sábado, 30 de abril de 2011

Os portugueses têm competência para ordenar despejos sem mandado judicial?


Notícias - Angola24horas
“Casa de família angolana demolida pela empresa Teixeira Duarte”
Nas linhas que se seguem vamos relatar a história de um casal que acordou numa casa de três quartos, completamente mobilada, e que quando voltou encontrou apenas escombros, depois que a empresa portuguesa Teixeira Duarte mandou demolir a casa.
Passavam pouco mais de trinta minutos das 10 horas quando chegamos a Talatona, no bairro Cambamba II. Lá encontramos Hilário Peixoto, 38 anos, que apontou para um enorme amontoado de pedras, poucos metros adiante, que antes fora a sua casa. A terra estava lamacenta, fruto das chuvas que se abateram sobre a cidade nos últimos dias e tivemos que atravessar um terreno íngreme para chegar aos escombros. Ao chegarmos ao local vimos pedaços grandes de concreto, ferros, um gerador caído, aparelhos de ar condicionado e tanques plásticos. “Eu tinha tudo em casa, saí para trabalhar e algumas horas depois ligaram-me a dizer que a minha casa tinha sido demolida pela empresa Teixeira Duarte. Quando cheguei encontrei este cenário desolador”, explicou Hilário Peixoto.
Segundo a vítima, a empresa agiu sem aviso prévio e deitou abaixo a sua casa porque há muito que o vinha aliciando no sentido de abandonar o imóvel, pois quer construir no local um condomínio. Segundo o que apuramos no local, de testemunhas oculares, um encarregado de obras da empresa Teixeira Duarte, de nacionalidade portuguesa, ordenou a demolição, tendo contratado para o efeito um condutor para a máquina que efectuou o trabalho, visto que os funcionários da empresa negaram-se a fazê-lo.
Nesta altura Hilário Peixoto vive no seu carro enquanto a esposa foi abrigada em casa de amigos. Ele passa as noites em frente ao que antes fora a sua casa enquanto aqueles que demoliram a sua casa trabalham a escassos metros daí. Os seus braços estão avermelhados em função das mordeduras de mosquito que tem sofrido e as olheiras são visíveis no seu rosto em função das noites mal dormidas. “Anteontem estava a chover e tive que me abrigar debaixo das chapas que restaram, é muito triste e humilhante para quem tinha uma casa”, lamentou.
Enquanto conversávamos percorremos o espaço onde antes estava a casa, um caminho difícil pelo amontoado de concreto, mobília. Acabamos por embater num ferro. A nossa frente estava parte da cama que estava no quarto do casal que foi deitado abaixo. Fruto da situação, Hilário Peixoto está desolado, pois perdeu tudo o que construiu ao longo de uma vida. “Só falta darem-me um tiro e morrer”, frisou.
Ainda no local foi possível ver lâmpadas e copos partidos.
Por: Suzana Mendes
NP

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Encontrado cérebro preservado de 2.500 anos atrás


Cientistas ingleses se espantaram com o que encontraram dentro de um crânio humano de 2.500 anos: o cérebro da pessoa continuava lá. A descoberta do cérebro – de aparência mais amarelada, mais enrugado e encolhido que o normal – levantou questões sobre como esse tipo de órgão frágil poderia ter sobrevivido tanto tempo e com que frequência este tipo estranho de preservação ocorre.

É comum encontrar crânio datados de tanto tempo atrás, mas eles estão sempre vazios.

Exceto o cérebro, todos os tecidos moles do crânio se foram quando o crânio foi retirado de um poço lamacento da Idade do Ferro, onde a Universidade de York, Inglaterra, planejava construir novos prédios em seu campus.

“Foi simplesmente incrível pensar que o cérebro de alguém que tinha morrido tantos milhares de anos atrás poderia persistir apenas por estar em um ambiente úmido”, surpreende-se Sonia O’Connor, pesquisadora de pós-doutorado na Universidade de Bradford, Inglaterra. O’Connor liderou uma equipe de estudiosos que avaliou o estado do cérebro depois que foi encontrado, em 2008, e analisou os possíveis modos ​​de preservação.

“É particularmente surpreendente porque, se você falar com patologistas que lidam com cadáveres frescos, eles dizem que o primeiro órgão a se deteriorar e basicamente virar líquido é justamente o cérebro, por causa de seu alto teor de gordura”, explica O’Connor.

Quando foi encontrado, o crânio – que pertencia a um homem, provavelmente entre 26 e 45 anos – foi acompanhada por uma mandíbula e duas vértebras do pescoço, revelando evidências de enforcamento seguido de decapitação. Marcas de corte no interior do pescoço indicam que a cabeça foi cortada enquanto ainda havia carne nos ossos, segundo O’Connor. Não há, contudo, nenhuma indicação de porque ele foi enforcado ou por que seus restos mortais ainda não haviam sido encontrados até 2008.

Mais de uma década antes, O’Connor esteve envolvida na descoberta de 25 cérebros preservados da era medieval na área de Kingston-upon-Hull, na Inglaterra. Além dos cérebros, foram encontrados apenas os ossos. Todos os outros tecidos moles haviam desaparecido.

Neste sentido, o cérebro – chamado de Heslington – e os restos medievais são bastante diferentes das múmias, corpos congelados ou intencionalmente preservados, porque nesses casos outros tecidos moles – como pele, músculos e assim por diante – também são preservados. Nenhum dos item recém-descobertos mostrou quaisquer sinais de que foram preservados intencionalmente.

O órgão Heslington juntamente com as outras decobertas de O’Connor parecem ter sido enterrados em ambientes úmidos rapidamente após a morte, onde a ausência de oxigênio impediu a putrefação do tecido cerebral. “Porém, mesmo que o ambiente livre de oxigênio pareça ser o elemento-chave, não é possível descartar outros fatores como certas doenças ou alterações fisiológicas – tais como aquelas que acompanham a fome – que podem predispor o cérebro a ser preservado dessa forma”, afirma O’Connor.

Depois de ser depositados no ambiente úmido do poço, o cérebro Heslington começou a mudar quimicamente, tornando-se um material durável. Ele foi reduzido a um quarto de seu tamanho. Os detalhes químicos do material novo ainda estão sob investigação.

Em um estudo ainda não publicado, a equipe de O’Connor reuniu uma lista de outros cérebros preservados da mesma forma encontrados desde 1960. Relatórios como esses normalmente não recebem muita atenção até mesmo no meio da ciência arqueológica. Tanto que, quando arqueólogos descobrem um cérebro preservado, eles tendem a pensar que é o primeiro de tal achado, segundo O’Connor.

“Parte do problema é que os arqueólogos ficam muito felizes em lidar com os restos de esqueletos humanos permanece, mas assim que há qualquer sinal de tecido mole, a situação de torna psicologicamente muito, muito diferente. Você não está mais lidando com um esqueleto, você está lidando com os restos de um cadáver e, claro, um cadáver é uma pessoa morta “, diz.

O crânio foi datado de algum momento entre 673 e 482 antes de Cristo. Os romanos, entretanto, só chegaram à área no ano de 71 depois de Cristo, de acordo com Richard Hall, diretor de arqueologia que a universidade contratou para avaliar o local e cuidar da escavação em Heslington. A área parece ter sido um assentamento permanente com valas dividindo-a em campos e caminhos através dos quais gado poderia ser conduzido, segundo Hall.

Os arqueólogos também encontraram no local evidêcias do que eles acreditam que tenham sido casas com telhados de colmo, bem como um local provavelmente utilizado para armazenamento de água.

Não se sabe ao certo o que o crânio com o cérebro preservado estava fazendo dentro do poço da região. Nenhum outro resto humano foi encontrado no local.

[MSN]

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Sonda Messenger publica primeiras fotos de Mercúrio


A Nasa divulgou ao mundo, no último dia 17, que a sua Sonda Messenger entrou na órbita do Planeta Mercúrio mais de seis anos depois de seu lançamento (feito em 2004). A primeira das 364 fotos que a Messenger já tirou de Mercúrio foi publicada pela agência na última semana.

