se existe um estado de vigília, falta edificar um andar no edifício da psicologia moderna. Eis, no entanto, quatro documentos que fazem parte da nossa época. Não os escolhemos, por nos faltar o tempo para uma verdadeira escolha. Falta elaborar uma antologia dos testemunhos e estudos modernos sobre o estado de vigília. Seria muito útil. Estabeleceria comunicações com a tradição. Mostraria a permanência do essencial no nosso século. Esclareceria certos caminhos do futuro. Os literatos encontrariam ali uma chave, os investigadores de ciências humanas sentir-se-iam estimulados, os sábios veriam nisso o fio que corre através de todas as grandes aventuras do espírito, e sentir-se-iam menos isolados. Bem entendido, ao reunir estes documentos que estão ao alcance das nossas mãos, as nossas pretensões são mais modestas. Queremos apenas fornecer breves indicações sobre uma psicologia possível do estado de vigília nas suas formas elementares.
Encontrar-se-á portanto neste capítulo:
1º - Excertos das opiniões do chefe de escola Georges Ivanovitch Gurdjieff, recolhidas pelo filósofo Ouspensky;
2º - O meu próprio testemunho sobre as tentativas que fiz para me colocar sobre a via do estado de vigília sob a indicação dos instrutores da escola Gurdjieff;
3º - A história narrada pelo romancista e filósofo Raymond Abellio a respeito de uma experiência pessoal;
4º - O mais admirável texto, para nós, de toda a literatura moderna sobre esse estado. Esse texto é extraído de um romance desconhecido do poeta e filósofo alemão Gustav Meyrinck, cuja obra, não traduzida à exceção do Visage Vert e Le Golenm, atinge os cumes da intuição mística.
AS OPINIÕES DE GURDJIEFF
Para compreender a diferença entre os estados de consciência é necessário voltar ao primeiro, que é o sono. É um estado de consciência inteiramente subjetivos. O homem mergulha nos seus sonhos - pouco importa que deles conserve ou não a recordação. Mesmo se algumas impressões reais atingem o homem adormecido, tais como sons, vozes, calor, frio, sensações do seu próprio corpo, elas só despertam nele imagensfantásticas. Depois o homem acorda. À primeira vista é um estado de consciência completamente diferente. Ele pode mover-se, falar com outras pessoas, fazer projetos, ver perigos, evitá-los, etc. Parece razoável pensar que se encontra numa situação melhor do que enquanto dorme. Mas se nós vemos as coisas um pouco mais a fundo, se lançarmos um olhar ao seu mundo interior, aos seus pensamentos, às causas das suas ações, compreendermos que está quase no mesmo estado que quando dorme.
É mesmo talvez pior, porque no sono está passivo, o que quer dizer que nada pode fazer. Pelo contrário, no estado de vigília pode agir sem interrupção e os resultados das suas ações repercutir-se-ão nele e naquilo que o rodeia. E no entanto não se recordade si próprio. É uma máquina, tudo lhe acontece. Não pode fazer parar a vaga dos seus pensamentos, não pode controlar a imaginação, as suas emoções, a sua atenção. Vive num mundo subjetivo de eu gosto, não gosto, isto agrada-me, aquilo não me agrada, desejo, não desejo, quer dizer, um mundo feito daquilo de que julga gostar ou não gostar, desejar ou não desejar. Não vê o mundo real. O mundo real está-lhe vedado pelo muro da própria imaginação.
Ele vive no sono. E aquilo a que chama a sua consciência lúcida não é mais que sono - e um sono muito mais perigoso que o seu sono da noite, na cama. Consideremos qualquer acontecimento da vida da humanidade. Por exemplo, a guerra. há guerra neste momento. O que quer isto dizer? Isto significa que vários milhares de adormecidos se esforçam por destruir vários milhares de outros adormecidos. Recusar¬se-iam a isso, evidentemente, se despertassem. Tudo o que atualmente se passa é devido a esse sono.
Estes dois estados de consciência, sono e estado de vigília vulgar, são tão subjetivos um como o outro. Só quando começa a recordar-se de si próprio é que o homem pode na verdade despertar. Em seu redor toda a vida adquire então um aspecto e um sentido diferentes. Vê-a como uma vida de pessoas adormecidas, uma vida de sono. Tudo o que as pessoas dizem, tudo o que fazem, dizem-no e fazem-no durante o sono. Nada disso portanto, pode ter qualquer valor. Apenas o despertar e o que leva ao despertar pode ter um real valor.
Quantas vezes já me perguntaram se não seria possível fazer parar as guerras? Evidentemente que seria possível. Bastaria que as pessoas despertassem. Isso parece bem fácil. No entanto nada seria mais difícil, porque o sono é trazido e mantido por toda a vida ambiente, por todas as condições do ambiente.
Como despertar? Como escapar a esse sono? Estas perguntas são as mais importantes, as perguntas vitais que um homem deve pôr a si próprio. Mas, antes de as pôr, deverá convencer-se da veracidade do seu sono. E só lhe será possível convencer-se tentando despertar. Quando tiver compreendido que não se recorda de si próprio e que a lembrança de si próprio significa até certo ponto um despertar; quando tiver visto por experiência quanto é difícil recordar-se de si próprio, então ele compreenderá que para despertar não é suficiente desejá-lo.
Mais rigorosamente, diremos que um homem não pode despertar por si próprio. Mas se vinte homens combinarem que o primeiro entre eles a acordar acordará os outros, já têm uma probabilidade. No entanto, isso também é insuficiente, porque esses vinte homens podem adormecer ao mesmo tempo, e sonhar que despertam. Não é portantosuficiente. É necessário mais ainda.
Esses vinte homens devem ser vigiados por um homem que não esteja adormecido ou que não adormeça tão facilmente como outros, ou que vá dormir conscientemente quando seja possível quando disso não resulte qualquer mal nem para ele nem para os outros. Devem procurar um homem desses e contratá-lo para que os desperte e lhes não permita tornar a cair no sono. Sem isso é impossível despertar. É isso que importa compreender.
É possível pensar durante um milhar de anos, é possível escrever bibliotecas inteiras, inventar teorias aos milhões e tudo isso durante o sono, sem qualquer possibilidade de despertar.
Pelo contrário, essas teorias e esses livros escritos ou fabricados por adormecidos terão simplesmente como resultado arrastar outros homens para o sono e assim indefinidamente.
Não há nada de novo na idéia do sono. Quase desde a criação do mundo, foi dito aos homens que eles estavam adormecidos, e que deveriam despertar. Quantas vezes lemos, por exemplo, nos Evangelhos: Despertai, velai, não fiqueis a dormir!
Imagem: Gustav Meyrinck. O Transtorno Obsessivo-Compulsivo constitui hoje um dos ...
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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A cidade engolida por lama vulcânica