Veja a foto. Esta cratera mais brilhante, que parece “puxar” as outras para si, chama-se Debussy, e tem mais de 80 km de diâmetro. O nome é uma alusão a Claude Debussy, músico francês do século XIX, e revela a tendência de que as crateras de Mercúrio são chamadas pelo nome de artistas.

Essa cratera faz parte da face do planeta que está sendo fotografada por primeiro, mas a intenção da Nasa é fazer um catálogo fotográfico completo de Mercúrio, por todos os ângulos. A missão deverá levar um ano e vai tirar, no total, mais de 75 mil fotos do planeta mais próximo do Sol.

Uma curiosidade. O nome da Sonda, Messenger, é uma sigla. Significa “Mercury Surface, Space Environment, Geochemistry and Ranging (em português, Superfície, Ambiente Espacial, Geoquímica e Amplitude Orbital de Mercúrio”). [NYTimes]

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Sem-teto constrói carro a partir de lixo


Orismar de Souza é o brasileiro sem-teto que você vê na foto. Como ele não tinha dinheiro para comprar um carro ele decidiu construir um – com lixo. Quatro anos depois o “Camarão Móvel”, como foi batizada a caranga, anda por aí.

Nos primeiros meses, Orismar, de 35 anos, precisou passar fome para juntar a verba inicial para a construção do carro. Ele reuniu várias peças de ferro velho que encontrou em sua região, na cidade de São José de Piranha.

Segundo Souza, todos riram dele e ninguém acreditou que ele seria capaz de construir um carro – pudera, ele nunca trabalhara com metal e afirmou que pensou em desistir no meio do projeto.

O Camarão Móvel é, em sua maior parte, da Fiat e pode chegar a uma velocidade de até 80 km/h. [Jalopnik]

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Restos de supernova emitem raios-X cósmicos super energéticos


As faixas de raios-X dos restos de uma supernova podem ser a primeira evidência direta de que essas estrelas podem acelerar partículas a energias 100 vezes superiores às alcançadas com o Grande Colisor de Hádrons (Large Hadron Collider – LHC), o acelerador de partículas mais poderoso do mundo.

Segundo os cientistas, isso poderia explicar como algumas das partículas extremamente energéticas que bombardeiam a Terra, chamadas raios cósmicos, são produzidas.

Como os raios cósmicos são compostos de partículas carregadas, como prótons e elétrons, a direção de seu movimento muda quando eles encontram os campos magnéticos em toda a galáxia. Como resultado, a origem de cada um dos raios cósmicos detectados na Terra não pode ser determinada.

Apesar disso, os restos de supernova há muito tempo são considerados bons candidatos à produção dos raios cósmicos mais energéticos da nossa galáxia.

A pesquisa foi feita nos remanescentes da supernova “Tycho”, nomeada em homenagem ao famoso astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, que relatou observar a supernova pela primeira vez em 1572. Ela está localizada na Via Láctea, a cerca de 13.000 anos-luz da Terra. Devido à sua proximidade e brilho intrínseco, a supernova podia ser vista durante o dia a olho nu.

As faixas de raios-X observadas na supernova Tycho fornecem suporte para uma teoria sobre como campos magnéticos podem ser dramaticamente amplificados em ondas de choque de supernovas, produzindo raios cósmicos.

Segundo esta teoria, os campos magnéticos e os movimentos das partículas se tornam muito turbulentos perto da onda de choque da estrela que explode, ou supernova. Partículas carregadas de alta energia podem ir para frente e para trás nessa onda de choque, repetidas vezes, ganhando energia a cada cruzamento.

Os modelos teóricos do movimento das partículas mais energéticas, que são em sua maioria prótons, prevêem uma rede confusa de buracos e paredes densas que correspondem às regiões fortes e fracas do campo magnético.

As faixas de raios-X observadas podem ser “as paredes densas” previstas pela teoria. Seriam as regiões onde a turbulência é maior e os campos magnéticos mais emaranhados do que nas áreas circundantes. Os elétrons ficam presos nessas regiões e emitem raios-X em espiral em torno do campo magnético.

O tamanho dos buracos, ou espaçamento, entre as faixas de raios-X deve corresponder ao raio (medida) do movimento em espiral dos prótons de maior energia da supernova. Se assim for, o espaçamento corresponde a energias cerca de 100 vezes superiores às alcançadas no LHC, e igual às maiores energias dos raios cósmicos produzidos em nossa galáxia.

Já o padrão regular e quase periódico das faixas de raios-X (imagem à direita) não era previsto pela teoria. Ou seja, pode haver algo a mais que os cientistas ainda não entendem. Mais pesquisas podem confirmar esses resultados. [MSN]

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Primeira folha artificial do mundo é criada… e gera energia barata


Pesquisadores acreditam terem criado a primeira folha artificial viável que pode dividir a água em hidrogênio e oxigênio usando a luz solar por um baixo custo.

Desenvolver folhas artificiais que podem transformar a luz solar e a água em energia de forma tão eficiente quanto as existentes na natureza tem sido uma obsessão para os cientistas. E agora, parece que o “Santo Graal da química” foi encontrado. Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), no Encontro Nacional da Associação Americana de Química, pelo Dr. Daniel Nocera, anunciaram a criação de uma folha artificial feita a partir de materiais estáveis e – o mais importante – baratos.

A folha artificial em nada se parece com a original. Porém, o mecanismo de entrada e saída de substâncias é o mesmo. Feita de silício, componentes eletrônicos e vários catalisadores que estimulam as reações químicas dentro do dispositivo, a folha artificial usa luz solar para quebrar a água em hidrogênio e oxigênio, que pode então ser usada para criar eletricidade em uma célula de combustível. “Colocadas em um galão de água e deixadas ao sol, essas folhas artificiais podem fornecer eletricidade suficiente para o gasto diário de um lar no mundo em desenvolvimento”, explica Nocera.

A folha artificial da equipe de Nocera, ressalta-se, não é a primeira tentativa de recriação da fotossíntese em materiais artificiais. As tentativas anteriores, entretanto, criaram folhas artificiais cheias de materiais instáveis, que são caros e têm vida curta. Nocera e sua equipe identificaram um conjunto de catalisadores comuns e de baixo custo, incluindo níquel e cobalto, que dão conta do recado com uma despesa muito menor. E no laboratório, as folhas do tamanho de cartas de baralho já trabalharam ininterruptamente durante 45 horas seguidas, sem nenhum sinal de queda na produção.

Nocera e companhia voltarão a tentar aumentar a eficiência e a vida útil do material fotossintético. É uma tecnologia que ainda precisa de vários reparos por enquanto, mas a evolução apresentada pela folha artificial é significativa. Dimensionada e produzida em massa, algo como a folha do laboratório de Nocera poderia ser o componente-chave para a mudança em direção a uma economia baseada no hidrogênio. Em outras palavras, tal tecnologia poderia ser a base para uma nova ordem mundial, tendo em vista a demanda atual por energia limpa e de baixo custo – duas categorias em que a folha artificial é aprovada com louvor.

[PopSci]

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O vídeo mais assustador do Tsunami no Japão


Já vimos vários vídeos assustadores do Tsunami que atingiu o Japão nesse mês. Mas, até agora, nenhum conseguiu ser tão aterrorizante quanto esse, em que as ondas destroem o porto de Kesennuma.

Veja como o tsunami joga carros como se fossem de plástico, e como, rapidamente, a cidade fica submersa. Quando a onda passa, apenas alguns edifícios sobrevivem. [Jalopnik]

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Inédita forma de matéria é encontrada


Cientistas podem ter descoberto uma nova forma da matéria, diferente dos estados sólido, líquido, gasoso e plasma.

A descoberta veio enquanto estudavam o comportamento estranho de supercondutores de alta temperatura. Os elétrons em um estado pré-supercondutor aparentemente formam uma matéria estranha, alinhando-se em uma forma nunca vista antes.

Supercondutores são materiais 100% eficazes, que não desperdiçam energia. Dentro deles, os elétrons são divididos em pares, conduzindo eletricidade sem resistência. Isso geralmente requer que os supercondutores operem em temperaturas extremamente baixas, ou seja, não muito práticos para outras utilizações.