Existem desastres naturais mais conhecidos, mas poucos são tão horríveis quanto o fenômeno da suspensão de lama e detritos rochosos descendo uma montanha e engolindo tudo em seu caminho.
Tais fenômenos, conhecidos como lahars (palavra em javanês, uma das línguas da Indonésia), são frequentemente provocados pelos fluxos de lava ou fluxos piroclásticos de vulcões em erupção. Eles geralmente fazem seu caminho por vales fluviais.
Em maio de 2008, um lahar varreu a cidade chilena de Chaitén (população de 4.200), destruindo grande parte dela, e fazendo com que as margens do rio Blanco transbordassem, inundando o que restou.
Os lahars têm a consistência e a densidade de concreto molhado. Grandes lahars, com centenas de metros de largura e dezenas de metros de profundidade, podem fluir várias dezenas de metros por segundo – rápidos demais para as pessoas fugirem.
Além disso, lahars não se contentam em simplesmente devorar tudo em seu caminho; quando eles finalmente param, se tornam sólidos – mais uma vez, muito parecidos com concreto.
A hoje enterrada Chaitén era tanto o nome da cidade quanto o nome de uma caldeira a oeste do vulcão Michinmahuida. Antes de sua recente erupção destrutiva, a caldeira de 1.122 metros de altura estava cheia de obsidiana cinza de uma erupção de milhares de anos antes.
Curiosamente, aquela obsidiana foi usada para fazer artefatos pré-colombianos encontrados centenas de quilômetros de distância. O vulcão provedor rapidamente se transformou em destruidor.
Antes de 2 maio de 2008, quando explodiu, a caldeira tinha ficado quieta por cerca de 7.420 anos. No entanto, a pressão, evidentemente, se construiu ali ao longo dos milênios.
Em 6 de maio, poucos dias depois da primeira rajada de atividade vulcânica, um fluxo piroclástico foi emitido da caldeira. Enquanto isso, uma coluna de 30.000 metros de cinzas vulcânicas quentes se ergueu para o céu. A maior parte da população de Chaitén foi evacuada.
Em 12 de maio de 2008, o lahar desencadeado pela erupção começou a engolir a cidade, inundando-a e depositando lama de cinzas a uma profundidade de um metro ou mais. O rio foi completamente tomado e a cidade ficou presa sob o “concreto”.
O governo chileno havia planejado reconstruir a cidade 10 quilômetros ao norte de onde estava, mas a proposta logo se tornou uma batata quente política. Quem estava disposto a arriscar a ira de um outro lahar devastador?
Algumas pessoas ainda esperam uma reconstrução, mas uma coisa é fato: a cidade nunca mais será a mesma. O que será de Chaitén, é um capítulo ainda a ser escrito. [EnvironmentalGraffiti]
http://hypescience.com/chaiten-a-cidade-engolida-por-uma-lama-vulcanica/
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A mulher que viajou o mundo para conhecer todos os seus amigos do Facebook


Essa é a história de ArLynn Presser, uma escritora americana de 51 anos que vive em Winnetka, Illinois.
O costume de ArLynn é ficar em casa. Foi isso que ela fez durante a maior parte de sua vida adulta.
Por ter agorafobia – medo de lugares lotados ou espaços públicos fechados -, ela certamente não se aventurou para fora de sua cidade natal. Sua carreira lhe assegurou que ela pudesse trabalhar em casa e garantiu que precisasse sair pouco.
Como a maioria dos introvertidos, ArLynn mal sai de casa, mas interage com outras pessoas através da internet.
Online, ela tem 325 amigos com quem conversa pela rede social Facebook. No ano passado, sua vida passou por uma grande reviravolta: em 31 de dezembro de 2010, ela fez uma resolução de conhecer todos os seus 325 amigos do Facebook em pessoa, em 2011.
Ela escreveu um post em seu blog sobre a resolução e, em seguida, começou a planejar a realização de seu objetivo. Ela chamou seu projeto de “Face to Facebook” (algo como “De cara com o Facebook”).
Para uma pessoa que tinha pavor de voar, esta foi certamente uma tarefa assustadora. No final, ela fez um ótimo trabalho, viajando para mais de 13 países em mais de 39 voos.
Até o final de 2011, ela havia conhecido 292 amigos, cerca de 90% do que ela tinha se proposto. Numa dessa, ArLynn conheceu Taiwan, Coreia, Filipinas, Dubai, Itália, Malásia, Irlanda, Inglaterra, Alemanha e outros quatro países.
Das 325 pessoas que ela havia decidido conhecer, alguns eram velhos amigos de colégio e da faculdade. Alguns não estavam interessados em sua ideia de “se conhecer”, e a bloquearam ou excluíram do Facebook. 18 pessoas ignoraram seus repetidos pedidos para se encontrar. Dois eram perfis de animais de estimação, e cinco pessoas haviam morrido.
A missão foi importante para ArLynn. Era algo que ela tinha de fazer, uma mudança drástica em sua vida. “Percebi que, com meus filhos fora, eu estava ficando muito mais tempo sozinha e muito mais tempo na frente do computador”, disse.
Encontrar seus amigos do Facebook não foi sempre fácil para ela. Às vezes, ArLynn teve ataques de ansiedade. Outras vezes, ela teve colapsos emocionais e momentos de pânico. Por razões de segurança, ela sempre levou um acompanhante com ela, e garantiu que as reuniões fossem realizadas em público. Corajosa, não?[OddityCentral]
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Criatura marinha ártica rara aparece em casa de mulher americana


Uma moradora de Seattle, cidade americana do estado de Washington, teve uma grande surpresa pouco tempo atrás: um belo dia, descobriu um estranho visitante em sua doca.
Um funcionário enviado do serviço para proteger animais selvagens americano, Matthew Cleland, não fazia ideia do que poderia ser aquela criatura peluda.
Uma olhada rápida em um livro de seu escritório revelou que o animal se tratava de uma foca de anel (Histriophoca fasciata), uma espécie ártica que passa a maior parte de sua vida no mar, nas águas geladas do Alasca e da Rússia.
De alguma forma, a foca apareceu na propriedade da mulher, cerca de 1,61 quilômetros (km) da foz do rio Duwamish, um curso de água altamente industrializado que corta o sul de Seattle. Em 2001, os últimos 9 km do rio foram considerados uma área contaminada com substâncias perigosas que precisam de limpeza.
“O avistamento foi muito emocionante”, disse o pesquisador Peter Boveng, líder do Programa Nacional de Laboratório de Mamíferos Marinhos e Ecossistemas Polares. “É realmente incomum”.
Boveng disse que animais como essa foca passam apenas alguns meses por ano no gelo do mar, e quase nunca são vistos para o sul. “Então, é uma surpresa, mas conhecendo a espécie, não é uma completa surpresa. Eles são bons viajantes”.
A foca, identificada como um macho adulto, parecia estar em boa forma. “Nós não temos nenhuma maneira de descartar outras possibilidades, mas eu diria que é quase certo que ela nadou até lá”.
Estudos de rastreamento por satélite revelaram que a foca do anel chegou algumas vezes até o norte do Oceano Pacífico, ao sul das ilhas Aleutas, mas muito sobre a espécie continua um mistério.
Um grupo de conservação tem feito esforços para listar a foca como uma espécie em extinção, devido a preocupações com o gelo em decadência no mar Ártico. Até agora, o governo federal se recusou a listá-la.
Esse animal parece ser apenas o segundo de sua espécie a chegar tão sul. Em 1962, uma foca de anel apareceu em uma praia perto de Morro Bay, na Califórnia, uma cidade cerca de 320 km ao norte de Los Angeles.
De acordo com relatos contemporâneos, a foca estava em boa forma, mas totalmente careca, exceto pela cabeça, pescoço e nadadeiras. Ela morreu um mês depois, no aquário local.
A história da foca de Seattle é desconhecida. Ela não foi vista novamente desde que foi detectada.[LiveScience]
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Fenômeno: cometa sendo engolido pelo sol é flagrado pela primeira vez


Na astronomia, existe um grupo de cometas suicidas que mergulham em direção ao sol: são os chamados “Kreutz sungrazer” (literalmente, arranha-sol de Kreutz). Em dezembro, foi registrado pela primeira vez que um desses cometas passou pela coroa solar e sobreviveu para contar a história.
Agora, câmeras da NASA captaram um desses corpos celestes sendo destruído, passo a passo, devido à proximidade do sol.
Eles recebem esse nome em homenagem a um astrônomo alemão do século XIX, Heinrich Kreutz, que verificou que a órbita de tais cometas os levava a ingressar na coroa solar, que seria uma espécie de atmosfera do nosso astro.
O cometa protagonista da vez chama-se “Cometa Kreutz C/2011 N3”. Na verdade, ele foi observado no dia 4 de julho do ano passado e despedaçado pela proximidade com a nossa estrela apenas dois dias depois, mas só nesta quinta-feira os cientistas da NASA anunciaram sua observação e relataram os resultados.
Quando o cometa foi localizado a caminho do sol, media cerca de 50 metros de comprimento e pesava cerca de 60 mil toneladas métricas. Sua cauda luminosa, que se estendia por 10 mil quilômetros, explica como os astrônomos conseguiram encontrar um corpo relativamente pequeno diante da imensidão do sol. O cometa viajava a 2,1 milhões de quilômetros por hora.
Todo o trajeto fatal foi acompanhado durante os dois dias, até dez minutos antes de sua desintegração. Nesse ponto, os astrônomos viram que o cometa perdeu rapidamente algo entre 700 mil e 70 milhões de quilos, e acabaria se desfazendo em pedaços que vaporizaram. O Kreutz C/2011 N3 morreu completamente quando estava a cerca de 100 mil quilômetros da superfície do sol – o que é relativamente perto, segundo os cientistas.
A principal importância de estudar a fragmentação dos cometas, conforme explica a NASA, é descobrir mais sobre a composição material destes corpos celestes. Nos últimos 15 anos, calcula-se que cerca de 1.400 cometas mergulharam em direção ao sol, mas ainda não havia recursos suficientes para analisá-los.
Agora, um estudo mais avançado pode revelar respostas não apenas sobre os cometas, mas também sobre como se comporta a superfície solar e se há algo nesse quesito que possa influenciar a Terra. [MSN]
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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Despertar dos Mágicos (73). Homem que teria sofrido uma mutação? Viajante do Tempo? Extraterrestre camuflado atrás desse Sérvio misterioso?



No final do ano de 1913, o hindu embarca. Durante cinco anos irá trabalhar e fazer avançar prodigiosamente as matemáticas. É eleito membro da Sociedade Real das Ciências e nomeado professor em Cambridge, no colégio da Trinity. Em 1918 adoece.Ei-lo tuberculoso. Regressa a Índia para morrer, aos trinta e dois anos.