Dessa forma, os cientistas vêm tentando criar supercondutores quentes que possam operar em temperatura ambiente, mas eles formam uma “pseudo lacuna” enquanto os elétrons mudam seus níveis de energia, preparando-se para entrar no estado supercondutor.

Durante essa “pseudo lacuna”, os elétrons não estão superconduzindo. Por 20 anos, ninguém foi capaz de descobrir o que eles estavam fazendo. Além disso, os cientistas não têm certeza se isso faz parte do processo de supercondução, ou se é prejudicial. É necessário fechar essa “pseudo lacuna”?

Assim, o novo estudo tentou descobrir o que os elétrons estavam fazendo. Os pesquisadores combinaram três tipos de técnicas de medição para estudar o comportamento eletrônico na superfície, o comportamento termodinâmico no interior, e as mudanças das propriedades dinâmicas ao longo do tempo.

Eles descobriram que, na fase da “pseudo lacuna”, os elétrons não formam pares. Em vez disso, eles se reorganizam em uma ordem diferente, e essa formação permanece mesmo quando o material vira supercondutor (porém, ninguém havia percebido isso antes).

Os cientistas ainda não sabem o que significa essa nova ordem eletrônica. Mas a descoberta é interessante: a nova fase da matéria cria também novas perguntas sobre as propriedades eletrônicas e a forma como trabalham os supercondutores. [POPSCI]

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Foto espacial: o maior Cânion do Sistema Solar


Na imagem você vê Marte cortado pelo maior cânion que existe no sistema solar. Chamado de Valles Marineris, ele se estende por 3 mil quilômetros, tem 600 quilômetros de largura e 8 quilômetros de profundidade.

O maior cânion da Terra, o Grand Cânion, nos EUA, tem 800 km de comprimento, 30 de largura e 1,8 km de profundidade.

A origem de Valles Marineris ainda não é conhecida, mas suspeita-se que ele tenha se originado a partir de uma fenda, quando o planeta estava se resfriando, bilhões de anos atrás.

A imagem acima é, na verdade, uma montagem feita a partir de várias fotos tiradas nos anos 70, por sondas.[Nasa]

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Esporte bizarro – surfe de metrô


Pedimos encarecidamente, desde já, que nenhum leitor tente adaptar esse esporte para o cenário nacional. Mas é nosso dever apresentar um esporte tão bizarro quanto o surfe de metrô, que virou moda em Moscou, na Rússia.

Adolescentes tentam pegar “carona” na traseira dos metrôs enquanto filmam tudo.

Como você pode imaginar, tudo surgiu como tentativa desesperada de entrar no metrô durante a hora do rush. Lá em Moscou, o sistema de metrô é muito concorrido nos horários de pico, então as pessoas começaram a se pendurar nos metrôs para chegar a tempo em seus compromissos.

Infelizmente, a prática insegura virou esporte para adolescentes que buscam maneiras de sentir adrenalina e de conseguir fama na internet. Agora eles são tão comuns que ninguém mais acha o hábito estranho.

E o negócio está ficando profissional – eles até prendem câmeras na cabeça para postarem vídeos no YouTube depois. Confira:

Sabemos o que você deve estar se perguntando: como que ninguém morreu fazendo isso ainda? O fato é que dois adolescentes, estudantes universitários de 19 anos, foram esmagados praticando o “esporte”. Mesmo assim, os outros praticantes acreditam que o surfe de metrô é tão divertido que vale o risco.[OddityCentral]

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Conheça o hexacóptero espião


Ter privacidade está ficando cada vez mais difícil. As novidades tecnológicas podem transformar o dia-a-dia do cidadão comum em cenas de “Minority Report” ou “Controle Absoluto”. Pensar em um cenário tão preocupante pode ser excesso de pessimismo, mas a empresa americana TiaLinx construiu um “hexacóptero” que ficou conhecido como Phoenix40-A e pode perceber a respiração de alguém e a movimentação de pessoas mesmo estando longe do chão. Ele consegue identificar alguém mesmo através de paredes. A novidade pode trazer mais segurança, mas pode acabar com a privacidade.

O robozinho espião é movido por controle remoto e consegue viajar longas distâncias enquanto executa diversas tarefas de vigilância, incluindo gravar vídeos à luz do dia ou mesmo de noite, com sua visão noturna. Mas o impressionante mesmo é a capacidade de “enxergar”, em tempo real, através de paredes por meio de seus feixes estreitos de ondas de rádio de múltiplos gigahertz.

O Phoenix40-A pode aterrisar em cima de um prédio e fazer uma varredura em busca de presença humana, ou pode ainda fazê-lo enquanto voa. Ele pode, ainda, gerar um layout, um esquema, de um prédio e enviá-lo para a polícia, antes que ela invada o lugar. A máquina pode até ajudar a encontrar minas terrestres.
Mas, vendo pelo lado bom, o hexacóptero não tem apenas funções militares (apesar das pesquisas para construí-lo terem sido bancadas, em parte, pelo exército dos EUA), ele poderia, por exemplo, ajudar no resgate de vítimas do terremoto no Japão. Ele poderia voar sobre territórios arrasados para procurar sinais de vida.
Quem sabe? Poderia até encontrar o Bin Laden. [PopSci]

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“Explosões de corrente elétrica” podem apagar fogo


Apesar da tecnologia de combate a incêndios ter avançado ao longo das últimas décadas (novas técnicas e novos instrumentos), fundamentalmente, ainda estamos apagando fogo à moda antiga: com uma mangueira de água.

Agora, pesquisadores americanos sugerem que os bombeiros poderiam extinguir as perigosas chamas não com um inibidor físico, mas com uma explosão de corrente elétrica.

Os cientistas descreveram um meio de suprimir ou extinguir o fogo sem alagar edifícios e gastar uma vasta quantidade de água. Graças à observação (que já tem 200 anos) de que cargas elétricas podem afetar a forma das chamas, os pesquisadores desenvolveram um “explosor” de onda elétrica que poderia ser a base de uma nova tecnologia de combate a incêndios.

O modelo desenvolvido envolve ligar um amplificador de 600 watts em uma espécie de “varinha” que direciona a corrente elétrica. Para testá-lo, os pesquisadores criaram uma chama aberta de 30 centímetros. De longe, a “varinha” foi capaz de apagar a chama inteiramente em todas as tentativas.

600 watts é aproximadamente o necessário para alimentar o som de um carro de gama alta, mas os pesquisadores acreditam que podem obter efeitos semelhantes com um décimo dessa potência. Isso significa que tais “explosores” poderiam ser carregados nas costas ou levados por bombeiros em casos de emergência.

O processo com o qual funciona a tecnologia parece simples, mas é na verdade muito complexo, e não muito bem compreendido (várias coisas diferentes acontecem ao mesmo tempo).

Porém, essencialmente, os pesquisadores afirmam que as partículas de carbono (fuligem) geradas durante a combustão (queima) são facilmente carregadas, e uma vez carregadas elas respondem a campos elétricos de forma estranha que afetam a estabilidade da chama. Se for possível afetar essa estabilidade por tempo o suficiente, a chama colapsa.

A nova tecnologia poderia permitir que os bombeiros abrissem caminhos em paredes de fogo, a fim de entrar em um prédio em chamas, ou abrir passagens de escape para as pessoas que estão no meio de um incêndio.

O dispositivo poderia até mesmo ser incorporado a pacotes de defesa dos prédios e instituições, poupando situações em que um edifício inteiro fica encharcado graças a um pequeno incêndio em um local isolado. [POPSCI]

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Despertar dos Mágicos (40). restos da lendária machina analytica, anterior ao Dilúvio de Chamas.


Sagrada é a aventura indefinidamente recomeçada, e no entanto indefinidamente progressiva, da inteligência sobre a Terra. E sagrado é o olhar que Deus lança sobre essa aventura, o olhar sob o qual se encontra suspensa essa aventura.
Permitem que terminemos este estudo, ou antes, este exercício, com uma história? É uma narrativa de um jovem escritor americano, Walter M. Miller. Quando a descobrimos, Bergier e eu, sentimos uma profunda alegria.

Louis Pauwels e Jacques Bergier. DIFEL

Oxalá os nossos leitores tenham a mesma sensação!
Um cântico para São Leibowitz
Se não fosse aquele peregrino que de repente lhe apareceu mesmo a meio do deserto, onde prosseguia o jejum ritual da Quaresma, Frei Francis Gérard de L'Utah com certeza nunca teria descoberto o documento sagrado. Era aliás a primeira vez que tinha oportunidade de ver um peregrino com uma tanga a envolvê-lo, de acordo com a melhor tradição, mas um simples olhar bastou para convencer o jovem monge de que a personagem era autêntica. O peregrino era um velho desengonçado que coxeava apoiando-se ao clássico bordão; a barba selvagem estava manchada de amarelo à volta do queixo e transportava um pequeno odre ao ombro. Com a cabeça coberta por um amplo chapéu e sandálias nos pés, tinha os rins apertados por um pedaço de pano de sacos, bastante sujo e esfarrapado. Era o único vestuário que usava e assobiava (falso) enquanto descia a pista pedregosa do norte. Parecia dirigir-se para a abadia dos frades de Leibowitz, situada a uma dezena de quilômetros na direção do sul.
Assim que avistou o jovem monge no seu deserto de pedras, o peregrino cessou de assobiar e começou a examiná-lo com curiosidade. Quanto a Frei Francis, absteve-se de quebrar a lei do silêncio imposta pela Ordem para os dias de jejum; afastando rapidamente o olhar, continuou portanto a trabalhar, trabalho que consistia em erguer uma muralha de pedras grandes para proteger dos lobos a sua provisória habitação.
Um pouco enfraquecido após dez dias de um regime exclusivamente composto por bagas de cactos, o jovem monge sentia que a cabeça lhe andava à roda enquanto continuava o trabalho. Há já algum tempo que a paisagem parecia bailar-lhe diante dos olhos e via manchas negras flutuarem à sua volta; por isso, a princípio, perguntou a si próprio se aquela barbuda aparição não seria uma simples miragem provocada pela fome. . . Mas o peregrino não tardou em dissipar-lhe as dúvidas:
- Ola allay!, exclamou alegremente, numa voz agradável e melodiosa.
Visto que a lei do silêncio o impedia de responder, o jovem monge limitou-se a esboçar um sorriso, sem erguer o rosto. Este caminho vai realmente para a abadia?, continuou então o vagabundo.
Sempre sem levantar os olhos, o noviço acenou afirmativamente com a cabeça, depois inclinou-se para apanhar um pedaço de pedra branca, semelhante a giz.
O que é que aqui faz, no meio de todos estes rochedos?, continuou o peregrino aproximando-se dele.
Rapidamente, Frei Francis ajoelhou-se para riscar sobre uma grande pedra lisa as palavras Solidão e Silêncio. Se soubesse ler - o que aliás era pouco provável, considerando as estatísticas - dessa forma o peregrino poderia compreender que a sua simples presença era um motivo de pecado para o penitente, e com certeza se retiraria sem insistir.
Ah, bom, disse o barbudo.
Ficou um instante imóvel, passeando o olhar em volta depois bateu com o bordão numa grande rocha:
Olhe, disse, aqui está uma que lhe convinha... Então boa sorte, e oxalá encontre a Voz que procura!
De momento, Frei Francis não compreendeu que o estrangeiro quisera dizer Voz com V maiúsculo; pensou simplesmente que o velho o tomara por um surdo-mudo. Depois de lançar um rápido olhar ao peregrino que se afastava assobiando novamente, apressou¬se a dedicar-lhe uma bênção silenciosa para que fizesse boa viagem, depois regressou ao seu trabalho de pedreiro, desejoso de construir um recinto fechado em forma de caixão no qual se pudesse estender para dormir sem que a sua carne servisse de atrativo para os lobos devoradores.
Passou-lhe por cima da cabeça um celestial rebanho de nuvenzinhas: depois de induzirem cruelmente o deserto em tentação, aquelas nuvens preparavam-se agora para derramar sobre as montanhas a sua úmida bênção... Essa passagem refrescou por momentos o jovem monge protegendo-o dos escaldantes raios de sol e aproveitou¬os para intensificar o seu trabalho, sublinhando cada gesto com orações segredadas para confirmar a verdadeira vocação - pois era esse, na verdade, o fim que pretendia atingir durante o período de jejum no deserto.
Finalmente, Frei Francis pegou na grande pedra que o peregrino lhe indicara... mas as boas cores que adquirira ao cumprir o seu penoso trabalho abandonaram-lhe o rosto e deixou cair precipitadamente o pedaço de rocha, como se tivesse tocado numa serpente.
Jazia a seus pés uma caixa de lata enferrujada, parcialmente oculta pelas pedras. . .
Levado pela curiosidade, o jovem monge quis imediatamente pegar-lhe, mas primeiro recuou um passo e benzeu-se rapidamente, resmungando em latim, após o que, tranqüilizado, não receou dirigir-se à própria lata.
Vade retro, Satanás!, ordenou-lhe, ameaçando-a com o pesado crucifixo do seu rosário. Desaparece, Vil Sedutor! Tirando dissimuladamente de sob a túnica um minúsculo hissopo, borrifou a lata com água benta, para o que desse e viesse. Se és uma criatura diabólica, desaparece! Mas a caixa não deu provas de querer desaparecer, nem de explodir, nem sequer de se encarquilhar num odor de enxofre... Contentou-se em continuar tranquilamente no seu lugar, deixando ao vento do deserto o cuidado de fazer evaporar as gotas santificadoras que a cobriam.
Assim seja!, exclamou então o frade ajoelhando-se para pegar no objeto.
Sentado no meio das pedras, passou mais de uma hora martelando a caixa com uma grande pedra, a fim de a abrir. Enquanto se dedicava a essa tarefa, veio-lhe a idéia de que aquela relíquia arqueológica - pois era bem visível que disso se tratava - talvez fosse um sinal enviado pelo Céu para lhe indicar que a vocação lhe era concedida. No entanto, afastou imediatamente tal idéia, recordando-se a tempo de que o Frei Abade o pusera seriamente de sobreaviso contra qualquer revelação pessoal direta de caráter espetacular. Se deixara a abadia para cumprir no deserto aquele jejum de quarenta dias, refletiu, era justamente para que a penitência lhe proporcionasse uma inspiração vinda do Céu, a chamá-lo para as Ordens Sagradas.
Não devia esperar ser testemunha de visões ou ouvir-se chamar por vozes celestiais: tais fenômenos apenas trariam uma vã e estéril presunção. Inúmeros noviços tinham trazido do seu retiro no deserto abundantes histórias de presságios, de premonições e visões celestiais, motivo por que o Frei Abade adotara uma política enérgica em face desses pretensos milagres. O Vaticano é o único qualificado para se pronunciar sobre o assunto, resmungara, e é necessário evitar interpretar como revelação divina o que não passa do resultado de um golpe de sol.
Apesar de tudo, no entanto, Frei Francis não podia impedir-se de manipular a velha caixa de metal com infinito respeito, enquanto a martelava o melhor que podia para a abrir...
Subitamente a caixa cedeu, espalhando o seu conteúdo pelo chão, e o jovem religioso sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. Ia-se-lhe revelar a própria Antiguidade! Apaixonado por arqueologia, tinha dificuldade em acreditar no que via e pensou de repente que Frei Jeris ia ficar doente de inveja - mas logo se censurou por esse pensamento pouco caridoso e começou a agradecer ao Céu que o gratificava com semelhante tesouro.
Tremendo de emoção, tocou cautelosamente nos objetos que a caixa continha esforçando-se por os espalhar. Os seus antigos estudos permitiram-lhe descobrir no meio do conjunto uma chave de parafusos - espécie de instrumento utilizado outrora para introduzir na madeira toros de metal com roscas e uma espécie de pequena tesoura, de lâminas afiadas. Descobriu também uma ferramenta bizarra, composta por um cabo de madeira carunchosa e por uma sólida haste de cobre à qual aderiam ainda algumas parcelas de chumbo derretido, mas não conseguiu identificá-la. A caixa continha ainda um pequeno rolo de fita negra e aderente, muito deteriorada pelos séculos para que fosse possível saber do que se tratava, e inúmeros fragmentos de vidro e de metal, assim como diversos desses pequenos objetos tubulares com escovas de fios de ferro que os pagãos das montanhas consideravam amuletos, mas que certos arqueólogos supunham ser restos da lendária machina analytica, anterior ao Dilúvio de Chamas.
Frei Francis examinou cuidadosamente todos aqueles objetos antes de os colocar a seu lado sobre a grande pedra lisa; quanto aos documentos, resolveu examiná-los em último lugar. Como sempre, aliás, eram eles que constituíam a mais importante descoberta, tendo em conta o reduzido número de papéis que tinham escapado aos terríveis autos-de-fé ateados durante a Era da Simplificação por uma população ignorante e vingativa, que não receava destruir dessa forma os próprios textos sagrados.
A preciosa caixa continha dois desses inestimáveis papéis, assim como três pequenas folhas de notas manuscritas. Todos aqueles documentos veneráveis eram muito frágeis, por a antiguidade os ter ressequido e tornado quebradiços; por isso o jovem monge pegou-lhes com a maior das precauções, tendo todo o cuidado em protegê-los do vento com uma aba da túnica.
Aliás eram dificilmente legíveis e redigidos em inglês antediluviano, essa língua antiga que, como o latim, já não era utilizada atualmente, a não ser pelos monges e pelo Ritual litúrgico. Frei Francis começou a decifrá-los lentamente, lendo as palavras de passagem sem lhes penetrar o verdadeiro sentido. Sobre uma das pequenas folhas lia¬se: 1 libra de salsicha, 1 lata de choucroute para Ema. A segunda folha dizia: Pensar em ver a fórmula 1040 para declaração de impostos. Finalmente a terceira só continha números e uma longa adição, depois um número que manifestamente representava uma percentagem subtraída ao total precedente e seguida da palavra Bolas!. Incapaz de compreender fosse o que fosse daqueles documentos; o monge contentou-se em verificar os cálculos e achou-os certos.