Louis Pauwels e Jacques Bergier. DIFEL

Deixou em todos aqueles que dele se aproximaram uma recordação extraordinária. Só vivia no meio dos números. Hardy vai visitá-lo ao hospital, e diz-lhe que apanhou um táxi. Ramanujão pergunta o número do automóvel: 1729. que belo número!, exclama; é o mais pequeno que seja duas vezes uma soma de dois cubos! De fato, 1729 é igual a 10 ao cubo mais nove ao cubo, e também a 12 ao cubo mais 1 ao cubo. Hardy precisou de seis meses para o demonstrar, e o mesmo problema ainda não está resolvido para a quarta potência.
A história de Ramanujão é daquelas em que ninguém acreditaria. Mas é rigorosamente verdadeira. Não é possível exprimir em termos simples a natureza das descobertas de Ramanujão. Trata-se dos mistérios mais abstratos da noção do número, e particularmente dos números primos.
Fora das matemáticas não se sabe bem quais as coisas que interessavam a Ramanujão. Preocupava-se pouco com a arte e a literatura. Apaixonava-se pelo extraordinário. Em Cambridge organizara uma pequena biblioteca e um arquivo sobre toda a espécie de fenômenos desconcertantes para a razão.
CAYCE
Edgar Cayce morreu a 5 de Janeiro de 1945, levando consigo um segredo que ele próprio não esclarecera e que o apavorara durante toda a vida. A Fundação Edgar Cayce, em Virgínia, Beach, onde trabalham médicos e psicólogos, prossegue a análise dos dossiers. Desde 1958, os estudos sobre a clarividência dispõem na América deimportantes créditos. É que se pensa nos serviços que poderiam render, no domínio militar, homens capazes de telepatia e de premonição. De todos os casos de clarividência, o mais evidente, e o mais extraordinário, é o de Cayce. O pequeno Edgar Cayce estava doente. O médico de província estava à sua cabeceira. Não havia nada a fazer para salvar o garoto do estado de coma. Mas, bruscamente, a voz de Edgar elevou-se, clara e tranqüila. E, no entanto, ele dormia. Vou dizer-lhes o que tenho. Apanhei uma bolada de baseball na coluna vertebral. É necessário fazer-me uma cataplasma especial e aplicá-la na base do pescoço. Com a mesma voz, o garoto ditou a lista das plantas que era necessário misturar e preparar. Despachem-se, senão océrebro arrisca-se a ser atingido. Por desencargo de consciência, obedeceram-lhe. À noite, a febre descera. No dia seguinte, Edgar deixava o leito, fresco como uma alface. Não se lembrava de nada. Desconhecia a maior parte das plantas que ditara.
Assim principia uma das histórias mais espantosas da medicina. Cayce, camponês do Kentucky, completamente ignorante, pouco disposto a fazer uso do seu dom, lamentando constantemente não ser como toda a gente, tratará e curará, em estado de sono hipnótico, mais de quinze mil doentes, devidamente homologados. Trabalhador agrícola na propriedade de um dos seus tios, depois escriturário numa livraria de Hopkinsville, finalmente proprietário de um pequeno estabelecimento fotográfico onde pensa passar calmamente os seus dias, é contra vontade que irá representar o papel de taumaturgo. O seu amigo de infância Al Layne e a sua noiva Gertrude farão toda a diligência para o convencer. De forma alguma por ambição, mas porque ele não tem o direito de guardar o poder que tem só para si, recusando auxiliar os aflitos. Al Layne é fraco, sempre doente. Arrasta-se. Cayce aceita adormecer: descreve a origem da doença e dita medicamentos. Quando acorda: Mas não é possível, eu desconheço metade das palavras que anotaste. Não tomes essas drogas, é perigoso! Não percebo nada disso, é tudo magia! Recusa voltar a ver Àl, e encerra-se na sua loja de fotografia. Oito dias depois, Al força-lhe a porta: nunca se sentiu tão bem. A vila agita-se, todos pedem uma consulta. Não é por falar enquanto durmo que me vou pôr a tratar das pessoas. Mas acaba por aceitar. Sob condição de não ver os pacientes, com receio de que, conhecendo-os, a decisão seja influenciada. Sob condição de que alguns médicos assistam às sessões. Sob condição de não receber um tostão, nem sequer o mais pequeno presente. Os diagnósticos e as receitas feitas em estado de hipnose são de tal precisão e acuidade que os médicos desconfiam que se trate de um colega disfarçado em curandeiro. Ele limita-se a duas sessões por dia. Não porque receie a fadiga: desperta desses sonos muito repousado. Mas insiste em continuar fotógrafo. Não procura de forma alguma adquirir conhecimentos médicos. Não lê nada, continua um filho de camponeses, dotado de um vago certificado de estudos equivalentes à 4.a classe. E continua a insurgir-se contra a sua estranha faculdade. Mas mal decide renunciar a ela, torna-se áfono.
Um magnata dos caminhos de ferro americanos, James Andrews, vai consultá-lo. Ele prescreve-lhe, em estado de hipnose, uma série de drogas, entre as quais uma certa água de salva. Este medicamento é impossível de encontrar. Andrews manda publicar anúncios nas revistas médicas, mas sem resultado. No decorrer de outra sessão, Cayce dita a composição dessa água, extremamente complexa. Ora Andrews recebe uma resposta de um jovem médico parisiense: fora o pai desse francês, igualmente médico, que elabora a água de salva, mas deixara de a explorar cinqüenta anos atrás. A composição é idêntica à sonhada pelo fotografozinho.
O secretário local do Sindicato dos Médicos, John Blakburn, apaixona-se pelo caso Cayce. Reúne uma comissão de três membros, que assiste a todas as sessões, com grande espanto. O Sindicato Geral Americano reconhece as faculdades de Cayce e autoriza-o oficialmente a dar consultas psíquicas. Cayce casara-se. Tem um filho de oito anos, Hug Lynn. A criança, ao brincar com os fósforos, faz explodir um depósito de magnésio. Os especialistas concluem que a cegueira deve ser total e propõem a extração de uma vista. Com terror, Cayce entrega-se a uma sessão de sono. Mergulhado em hipnose, insurge-se contra a extração e preconiza quinze dias de aplicação de pensos embebidos em ácido tânico. Para os especialistas é uma loucura.
E Cayce, no meio dos maiores tormentos, não ousa desobedecer às suas vozes. Quinze dias depois, Hugh Lynn está curado. Um dia, após uma consulta, continua adormecido, e dita sucessivamente quatro receitas, muito precisas. Não se sabe a quem podem ser dirigidas: têm quarenta e oito horas de avanço sobre os quatro doentes que se apresentarão.
Durante uma sessão, ele prescreve um medicamento a que chama Codiron e indica a direção do laboratório, em Chicago. Telefonam para lá: Como é que ouviram falar de Codiron? Ainda não está à venda. Acabamos de elaborar a fórmula e de lhe encontrar o nome.
Cayce, atingido por uma doença incurável que só ele conhecia, morre no dia e hora que fixara: No dia 5 à tarde estarei definitivamente curado. Curado contra qualquer outra coisa.
Interrogado em estado de sono sobre a sua forma de proceder, ele declarara (para depois não se recordar de nada ao acordar, como de costume) que estava em estado de entrar em contacto com qualquer cérebro humano vivo e de utilizar as informações contidas nesse cérebro, ou nesses cérebros, para o diagnóstico e o tratamento dos casos que lhe apresentassem. Talvez fosse uma inteligência diferente que então se manifestava em Cayce e utilizava todos os conhecimentos que circulam na humanidade, da mesma forma que se utiliza uma biblioteca, mas que instantaneamente, ou pelos menos à velocidade da luz e da eletromagnética. Mas nada nos permite explicar o caso de Edgar Cayce dessa forma ou de qualquer outra. Tudo o que se sabe realmente é que um fotógrafo de aldeia, sem curiosidade nem cultura, podia, quando queria, pôr-se num estado em que o seu espírito funcionava como o de um médico de gênio, ou antes, como todos os espíritos de todos os médicos ao mesmo tempo.
BOSCOVITCH