sábado, 23 de abril de 2011

Teixeira Duarte SA. O regresso em força do colonialismo. É necessária a libertação da podridão, já!


«O Horácio (na foto) um dia destes chegou a casa e encontrou apenas os escombros da mesma, com tudo lá dentro quebrado.
A Teixeira Duarte que queria o terreno, ofereceu-lhe 230 mil dólares para ele abandonar a "bem" o cobiçado pedaço.
O Horácio disse que com tal dinheiro não iria conseguir fazer nada.
A Teixeira Duarte "cansou-se" da teimosia do angolano e mandou um dos seus encarregados aplicar a lei do mais forte, a lei do buldozer.
Ao Horácio restou-lhe uma viatura onde agora passa as noites...
Isto é Angola no seu melhor!»
in morrodamaianga.blogspot.com

terça-feira, 19 de abril de 2011

PARE BELOMONTE


Presidente Dilma, Ministro Antonio Patriota e Ministra Maria do Rosário Nunes, como um cidadão brasileiro consciente, eu apoio a OEA no seu pedido para interromper a construção de Belo Monte. O Brasil precisa investir em energia verdadeiramente renovável, que não destrói o meio ambiente ou atinge populações vulneráveis. Ouça a OEA e pare Belo Monte!
http://www.avaaz.org/po/belo_monte/

Sonia Mariza Martuscelli ‎"Constatamos ausência absoluta do Estado. É uma terra de ninguém. Há problemas de todas as ordens. Há exploração sexual de crianças, ausência do Estado no atendimento aos segmentos mais básicos. O que constatamos é um flagrante desequilíbrio entre o consórcio e as populações ribeirinhas, as etnias indígenas e outras comunidades tradicionais existentes naquela região", disse o conselheiro.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O Despertar dos Mágicos (39). um projétil de cobalto de quinhentas mil toneladas poderia acabar com a vida sobre a maior parte do Mundo.


A criação cósmica é mantida por vibrações que poderiam igualmente interrompê-la. Esta teoria não se afasta muito das concepções modernas. Amanhã será fantástico: todos o sabem. Mal talvez o seja duplamente, tirando-nos a idéia de que ontem era banal.

Louis Pauwels e Jacques Bergier. DIFEL

Nós temos da Tradição, isto é, do conjunto dos textos mais antigos da humanidade, uma concepção muito literária, religiosa, filosófica. E se se tratasse de imemoriais recordações, consignadas por pessoas já muito afastadas do tempo em que se desenrolavam os acontecimentos, transpondo, fantasiando? Imemoriais recordações de civilizações técnica e cientificamente tão avançadas como a nossa, se não infinitamente mais? Que diz a Tradição, vista sob este aspecto?
Em primeiro lugar, que a ciência é perigosa. Esta idéia podia surpreender um homem do século XIX. Sabemos agora que bastaram duas bombas sobre Nagasaki e Hiroshima para matar 300 000 pessoas, que aliás essas bombas já estão ultrapassadas, e que um projétil de cobalto de quinhentas mil toneladas poderia acabar com a vida sobre a maior parte do Mundo.
Em seguida, que pode haver contacto com seres não terrestres. Contra-senso para o século XIX, mas não para nós. Já não é impensável que existam universos paralelos ao nosso, com os quais se poderia estabelecer comunicação. Os radio-telescópios captam ondas emitidas há dez bilhões de anos-luz, moduladas de tal forma que se assemelham a mensagens. O astrônomo John Krauss, da Universidade de Ohio, afirma ter captado, a 2 de Junho de 1956, sinais provenientes de Vênus. Outros sinais, provenientes de Júpiter, teriam sido recebidos no Instituto de Princeton.
Finalmente a Tradição assegura que tudo o que se passou, desde o início dos tempos, foi gravado na matéria, no espaço, nas energias, e pode ser revelado. É exatamente o que diz um grande sábio como Bowen na sua obra A Exploração do Tempo, e é um pensamento de que hoje participa a maior parte dos investigadores.
Nova objeção: uma elevada civilização técnica e científica não desaparece inteiramente, não se extingue completamente. Resposta: Nós, as civilizações, sabemos agora que somos mortais. São justamente as técnicas mais evoluídas que se arriscam a provocar o desaparecimento total da civilização de que brotaram. Imaginemos a nossa própria civilização num futuro próximo. Todas as centrais de energia, todas as armas, todos os emissores e receptores de telecomunicações, todos os aparelhos de eletricidade e de nucleônica, enfim, todos os instrumentos tecnológicos se baseiam no mesmo princípio de produção de energia. Após qualquer reação em cadeia, todos esses instrumentos, gigantescos ou de algibeira, explodem. Todo o potencial material e a maior parte do potencial humano de uma civilização desaparece. Só restam as coisas que não testemunham essa civilização, e os homens que viviam mais ou menos afastados dela.
Os sobreviventes tornam a cair na simplicidade. Só restam recordações, consignadas desajeitadamente após a catástrofe: narrativas de aparência lendária, mítica, onde se sente o tema da expulsão de um paraíso terrestre e o sentimento de que há grandes perigos, grandes segredos escondidos no seio da matéria. Tudo recomeça a partir do Apocalipse: A Lua adquiriu um aspecto sangrento e os céus fecharam-se como um rolo de pergaminho.. .
Em 1946, as patrulhas do governo australiano, ao aventurarem-se nas altas regiões incontroláveis da Nova Guiné, ali encontraram tribos agitadas por um grande vento de excitação religiosa: acabava de nascer o culto do cargo. O cargo é um termo inglês que designa as mercadorias comerciais destinadas aos indígenas: latas de conserva, garrafas de álcool, candeeiros de parafina, etc. Para esses homens ainda na idade da pedra o súbito contacto com semelhantes riquezas não podia deixar de ser profundamente perturbante. Seria caso que os homens brancos pudessem ter fabricado tais riquezas? Impossível.
Os Brancos que se vêem é evidente que são incapazes de construir com as próprias mãos um objeto maravilhoso. Sejamos positivos, era mais ou menos o que pensavam os indígenas da Nova Guiné: já alguma vez se viu um homem branco fabricar fosse o que fosse? Não, mas os Brancos dedicam-se a tarefas muito misteriosas: vestem-se todos da mesma maneira. Por vezes sentam-se diante de uma caixa de metal sobre a qual há mostradores e escutam ruídos estranhos que de lá saem. Fazem sinais sobre folhas em branco. Trata-se de ritos mágicos, graças aos quais obtêm dos deuses que estes lhes enviem o cargo.
Os indígenas resolveram então copiar esses ritos: experimentaram vestir-se à européia, falaram para dentro de latas de conserva, espetaram troncos de bambu sobre as suas choupanas, a imitarem antenas. E construíram falsas pistas de aterragem, na expectativa do cargo.
Ora bem. E se os nossos antepassados tivessem interpretado desta forma os seus contactos com as civilizações superiores? Restar-nos-ia a Tradição, quer dizer, o ensinamento de ritos que na realidade eram formas muito legítimas de agir em função de conhecimentos diferentes. Teríamos imitado infantilmente atitudes, gestos, manipulações, sem os compreender, sem os relacionar com uma realidade complexa que nos escapava, na expectativa de que esses gestos, essas atitudes, essas manipulações nos trouxessem qualquer coisa.
Qualquer coisa que não vem: um maná celestial, na verdade conduzido por vias que anossa imaginação não podia conceber. É mais fácil cair no ritual do que atingir o conhecimento, mais fácil inventar deuses do que compreender técnicas. Posto isto, acrescento que nem Bergier nem eu próprio pretendemos reduzir todo o impulso espiritual a uma ignorância material. Pelo contrário. Para nós, a vida espiritual existe. Se Deus ultrapassa a realidade, encontraremos Deus quando conhecermos toda a realidade. E se o homem tem poderes que lhe permitem compreender todo o Universo, Deus é talvez o Universo todo, mais qualquer outra coisa.
Mas continuemos o nosso exercício de desenvolvimento espiritual: se aquilo a que chamamos esoterismo não passasse, de fato, de um exoterismo? Se os mais antigos textos da humanidade, a nossos olhos sagrados, não passassem de traduções adulteradas, de divulgações sem autoridade, de relatos em terceira mão, das recordações um pouco falseadas de realidades técnicas? Nós interpretamos esses velhos textos sagrados como se realmente fossem a expressão de verdades espirituais, de símbolos filosóficos, de imagens religiosas.
É que, ao lê-los, só recorremos a nós próprios, homens ocupados pelo nosso pequeno mistério interior: gosto do bem e faço o mal, vivo e vou morrer, etc. Eles dirigem-se a nós: esses engenhos, esses raios, esses manás, esses apocalipses são representações do mundo do nosso espírito e da nossa alma. É a mim que falam, a mim; para mim... E se se tratasse de longínquas recordações deformadas de outros mundos que existiram, da passagem por esta terra de outros seres que procuravam, que sabiam, que trabalhavam? Imaginai uma época muito remota em que as mensagens provenientes de outras inteligências do Universo eram captadas e interpretadas, em que os visitantes interplanetários tinham instalado uma rede sobre a Terra, onde fora estabelecido um tráfico cósmico.
Imaginai que ainda existe em qualquer santuário notas, diagramas, relatórios, decifrados com dificuldade, no decorrer dos milenários, por monges detentores dos segredos antigos, mas de forma nenhuma qualificados para compreender esses segredos na sua totalidade, que não cessaram de interpretar, de extrapolar. Exatamente como seriam capazes de fazer os feiticeiros da Nova Guiné ao tentarem compreender uma folha de papel sobre a qual estivessem inscritos os horários dos aviões entre Nova Iorque e São Francisco. Por fim, tendes o livro de Gurdjieff: Narrações de Belzebu a seu Neto, cheio de referências a conceitos desconhecidos, a uma linguagem inverossímil. Gurdjieff diz que teve acesso a fontes. Fontes que não passam de desvios. Faz uma tradução em milésima mão, acrescentando-lhe idéias
pessoais, edificando uma simbólica do psiquismo humano: eis o esoterismo.
Um prospecto-guia das linhas internas de aviação dos U.S.A.: Pode marcar o seu lugar em qualquer parte. Esse pedido de marcação é registrado por um autômato eletrônico. Outro autômato marca o lugar no avião que você deseja. O bilhete que lhe for entregue será perfurado conforme, etc. Imaginai o que isto daria à milésima tradução em dialeto amazônico, feita por pessoas que nunca tivessem visto um avião e que ignorassem o que seja um autômato, bem como o nome das cidades citadas no guia. E agora: imaginai o esoterista perante esse texto, remontando às origens da sabedoria antiga e procurando um ensinamento para a conduta da alma humana...
Se existiram, na noite dos tempos, civilizações edificadas sobre um sistema de conhecimentos, também houve manuais. As catedrais seriam manuais do conhecimento alquímico. Não está posto de parte que alguns desses manuais, ou fragmentos, tenham sido novamente descobertos, piedosamente conservados e indefinidamente recopiados por monges cuja tarefa era mais salvaguardar do que compreender. Indefinidamente recopiados, fantasiados, transpostos, interpretados, mas em função do limitado saber da época seguinte.
Mas, no fim de contas, todo o real conhecimento técnico, científico, levado ao extremo, conduz a um conhecimento profundo da natureza do espírito, dos recursos do psiquismo, leva a um estado superior de consciência. Se, a partir dos textos esotéricos - mesmo que não sejam senão aquilo que aqui dizemos -, alguns homens puderam ascender a esse estado superior de consciência, de certa maneira restabeleceram contacto com o esplendor das civilizações extintas. Também não está excluído que haja duas espécies de textos sagrados: fragmentos de testemunhos de um antigo conhecimento técnico, e fragmentos de livros puramente religiosos, inspirados por Deus. Ambos se confundiriam, à falta de referências que permitissem distingui-los. E, na verdade, tanto num caso como noutro, trata-se de textos igualmente sagrados.
Imagem: caos-mundial.blogspot.com

sexta-feira, 15 de abril de 2011

MPLA AMEAÇA DE MORTE MARCOLINO MOCO. Não constitui novidade, é prática recorrente.


José Manuel, correspondente da Rádio Ecclesia em Benguela no noticiário de hoje, 15Abr, das 13 horas que se transcreve:
Em Benguela, num debate intitulado, os Ventos do Norte e Angola, sob patrocínio da ONG, OMUNGA, Marcolino Moco, disse que estamos perante a consumação de uma ditadura. E que foi ameaçado de morte pelo MPLA.
Marcolino Moco enfatizou que só agora o denunciou, porque na altura receava pela vida da sua família. As palavras foram: «Se não te calas, vai-te acontecer o mesmo que aconteceu ao Savimbi.