Um tema de ficção científica: se os relativistas têm razão, se vivemos num Universo de quatro dimensões, e se pudéssemos disso tomar consciência, aquilo a que chamamos o senso comum estouraria. Autores de antecipação esforçam-se por pensar em termos de espaço-tempo. Aos seus esforços correspondem, num plano de investigação mais puro e numa linguagem teórica, os dos grandes físico-matemáticos. Mas será o homem capaz de pensar em quatro dimensões? Ser-lhes-iam necessárias outras estruturas mentais. Essas estruturas estarão reservadas para o homem a seguir ao homem, o ser da próxima mutação? E esse homem a seguir ao homem estará já entre nós? Romancistas do fantástico afirmaram que sim. Mas nem Van Vogt, no seu belo livro fantástico sobre os Slans, nem Sturgeon, na sua descrição dos mais que Humanos, ousaram imaginar uma personagem tão fabulosa como Roger Boscovitch.
Homem que teria sofrido uma mutação? Viajante do Tempo? Extraterrestre camuflado atrás desse Sérvio misterioso? Boscovitch teria nascido em 1711 em Dubrovnik: é pelo menos o que ele declarou, aos catorze anos, ao inscrever-se como estudante voluntário no colégio jesuíta de Roma. Ali estudou matemática, astronomia e teologia. Em 1728, tendo terminado o seu noviciado, entrou na ordem dos Jesuítas. Em 1736 publica uma comunicação sobre as manchas do Sol. Em 1740 ensina matemática no Collegium Romanum, depois torna-se conselheiro científico do Vaticano. Cria um observatório, empreende a drenagem dos Pântanos Pontinos, cerca de Roma, restaura o zimbório de São Pedro, mede o meridiano entre Roma e Rímini sobre dois graus de latitude. Depoisexplora diversas regiões da Europa e da Ásia e faz pesquisas sobre os próprios locais onde Schliemann, mais tarde, descobrirá Tróia. É nomeado membro da Real Sociedade de Inglaterra, a 26 de Junho de 1760, e nessa ocasião publica um longo poema em latim, sobre as aparências visíveis do Sol e da Lua, de que os contemporâneos dizem:É Newton na boca de Virgílio. É recebido pelos maiores eruditos da época, e mantém inclusivamente uma importante correspondência com o doutor Johnson e com Voltaire. Em 1763, a nacionalidade francesa é-lhe oferecida. Toma a direção do departamento de óptica da Marinha Real, em Paris, onde viverá até 1783. Lalande considera-o o maior sábio vivo. D'Alémbert e Laplace ficarão apavorados com as suas idéias avançadas. Em 1785 retira-se para Bassano e consagra-se à impressão das suas obras completas. Morre em Milão em 1787.
É muito recentemente, sob o impulso do governo iugoslavo, que acaba de ser reexaminada a obra de Boscovitch e principalmente a sua Teoria da Filosofia Natural', editada em Viena em 1758. A surpresa foi considerável. Allan Lindsay Mackay, ao descrever essa obra num artigo do New Scientist de 6 de Março de 1958, acha que se trata de um espírito do século XX forçado a viver e trabalhar no século XVIII.
Verifica-se que Boscovitch estava em avanço, não apenas quanto à ciência do seu tempo, mas quanto à nossa própria ciência. Ele propõe uma teoria unitária do universo, uma equação geral e única, que comandaria a mecânica, a física, a química, a biologia e mesmo a psicologia. Nessa teoria, a matéria, o espaço e o tempo não são divisíveis até ao infinito, mas compostos por pontos: por grãos. Isto faz lembrar os recentes trabalhos de Jean Charon e de Heisenberg, que Boscovitch parece ultrapassar. Ele consegue dar conta tanto da luz como do magnetismo, da eletricidade e de todos os fenômenos da química conhecidos no seu tempo, descobertos depois ou a descobrir. Encontram-se nos seus trabalhos os quanta, a mecânica ondulatória, o átomo constituído por núcleos. O historiador das ciências L. L. Whyte afirma que Boscovitch ultrapassou pelo menos em duzentos anos a sua época, e que ele só poderá realmente ser compreendido quando a junção entre a relatividade e a física dos quanta for enfim elaborada. Pensa-se que em 1987, quando do 200.o aniversário da sua morte talvez a sua obra esteja avaliada com a justiça que lhe é devida. Ainda não foi proposta qualquer explicação para este caso prodigioso. Duas edições completas da sua obra, uma em sérvio, outra em inglês, estão atualmente em preparação. Na correspondência já publicada (coleção Bestermann) entre Boscovitch e Voltaire pode ler-se, entre outras idéias modernas:
- A criação de um ano geofísico internacional.
-A transmissão da malária por intermédio dos mosquitos.
As possíveis aplicações do cauchu (idéia posta em prática por La Condamine, jesuíta amigo de Boscovitch).
A existência de planetas em volta de outras estrelas além do nosso Sol.
A impossibilidade de localizar o psiquismo numa dada região do corpo.
A conservação do grão de quantidade de movimento no Mundo: é a constante de Planck, .enunciada em 1900. Boscovitch atribui uma importância considerável à alquimia e dá traduções claras, científicas, da linguagem alquímica. Para ele, por exemplo, os quatro elementos, Terra, água, Fogo e Ar, apenas se distinguem por coordenações especiais das partículas sem massa nem peso que os constituem, o que concorda com a investigação de vanguarda sobre a equação universal. O que é igualmente alucinante em Boscovitch é o estudo dos acidentes da natureza. Já ali se encontra a mecânica estatística do sábio americano Willard Gibbs, proposta no final do século XIX e admitida apenas no século XX. Ali se encontra também uma explicação moderna da radioatividade (perfeitamente desconhecida no século XVIII) por uma série de exceções às leis naturais: aquilo a que nós chamamos as penetrações estatísticas das barreiras do potencial.
Por que motivo esta obra extraordinária não influenciou o pensamento moderno? Porque os filósofos e sábios alemães, que dominaram a investigação até à guerra de 1914-1918, eram partidários das estruturas contínuas, enquanto as concepções de Boscovitch se baseiam essencialmente na idéia de descontinuidade. Porque as investigações em bibliotecas e os trabalhos históricos a respeito de Boscovitch, grande viajante de obra dispersa, e cujas origens se situam num país constantemente agitado, não puderam ser elaboradas sistematicamente senão demasiado tarde. Quando a totalidade dos seus escritos pudera ser reunida, quando os testemunhos de contemporâneos tiverem sido encontrados e classificados, que estranha, inquietante, assombrosa figura nos surgirá!
PARADOXOS E HIPÓTESES SOBRE O HOMEM DESPERTO
Por que motivo as nossas três histórias desiludiram alguns leitores. - Não sabemos nada de sério sobre a levitação, a imortalidade, etc. - No entanto o homem tem o dom da ubiqüidade, ele vê à distância, etc. - A que chamais uma máquina? Como poderia ter nascido o primeiro homem desperto. -Sonho fabuloso mas racional sobre as civilizações desaparecidas. - Apólogo da pantera.
- A escrita de Deus.
Estes casos são claros. No entanto podem desiludir. É que a maior parte dos homens preferem as imagens aos fatos. Caminhar sobre as águas é a imagem que significa dominar o movimento; parar o Sol é triunfar do tempo. Dominar o que se move, triunfar do tempo, talvez sejam fatos reais, possíveis, no seio de uma consciência modificada, no interior de um espírito potentemente acelerado.
E esses fatos podem sem dúvida provocar mil conseqüências consideráveis na realidade tangível: nas técnicas, nas ciências, nas artes. Mas a maior parte dos homens, desde que se lhes fale num estado de consciência outro, querem ver pessoas que caminham sobre as águas, que fazem parar o Sol, que passam através das paredes ou aparentam ter vinte anos aos oitenta. Para começar a acreditar na infinita possibilidade do espírito desperto, esperam que a parte infantil da sua inteligência, que dá crédito a imagens e a lendas, tenha encontrado desculpa e satisfação.
Há mais. Em presença de casos como o de Ramanujão, Cayce ou Boscovitch, recusam-se a acreditar que se trate de espíritos diferentes. Apenas se admite que espíritos como os nossos tiveram o privilégio de subir mais alto que habitualmente e que, lá em cima, obtiveram certos conhecimentos. Como se existisse em qualquer parte no Universo uma espécie de armazém anexo da medicina, das matemáticas, da poesia física no qual se encerrassem algumas inteligências campeãs de altitude. Esta absurda visão tranqüiliza.
Imagem: Hardy-Ramanujan taxicab numbers

storyofmathematics.com

Homem quase morre atingido por um fragmento de satélite


Andrei Krivorukov ganhou um ótimo presente de Natal: a própria vida. Ele se salvou após uma bola de titânio de um satélite de comunicações russo atingir sua casa, passando a poucos centímetros dele.
O satélite era um Meridiano, usado para comunicação civil e militar. Ele foi destruído quando o foguete Soyuz-2 explodiu no ar, poucos minutos após ter sido lançado de uma estação de lançamento russa, a 800 quilômetros de Moscou. A catástrofe lançou vários pedaços do objeto pela Sibéria e região.
Um deles foi a bola de seis quilogramas que acertou o teto de Krivorukov, caindo no local onde ele estava poucos minutos antes. Esse foi o momento em que ele foi para seu jardim pegar lenha.
Ele também conseguiu outro presente: a prefeitura local afirmou que vai pagar os reparos necessários. Acho que ainda estar vivo já seria motivo de felicidade suficiente para o homem.
O acidente é estranho não só porque parece um milagre de natalino: o Soyuz tem um passado excelente. É um foguete com várias missões de sucesso, desde a década de 60, quando foi criado. Seu primeiro voo foi em 1966. Até hoje, ele só passou por uma falha (e outra parcial), por isso era meio difícil imaginar que um artefato desses poderia cair na sua casa. [GizModo]
http://hypescience.com/homem-quase-morre-atingido-por-um-fragmento-de-satelite/
Hypescience

Coágulo de plasma solar move-se em direção à Terra


© www.nasa.gov
Uma tempestade magnética vai ocorrer na Terra no próximo domingo, quando o coágulo de plasma solar atingirá a Terra, ejetado pelo Sol na véspera. Uma das maiores ejeções de massa coronal dos últimos anos teve lugar às 16:30 GMT na quinta-feira.
A nuvem de plasma solar levará de 48 a 60 horas para cobrir a distância de 150 milhões de milhas que separam a Terra e o Sol. Dada a força e a duração de exeção, a atmosfera e o campo magnético da Terra provavelmente estarão perturbados não menos que um dia, isto é, durante o domingo inteiro.
22 Jan. FIMDOSTEMPOS.NET

domingo, 22 de janeiro de 2012

O Despertar dos Mágicos (72). A Torrente do Tempo do poder de viajar através de toda a história do cosmos


A ciência mais recente mostra-nos que consideráveis porções de matéria cerebral são ainda terra desconhecida. Sede de poderes que nós não sabemos utilizar? Sala de máquinas cujo emprego nós desconhecemos? Instrumentos à espera das próximas mutações?