Biografia de Marcolino Moco
Biografia – Domingos Florentino
Moco Producoes

Domingos Florentino é o pseudónimo de Marcolino José Carlos Moco que foi Primeiro Ministro de Angola, de 1992 a 1996 e Secretário-Executivo da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa de 1996 a 2000.

http://marcolinomoco.com/?p=301

É licenciado em Direito pela Universidade Agostinho Neto. Natural da Província do Huambo, planalto central de Angola. Nasceu a 19 de Julho de 1953, mais precisamente na localidade de Chitue, no Município de Ekunha – antiga Vila Flor – uma região propícia à agro-pecuária. O escritor afirma que a sua “poesia é uma poesia telúrica que vem da experiência pessoal” (…). Descende de uma importante linhagem de chefes tradicionais, conhecidos em Angola pela designação de sobas, um dos quais foi Tchítue, fundador da aldeia onde nasceu. Seu pai é hoje um dos sobas mais influentes do grupo etnolinguístico Ovimbundu . Os mais velhos de sua terra contam que ele era uma criança muito interessada em histórias, provérbios e contos, transmitidos oralmente. Aprendeu as primeiras letras com seu pai. Fez os estudos secundários longe da sua aldeia natal e concluiu em 1974, na cidade do Huambo, na época conhecida por Nova Lisboa, o curso complementar dos liceus. O seu interesse pela literatura, e especialmente pela poesia, teve início lendo os clássicos da literatura, e obras de filosofia, sociologia e história. O envolvimento com a luta pela independência de Angola começou cedo. Foi também na poesia de Alexandre Dáskalos, Agostinho Neto, Viriato da Cruz, António Jacinto e outros autores ligados à luta pela dignidade do homem angolano que encontrou, na sua juventude, a inspiração que o guiou tanto na sua luta política como na sua escrita. Em 1974 foi dispensado do Seminário Católico de Cristo-Rei, do Huambo, por ser um dos líderes de reuniões políticas onde se escutava a Rádio Brazzaville que emitia do Congo o programa Angola Combatente do MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola. A primeira profissão, entre 1974 e 1978, foi a de professor de Língua Portuguesa e História Universal, no Ensino Preoaratório e Ensino Secundário, respectivaamente, na província do Huambo. Nesta época aderiu à luta política, pelo MPLA. Foi Governador de duas províncias: Bié e Huambo, no centro do país, entre 1986 e 1989. Muita da sua poesia e outros escritos produzidos neste período e antes da guerra perdeu-se durante os ataques terroristas de que foi alvo, por várias ocasiões em residências sucessivas. Nomeado para o governo central como Ministro da Juventude e Desportos, 1989, trabalhou na elaboração e aprovação de uma estratégia do desenvolvimento do desporto nacional para até o ano 2000 e na elaboração e aprovação de uma política para a juventude. Em 1985, durante o congresso do MPLA, partido no poder em Angola, passa a integrar o seu Comité Central e em 1990 é Secretário para os Assuntos Políticos do seu Bureau Político para o qual ascendeu, trabalhando nas reformas políticas e económicas que transformaram o regime mono partidário angolano num sistema pluripartidário. Como Secretário-Geral do MPLA, cargo para o qual foi eleito em 1991, coordenou a estratégia do seu partido para as primeiras eleições gerais de Angola realizadas em 1992 e definidas pela ONU como livres e justas, nas quais o MPLA obteve maioria absoluta, ao que se seguiu a sua nomeação como Primeiro Ministro pelo Presidente José Eduardo dos Santos. Durante o período que exerceu o cargo de Primeiro-Ministro deu um importante impulso à cultura, manteve permanentes contactos com individualidades e representantes de associações ligadas às artes e assistiu inúmeras vezes às actividades organizadas na sede da União dos Escritores Angolanos e a outros actos públicos, mas manteve discretamente oculta a sua condição de poeta. Não queria que se fizesse uma leitura preconceituosa da sua obra literária, e quis separar a sua actividade literária da política. Em 1995 publicou Raízes do Porvir, revelando, assim, na maturidade, essa vertente da sua vida que vinha da juventude. Ao adoptar o pseudónimo de Domingos Florentino para a poesia, o escritor prestou uma homenagem à família e a sua terra natal. Domingos, é assim que seu pai sempre carinhosamente o chama, provavelmente por ter nascido num domingo; e Florentino por estar relacionado com o lugar muito florido onde nasceu. – Vila Flor (actual Ekunha). A partir do momento em que o poeta se revelou, publicando também em jornais, tornou-se difícil gerir o segredo que foi desvendado rapidamente pela imprensa: “Domingos Florentino é Marcolino Moco, o Primeiro-Ministro”. Foi eleito Secretário Executivo da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, pelos sete Chefes de Estado e de Governo de Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, durante o acto de institucionalização dessa organização, realizado em Lisboa, em 17 de Julho de 1996, por proposta do Presidente José Eduardo dos Santos, de Angola. Reeleito por unanimidade em 17 de Julho de 1998 para exercer mais dois anos esse cargo, durante a 2ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, realizadas na cidade da Praia, em Cabo-Verde. Comendador da Ordem Infante D. Henrique, distinção que recebeu do presidente Jorge Sampaio, no Palácio de Belém, em Lisboa, durante a sua visita oficial, na qualidade de Primeiro-Ministro da República de Angola, em Maio de 1996. Condecorado ainda pelo Presidente Jorge Sampaio no final da sua missão da CPLP em 2000, pela excelência dos serviços prestados à Organização, neste mesmo ano, toma o seu lugar como deputado à Assembleia Nacional e em 2004 regressa ao mundo académico regendo a cadeira de Organizações Internacionais na Universidade Lusíada. No ano lectivo 2009/10, após a aquisição do grau de Mestre em Ciências Jurídico-Políticas, na Universidade Agostinho Neto, em colaboração com a Universidade de Lisboa, em princípios de2009, desempenhou o cargo de Director da Faculdade de Direito dessa universidade, onde rege, actualmente, a cadeira de Introdução ao Estudo do Direito. É membro da UEA – União dos Escritores Angolanos, que em 1995, editou o seu primeiro livro de poemas “Raízes do Porvir”, sob pseudónimo de Domingos Florentino, prefaciado por João Melo e João Moimona, que foi posteriormente publicado no Brasil e em Portugal nos anos de 1997 e 1998, respectivamente, enriquecido com os prefácios de Tânia Macedo e de Ana Maria Mão-de-Ferro Martinho. Em 2002, publica o seu segundo volume de poesia com título “À luz alfabetizada das palavras”, em Portugal e Angola com os prefácios de Ana Maria Mão-de-Ferro Martinho e de Luís Kandjimbo, respectivamente. Em 2008, lança o terceiro livro de poesia, pela UEA, intitulado “Vocifuka Colonyañe (O diário da Ilha Garças)”, com o prefácio de Akiz Neto. Em 2010, é publicado o seu primeiro título de contos: “Vimbo ly’Olonjoi (Terra de Sonhos)”.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Despertar dos Mágicos (38). Ao desenvolver-se, a técnica não complica, simplifica, reduz o equipamento até o tornar quase invisível.


De estudos neste gênero poderia nascer uma nova visão do mundo passado. Deus queira que o nosso livro superficial e mal documentado suscite em qualquer jovem ainda cândido a idéia de um trabalho louco que um dia lhe dará a chave das antigas causas.