Louis Pauwels e Jacques Bergier. DIFEL

Além disso, sabemos atualmente que o homem não utiliza habitualmente, mesmo para as operações intelectuais mais complexas, senão um décimo do seu cérebro. A maior parte dos nossos poderes continuam portanto por explorar. O mito imemorial do tesouro escondido não significa outra coisa. É o que diz o sábio inglês Gray Walter num trabalho dos mais essenciais da nossa época: O Cérebro Vivo. Num segundo trabalho, misto de antecipação e de observação, de filosofia e de poesia, Walter afirma que provavelmente não existe nenhum limite para as possibilidades do cérebro humano, e que o nosso pensamento explorará um dia o Tempo, como agora exploramos o espaço. Nessa visão aproxima-se do matemático Eric Temple Bell, que dota o herói do seu romance A Torrente do Tempo do poder de viajar através de toda a história do cosmos.
Ora eu descobri, por processos que deficientemente compreendo, o segredo de remontar o decorrer dos acontecimentos. É como nadar: uma vez compreendido, não se esquece jamais. Mas para o atingir é necessária uma prática constante e uma certa crispação involuntária do espírito ou dos músculos, estou certo do seguinte: não há nenhum homem que saiba exatamente como dominou, pela primeira vez, a dificuldade de nadar e sem dúvida os videntes mais exímios são igualmente incapazes de explicar aos outros o segredo de transpor a vuga dos tempos. Como Fred Hoyle e como muitos outros sábios ingleses, americanos ou russos, Eric Temple Bell escreve ensaios ou romances fantásticos (sob o pseudônimo de John Taine). Nem tolo será o leitor que ali não veja mais que uma distração para espíritos adultos. É a única forma de fazer circular certas verdades não aceites pela filosofia oficial. Como em qualquer período pré-revolucionário, os pensamentos do futuro são publicados disfarçadamente. A capa de uma obra de ficção científica, eis o disfarce de 1960.
Agarremo-nos aos fatos. Pode atribuir-se o fenômeno do estado de supervigília a uma alma imortal. Desde há milhares de anos que esse pensamento nos é proposto, mas nem por isso fez avançar o problema. Mas se, para se não ir além dos fatos, nos limitarmos a constatar que a noção de um estado de supervigília é uma aspiraçãoconstante da humanidade, não é suficiente. É uma aspiração. É igualmente qualquer outra coisa.
A resistência à tortura, os momentos de inspiração dos matemáticos, as observações feitas pelo eletroencefalograma dos yogis, e outras provas ainda, devem obrigar-nos a reconhecer que o homem pode aceder a outro estado sem ser o estado lúcido de vigília normal. Sobre este estado, cada um é livre de adotar a hipótese que escolher, graça de Deus ou despertar do Eu Imortal. Livre igualmente de procurar, como selvagem, uma explicação científica. Compreendam-nos: nós não somos cientistas. Simplesmente, não desprezamos nada que pertença à nossa época para explorar o que é de todos os tempos.
A nossa hipótese é a seguinte:
Habitualmente, as comunicações no cérebro fazem-se através do influxo nervoso. É uma ação lenta: alguns metros por segundo à superfície dos nervos. É possível que em determinadas circunstâncias se estabeleça outra forma de comunicação, mas muito mais rápida, por meio de uma onda eletromagnética que viaja à velocidade da luz. Atingir-se-ia então a enorme rapidez de registro e transmissão de informações das máquinas eletrônicas. Nenhuma lei natural se opõe à existência de tal fenômeno. Semelhantes ondas não seriam detectáveis no exterior do cérebro. É a hipótese que nos sugerimos no capítulo precedente.
Se esse estado de vigília existe, de que forma se manifesta?
As descrições dadas pelos poetas e místicos hindus, árabes, cristãos, etc., não foramsistematicamente reunidas e estudadas. É extraordinário que não exista, na abundante lista das antologias de toda a espécie publicadas na nossa época de recenseamento, uma única antologia do estado de vigília. Essas descrições são probantes, mas pouco claras. No entanto, se quisermos, em linguagem moderna, evocar em que é que se manifesta o estado de vigília, aqui está:
Normalmente, o pensamento caminha, como bem o demonstrou Emile Meyerson. A maior parte dos êxitos do pensamento são, no fundo, o fruto de um caminhar extremamente lento em direção de uma evidência. As mais admiráveis descobertas matemáticas não passam de igualdades. Igualdades inesperadas, mas igualdades apesar de tudo. O grande Léonard Euler considerava o expoente máximo do pensamento matemático a relação: xn + 1 = 0
Essa relação, que reúne o real ao imaginário e constitui a base dos logaritmos naturais, é uma evidência. Desde que a expliquemos a um estudante de matemáticas especiais, ele não deixa de dizer que, de fato isso salta à vista. Porque foi necessário tanto pensamento, durante tantos e tantos anos, para atingir uma tal evidência?
Em física a descoberta da natureza ondulatória das partículas é a chave que abriu a era moderna. Também aí se trata de uma evidência. Einstein escrevera: a energia é igual a mc sendo m a massa e c a velocidade da luz. Isto em 1905. Em 1900, Planck escrevera: a energia é igual a hf, sendo h uma constante e f a freqüência das vibrações. Foi necessário chegar a 1923 para que Louis de Broglie, gênio excepcional, pensasse em igualar as duas equações e escrevesse: hf z
O pensamento rasteja, mesmo nos maiores espíritos. Ele não domina o assunto.
Último exemplo: desde o final do século XVIII, ensinou-se que a massa aparecia simultaneamente na fórmula da energia e 1/2 mv2) e na lei de gravidade de Newton (duas cinética massas se atraem com uma força inversamente proporcional ao quadrado das distâncias).
Porque foi necessário esperar por Einstein para compreender que a palavra massa tem o mesmo sentido nas duas fórmulas clássicas? Toda a relatividade se deduz imediatamente. Por que motivo um único espírito o viu, em toda a história da inteligência? E porque não o viu de uma vez, mas após dez anos de pesquisas desesperadas? Porque o nosso pensamento rasteja ao longo de um tortuoso carreiro situado num plano único, e que se interrompe várias vezes. E as idéias talvez desapareçam e reapareçam periodicamente, tal como as invenções são esquecidas, depois refeitas. E, no entanto, parece possível que o espírito possa elevar-se acima desse carreiro, deixar de rastejar, ter uma visão total, deslocar-se à maneira dos pássaros ou dos aviões. É aquilo a que os místicos chamam o estado de vigília.
Tratar-se-á, aliás, de um ou vários estados de vigília? Tudo leva a crer que existem vários estados, assim como existem várias altitudes de vôo. O primeiro escalão chama¬se gênio. Os outros ao desconhecidos da multidão e tidos como lendas. Também Tróia era uma lenda, antes que as investigações lhe revelassem a existência autêntica.
Se os homens têm em si a possibilidade física de aceder a este ou aqueles estados de vigília, a investigação dos processos para utilizar-se essa possibilidade deveria ser o principal objetivo da sua vida. Se o meu cérebro possui as máquinas necessárias, se tudo isso não é apenas do domínio religioso ou mítico, se tudo isso não é apenas resultante de uma graça, de uma iniciação mágica, mas de determinadas técnicas, de determinadas atitudes interiores e exteriores susceptíveis de pôr em funcionamento essas máquinas, eu então concluo que atingir o estado de vigília, a capacidade de sobrevoar, deveria ser a minha única ambição, o meu trabalho essencial.
Se os homens não concentram todos os seus esforços nessa procura, não é porque sejam fúteis ou maus. Não é uma questão de moral. E, nessa matéria, um pouco de boa vontade, alguns esforços daqui e dali não servem para nada. Talvez os instrumentos superiores do nosso cérebro só sejam utilizáveis se a vida inteira (individual, coletiva) for ela própria um instrumento, considerada e vivida inteiramente como uma forma de estabelecer a comunicação.
Se os homens não têm como objetivo único a passagem para o estado de vigília, é porque as dificuldades da vida em sociedade e a procura dos meios materiais de existência não lhes deixam tempo para semelhante preocupação. Os homens não vivem apenas de pão, mas até agora a nossa civilização não se mostrou capaz de o fornecer a todos.
À medida que o progresso técnico conceder aos homens cada vez mais tréguas na luta vital, a procura do terceiro estado de vigília e de hiperlucidez substituir-se-á às outras aspirações. A possibilidade de participar nessa procura será finalmente reconhecida como um dos direitos do homem. A próxima revolução será psicológica.
Imaginemos um homem de Neandertal transportado por um milagre para o Instituto dos Estudos Avançados de Princeton. Ficaria, em face do doutor Oppenheimer, numa situação comparável àquela em que nos encontraríamos em companhia de um homem realmente desperto, de um homem cujo pensamento já não rastejasse, mas se deslocasse em três, quatro ou n dimensões. Fisicamente, parece que nós poderíamos vir a ser um desses homens. Há bastantes células no nosso cérebro, bastantes interconexões possíveis. Mas é-nos difícil imaginar o que semelhante espírito poderia ver e compreender.
A lenda alquímica assegura que as manipulações da matéria no crisol podem provocar o que alguns modernos chamariam uma radiação ou um campo de forças. Essa radiação alteraria todas as células do adepto e faria dele um homem verdadeiramente desperto, um homem que estaria a um tempo aqui e do outro lado, um vivo.
Admitamos, se quiserdes, essa hipótese, essa psicologia soberbamente não euclidiana.
Suponhamos que num dia de 1960 um homem como nós, manipulando a matéria e a energia de determinada maneira, se encontra inteiramente modificado, quer dizer, desperto. Em 1955, o professor Singleton mostrou aos seus amigos, nos corredores da conferência atômica de Genebra, cravos que ele cultivara no campo de radiações do grande reator nuclear de Brookhaven.
Inicialmente tinham sido brancos. Eram agora vermelhos-violáceos, de espécie até então desconhecida. Todas as suas células tinham sido modificadas, e persistiriam, por estaca ou reprodução, no seu novo estado. Dar-se-ia o mesmo com o nosso homem. Ei-lo transformado em nosso superior. O seu pensamento não rasteja, sobrevoa. Integrando de forma diferente o que sabemos, uns e outros, nas nossas diversas especialidades, ou simplesmente estabelecendo todas as conexões possíveis entre as aquisições da ciência humana tal e qual é expressa nos manuais do sétimo ano e nos cursos da Sorbona, pode assim chegar a conceitos que nos são tão estranhos como podiam ser os cromossomos para Voltaire ou o neutrino para Leibniz. Semelhante homem já não teria o menor interesse em comunicar conosco, e não procuraria brilhar tentando explicar-nos os enigmas da luz ou os segredos dos genes. Valéry não publicava os seus pensamentos em jornais infantis. Esse homem sentir-se-ia acima e ao lado da humanidade. Não se poderia entender vantajosamente senão com espíritos semelhantes ao seu.
Pode-se sonhar a este respeito.
Pode-se pensar que as diversas tradições iniciáticas provêm do contacto com espíritos de outros planetas. Pode-se imaginar que, para um homem desperto, o tempo e o espaço deixaram de ter barreiras, e que a comunicação é possível com as inteligências dos outros mundos habitados - o que aliás explicaria o fato de nunca termos sido visitados.
Pode-se sonhar. Sob condição, como o escreve Haldane, de não esquecer que os sonhos dessa espécie são, provavelmente, sempre menos fantásticos do que a realidade.
Eis agora três histórias verdadeiras. Vão servir-nos de ilustração.
Os exemplos não são provas, evidentemente. No entanto, estas três histórias obrigam a pensar que existem outros estados de consciência além dos reconhecidos pela psicologia oficial.
A própria noção de gênio, tão vaga, não é suficiente. Não escolhemos estes exemplos entre as vidas e as obras dos místicos, o que teria sido mais fácil, e talvez mais eficaz. Mas mantemos o nosso propósito de abordar a questão à margem de qualquer igreja, de mãos vazias, como honestos bárbaros...
TRÊS HISTÓRIAS PARA SERVIREM DE EXEMPLO
História de um grande matemático em estado selvagem. - História do mais espantoso clarividente. - História de um sábio de amanhã que vivia em 1750.
RAMANUJÃO
Num dia dos princípios do ano de 1887, um brâmane da província de Madrasta dirige¬se ao templo da deusa Namagiri.
O brâmane casou sua filha há já vários meses, e a união mantém-se estéril. Que a deusa Namagiri a fecunde! Namagiri atende a sua prece. A 22 de Dezembro nasce um rapaz, ao qual é dado o nome de Srinivasa Ramanujão Alyangar. Na véspera, a deusa aparecera à mãe para lhe anunciar que seu filho seria extraordinário.
Aos cinco anos metem-no na escola. Imediatamente a sua inteligência é de espantar. Parece já saber o que lhe ensinam. É-lhe concedida uma bolsa para o liceu de Kumbakonão, onde é admirado pelos condiscípulos e professores. Tem quinze anos. Um de seus amigos faz com que a biblioteca local lhe empreste um volume intitulado: A Synopsis of Elementary Results in Pure and Applied Mathematics. Essa obra, publicada em dois volumes, é um sumário redigido por George Shoobridge, professor em Cambridge.
Contém resumos e enunciados sem demonstração de 6000 teoremas, mais ou menos. O efeito que produz no espírito do jovem hindu é fantástico. O cérebro de Ramanujão começa bruscamente a funcionar de maneira totalmente incompreensível para nós. Demonstra todas as fórmulas. Depois de esgotar a geometria, ataca a álgebra. Ramanujão contará mais tarde que a deusa Namagiri lhe apareceu para lhe explicar os cálculos mais difíceis. Aos dezesseis anos fica mal nos exames, pois o seu inglês continua fraco, e a bolsa é-lhe retirada. Prossegue sozinho, sem documentos, as suas investigações matemáticas. Em primeiro lugar põe-se em dia com todos os conhecimentos na matéria, no ponto em que eles estão em 1880. Pode desprezar o trabalho desse professor Shoobridge. Ultrapassa-o largamente. Sozinho, recria, depois ultrapassa todo o esforço matemático da civilização - a partir de um sumário, aliás incompleto. A história do pensamento humano não conhece outro exemplo. O próprio Galois não trabalhara sozinho. Fizera os seus estudos na Escola Politécnica, que era na época o melhor centro matemático do Mundo. Tinha acesso a milhares de obras. Estava em contacto com sábios de primeira ordem. Nunca o espírito humano se ergueu tão alto com tão pouco apoio.
Em 1909, após anos de trabalho solitário e de miséria, Ramanujão casa-se. Procura um emprego. Recomendam-no a um cobrador de impostos local, Ramachandra Raô, amador esclarecido de matemática. Este deixou-nos uma descrição do encontro: Um homenzinho pouco limpo, por barbear, com uns olhos como jamais vi, entrou no meu quarto, com um livro de notas usado debaixo do braço. Falou-me de descobertas maravilhosas que ultrapassavam infinitamente o que eu sabia. Perguntei-lhe o que poderia fazer por ele. Disse-me que queria apenas ter o suficiente para comer, a fim de poder continuar as suas investigações.
Ramachandra Raô concedeu-lhe uma pequena pensão. Mas Ramanujão é demasiado orgulhoso. Arranjam-lhe finalmente uma situação: um medíocre lugar de contabilista no porto de Madrasta. Em 1913 aconselharam-no a entrar em correspondência com o grande matemático inglês G. H. Hardy, na altura professor em Cambridge. Ele escreve¬lhe e envia-lhe pelo mesmo correio 120 teoremas de geometria que acaba de demonstrar. Hardy viria a escrever mais tarde:
Essas notas só poderiam ter sido escritas por um matemático do mais alto calibre. Nenhum usurpador de idéias, nenhum aldrabão, mesmo genial, teria possibilidades de apreender abstrações tão elevadas. Propõe imediatamente a Ramanujão que se dirija a
Cambridge. Mas a mãe opõe-se, por razões religiosas. É uma vez mais a deusa Namagiri que resolverá a dificuldade. Aparece à velha dama para a convencer de que seu filho pode ir para a Europa sem perigo para a sua alma, e mostra-lhe, em sonhos, Ramanujão sentado no grande anfiteatro de Cambridge no meio dos ingleses que o admiram.
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