Louis Pauwels e Jacques Bergier. DIFEL

Há outros fatos:
Sobre vastas regiões do deserto de Gobi observam-se vitrificações do solo semelhantes às que as explosões atômicas produzem.
Nas cavernas do Bohistão foram encontradas inscrições acompanhadas de mapas astronômicos representando as estrelas na posição que ocupavam há treze mil anos. Vênus está ligada à Terra por algumas linhas.
A meio do século XIX, um oficial de marinha turco, Piri Reis, oferece à Library of Congress um pacote de mapas que descobriu no Oriente. Os mais recentes datam de Cristóvão Colombo, os mais antigos do século I após Cristo, copiados uns pelos outros. Em 1952, Arlington H. Mallery, grande especialista em cartografia, examina esses documentos. Apercebe-se de que, por exemplo, tudo o que existe no Mediterrâneo foi inscrito, mas não no devido lugar. Pensariam eles que a Terra é plana? A explicação não é suficiente. Terão organizado o seu mapa por projeção, tendo em conta a rotundidade da Terra? Impossível, geometria projetiva data de Monge. Em seguida Mallery confia o estudo a Walters, cartógrafo oficial, que transfere esses mapas para um globo terrestre moderno: estes são exatos, não apenas quanto ao Mediterrâneo, mas em relação a toda a Terra, incluindo as Américas e o Antártico. Em 1955, Mallery e Walters submetem o seu trabalho à comissão do Ano Geográfico. A comissão confia os documentos ao padre jesuíta Daniel Linehan, diretor do Observatório de Weston e responsável pela cartografia da marinha americana. O padre constata que o relevo da América do Norte, a localização dos lagos e montanhas do Canadá, o traçado das costas, na extremidade norte do continente, e o relevo antártico (coberto pelos gelos e dificilmente revelado pelos nossos instrumentos de medida) estão certos. Cópias de mapas mais antigos ainda? Traçados a partir de observações feitas a bordo de um engenho voador ou espacial? Notas tomadas por visitantes vindos do Exterior?
Seremos censurados por fazer estas perguntas? O Popul Vuh, livro sagrado dos Quichuas da América, fala de uma civilização infinitamente remota que conhecia as nebulosas e todo o sistema solar. Os da primeira raça, segundo ali se lê, eram capazes de tudo saber. Examinavam os quatro pontos do horizonte, os quatro pontos da abóbada celeste e a superfície redonda da Terra.
Algumas dessas crenças e dessas lendas que a Antiguidade nos legou estão tão universalmente e tão profundamente enraizadas que adquirimos o hábito de as considerar quase tão velhas como a própria humanidade. Ora somos levados a investigar até que ponto a conformidade de várias dessas crenças e lendas é realmente produto do acaso, ou até que ponto poderia ser o reflexo da existência de uma antiga civilização, totalmente desconhecida e insuspeitada, e da qual todos os outros vestígios tivessem desaparecido.
O homem que, em 1910, escrevia estas linhas não era nem um escritor de ficção científica, nem um vago ocultista. Era um dos pioneiros da ciência, o professor Frédéric Soddy, prêmio Nobel, descobridor dos isótopos e das leis de transformação em radioatividade natural.
A Universidade de Oklahoma publicou em 1954 os anais das tribos índias da Guatemala, que datavam do século XVI. Narrativas fantásticas, aparições de seres lendários, costumes imaginários de deuses. Examinando-as mais cuidadosamente apercebemo-nos de que os índios cackchiquels não contavam histórias loucas: mencionavam à maneira deles os seus primeiros contactos com os invasores espanhóis.
Estes últimos, no espírito dos historiadores cackchiquels, tomavam lugar ao lado dos seres pertencentes à sua própria mitologia e tradição. Desta forma o real era descrito sob um aspecto fabuloso, e é muito provável que textos considerados puramente folclóricos ou mitológicos se baseiem em fatos reais mal interpretados e integrados noutros fatos por sua vez imaginários. A divisão não foi feita e uma literatura completa, várias vezes milenária, repousa nas nossas bibliotecas especializadas sobre as prateleiras destinadas às lendas sem que ninguém, nem por instantes, imagine que talvez ali se dissimulem crônicas iluminadas de acontecimentos verdadeiros.
O que nós sabemos da ciência e da técnica modernas deveria no entanto obrigar-nos a ler com espírito diferente essa literatura.
O livro de Dzyan fala de mestres de rosto fascinante que abandonam a Terra, retirando os seus conhecimentos aos homens impuros e apagando por meio da desintegração os vestígios da sua passagem. Partem em carros voadores, impelidos pela luz, ao encontro do país do ferro e do metal a que pertencem.
Num recente estudo da Literatournaya Gazeta, o professor Agrest, que admite a hipótese de uma antiga visita de viajantes interplanetários, descobre, entre os primeiros textos introduzidos na Bíblia pelos sacerdotes judeus, a recordação de Seres vindos de algures, que, tal como Enoch, desapareciam para subir novamente ao céu em misteriosas arcas. As obras sagradas hindus, o Ramayana e o Mahabhratra, descrevem as aeronaves que circularam no céu, no início dos tempos, e que se assemelhavam a nuvens azuladas em forma de ovos ou, de globo luminoso.
Podiam efetuar várias vezes a volta à Terra. Eram acionadas por uma força etérea que fustiga o solo à partida, ou por uma vibração proveniente de uma força invisível. Emitiam sons agradáveis e melodiosos, irradiavam brilhando como fogo e a sua trajetória não era em linha reta, mas surgia como uma longa ondulação aproximando-as ou afastando-as da Terra. A matéria desses engenhos é definida, nessas obras com mais de três mil anos e sem dúvida escritas à base de recordações infinitamente mais longínquas, como sendo formada por vários metais, uns brancos e leves, outros vermelhos.
No mausoléu Purva pode ler-se esta singular descrição, incompreensível para os etnólogos do século XIX, como é evidente, mas não para nós:
É uma arma desconhecida, um raio de ferro, gigantesco mensageiro da morte, que reduziu a cinzas todos os membros da raça dos Vrishnis e dos Andhakas. Os cadáveres queimados nem sequer eram reconhecíveis. Os cabelos e as unhas caíam, os barros quebravam sem causa aparente, os pássaros tornavam-se brancos. Ao fim de algumas horas toda a alimentação era malsã. O raio ficou reduzido a uma poeira fina.
E isto:
Cukra, voando a bordo de um vimana de grande potência, lançou sobre a tríplice cidade um projétil único carregado com a potência do Universo. Um fumo incandescente, semelhante a dez mil sóis, se elevou no seu esplendor... Quando o vimana aterrou apareceu como um magnífico bloco de antimônio pousado no solo. . .
Objeção: se admitis a existência de civilizações tão fabulosamente avançadas, como explicais que as inúmeras buscas, feitas sobre todo o globo terrestre, não tenham trazido para a luz do dia um único resto de qualquer objeto susceptível de nos fazer acreditar nessa existência?
Respostas:
1ª - Há apenas um século que se pesquisa sistematicamente, e a nossa civilização
atômica ainda não conta vinte anos. Não foi feita a menor exploração conscienciosa naRússia do Sul, na China, na África Central ou na África do Sul. Extensões imensas continuam a guardar o seu passado secreto.
2ª -Foi necessário que um engenheiro alemão, Wilhelm Kónig, ao visitar por acaso o museu de Bagdá, se apercebesse de que certas pedras planas, encontradas no Iraque, e como tal classificadas, eram afinal pilhas elétricas, utilizadas dois mil anos antes de Galvani. Os museus de arqueologia regurgitam de objetos classificados como objetos de culto ou diversos sobre os quais nada se sabe. Os russos descobriram recentemente em cavernas do Gobi e do Turquestão meias esferas de cerâmica ou vidro, terminadas por um cone com uma gota de mercúrio. De que se trata? Finalmente, poucos arqueólogos têm conhecimentos científicos ou técnicos. Muito menos ainda estão em condições de se aperceber de que um problema técnico pode ser resolvido de várias maneiras, e de que há máquinas que não se parecem com aquilo a que nós chamamos máquinas: sem biela, sem manivela, sem rodagem. Algumas linhas traçadas com uma tinta especial sobre papel preparado constituem um receptor de ondas eletromagnéticas. Um simples tubo de cobre serve de ressoador quando da produção de ondas de radar. Um diamante é um detector sensível à radiação nuclear e cósmica.
Certos cristais podem conter gravações complexas. Será caso que estejam encerradas bibliotecas completas em pequenas pedras esculpidas. Se, dentro de mil anos, depois de a nossa civilização se ter extinguido, os arqueólogos descobrissem fitas magnéticas, por exemplo, que fariam delas? E de que maneira se aperceberiam da diferença entre uma fita virgem e uma fita gravada? Atualmente estamos prestes a descobrir os segredos da antimatéria e da antigravitação. Amanhã, o manejo desse segredos exigirá uma aparelhagem pesada, ou, pelo contrário, de uma desconcertante leveza? Ao desenvolver-se, a técnica não complica, simplifica, reduz o equipamento até o tornar quase invisível.
No seu livro Magie Chaldéenne, Lenormand, referindo-se a uma lenda que recorda o mito de Orfeu, escrevia: Nos tempos antigos, os sacerdotes de On, servindo-se de sons, provocavam tempestades e erguiam no ar, para construir os seus templos, pedras que não poderiam ser levantadas por mil homens. E Walter Owen: As vibrações sonoras são forças. . .

Angola. O mistério do tremor de terra na Huíla



Tremor de terra na localidade de Chicomba, província angolana da Huíla, dia 11Abr. Fendas em algumas casas e ruas. Não há baixas humanas. In RNA – Rádio Nacional de Angola.
Mas, como se pode ver pelo link da USGS, U.S. Geological Survey, aqui, não se registou nenhuma ocorrência. É muito estranho, o que se terá passado? Algo extraterrestre?